[EM ANDAMENTO]
Taehyung é um jovem inconsequente e tatuado que toca como tecladista de uma banda ainda não muito conhecida. Após reprovar duas vezes o último ano do ensino médio seus pais o mandam para um colégio interno muito mais regrado e mesqui...
Eu falei duas semana? Eu falei duas semanas, mas minha prima de outro estado veio passar um tempo por aqui então não tive tempo nem de respirar.
Esse capítulo é narrado pelo Jeongguk já tô avisando aqui para não ficar confuso porque eu não vou colocar nenhum aviso sobre isso durante o capítulo. Dito isso aproveitem a leitura 💜.
#ticotecotk
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Sempre amei muito patinar. Quando era pequeno, costumava passar o dia inteiro patinando nas calçadas de Busan, mesmo que isso significasse a cara vermelha do sol e alguns ralados no joelho no final do dia. Eu tinha muitos amigos no bairro, mas eles não conseguiam me alcançar com seus patins, então eu sempre acabava fazendo isso sozinho.
Não que eu reclamasse, adorava não ter que conversar com ninguém naquele momento e apenas focar na velocidade das rodinhas. Em outros momentos eu era bem falante, mas aquele momento era só meu.
O amor pelo hobby cresceu ainda mais quando meu pai me levou junto a Seokjin, que na época tinha seus cabelos longos e o guarda-roupa todo composto de vestidos e saias, a patinação no gelo. Confesso que tive certa dificuldade em me adaptar no começo, mas depois de algum tempo eu me viciei naquele modo de patinar e as rodinhas foram substituídas. Eu me mantive unicamente naquele hobby até meus 10 anos e até pensei em seguir a carreira de patinação artística, mas desisti totalmente depois porque não gostava de dançar.
Seokjin, por outro lado, era um desastre. Ele nunca havia gostado de patinar e no gelo era ainda mais difícil, mas meu primo sempre ia comigo para, palavras do próprio Jin de 8 anos, me proteger e me impedir de me machucar. O engraçado era que ele sempre saia com a bunda doendo enquanto eu estava intacto na maioria das vezes. Jin sempre foi protetor comigo e costumava dizer que eu era o seu irmãozinho mais novo e ele era o hyung. Eu não entendia porque ele se auto denominava hyung já que na concepção de duas crianças ele era minha nonna, mas eu não o questionava e assim passamos a nossa infância, nos vendo em algumas épocas específicas do ano e sempre muito próximos.
Quando completei 10 anos passei a me dedicar a outro talento que ainda não havia explorado bem, a pintura. Com o apoio unicamente do meu pai, que sempre me incentivou em tudo que busquei fazer, eu comprei telas, tintas, lápis e cadernos e passei a frequentar aulas de desenho, onde eu conheci Jennie. Ela era calma e silenciosa, totalmente diferente de mim, e tinha os melhores desenhos da turma inteira que sempre deixava todos os adultos orgulhosos. Acabamos por virar muito amigos e ela começou a frequentar minha casa quase toda semana, principalmente no final do ano que era quando Jin e sua família vinham nos visitar por um tempo e nós três fugiamos dos adultos para o lago que ficava em um parque próximo dali.
Eles eram mais velhos, então enquanto eu tirava os sapatos dos meus pés e deslizava pelo lago congelado de meias – já que era perigoso eu usar patins em um gelo não tão firme – eles ficavam na grama conversando, tocando algumas músicas natalinas e, com o passar dos anos, namorando também. Apesar de morarem em cidades diferentes, já que Seokjin morava em Seul com seus pais, eles mantinham um namoro virtual no resto do ano e compartilhavam tudo um com o outro. Eles eram meus melhores amigos e eu não ligava se namoravam.
