[EM ANDAMENTO]
Taehyung é um jovem inconsequente e tatuado que toca como tecladista de uma banda ainda não muito conhecida. Após reprovar duas vezes o último ano do ensino médio seus pais o mandam para um colégio interno muito mais regrado e mesqui...
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Eu achei que fosse uma pessoa teimosa até conhecer Hyerin.
Todos sabemos que eu não costumo aceitar muito bem a imposição de regras sem sentido, mas também não procuro os "meus diretos" em nada que exija mais de uma pesquisa rápida na internet.
Talvez seja por isso que me metia em tantas roubadas durante o ensino médio.
Em contrapartida, Hyerin tinha uma ótima disposição quando se tratava de pesquisar e discutir com alguém, o que de certa forma é bom, mas lhe fazia 100 vezes mais teimosa e destrutiva que eu.
E sua vítima da vez era Kim Namjoon.
— Nem pensar! Vocês querem me ver levando bronca da coordenadora?! — o professor falou com certa afobação e negou a ideia absurda, palavras dele mesmo, que havíamos tido ao propor sair do internato naquele dia e dar uma "passadinha" no colégio da irmã de Jimin e na cafeteria de sua mãe.
Ele havia até ponderado nos levar no início, pois gostou do projeto de panfletos sobre minorias e divisões sociais da Hyerin – um panfleto falso para convencê-lo já que os reais eram sobre a festa nas férias do meio do ano –, mas assim que contamos que nossa ideia era enganar Chaeyoung, falando sobre uma suposta terapia em grupo com Hoseok, ele se recusou totalmente a fazer parte daquilo.
Mesmo com os charmes de Jimin e o resto de nós quase se ajoelhando na sua frente, ele não parecia querer cooperar e nessa altura do campeonato até senti medo que o professor fosse contar tudo para Chae e ela parasse de ser tão legal conosco.
Aquela mulher nos livrava de muitas enrascadas, perder a amizade dela com certeza era uma desvantagem enorme.
Apenas 3 dias haviam se passado desde a última conversa que meus amigos e eu tivemos sobre a festa que planejávamos e a intimidade com Namjoon evolui de 0% para, arrisco dizer, 0.2%. Pelo menos agora ele sabia quem era Jimin e tenho certeza que depois daqueles longos dias nunca mais esqueceria o nanico que vivia o achando pelos corredores para encher o saco. Hyerin se ocupou bastante montando todo um esquema para convencê-lo e criou dois tipos de panfletos, um que ela especialmente fez para enganar nosso professor e o outro com as informações da festa. O resto de nós, só vegetou durante esses três dias.
Apesar da cooperação e trabalho duro de todos ali, alguns mais do que outros, ainda tínhamos que lidar com nosso professor politicamente correto e isso não estava sendo fácil, mas Hyerin não parecia disposta a desistir. A garota, mesmo vendo que o Kim não iria simplesmente ceder, estava confiante com a conversa que se desenrolava naquela sala e, enquanto o resto de nós se preparava para abrir o berreiro, ela começou a falar.
— Mas professor… isso não é nada mais do que um trabalho à parte, criado apenas por nós e que por enquanto não queremos comunicar a coordenação sobre. Se não é nada que possa prejudicar a imagem do colégio, por que não podemos fazer isso? Onde estão nossos direitos? Não podem simplesmente controlar toda nossa vida desse modo, isso é pelo menos permitido? — ela começou seu monólogo muito bem ensaiado e Namjoon arqueou uma das sobrancelhas.
