Capítulo Um

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Notas Iniciais: Oiê, bolinhos! Voltei rapidinho porque eu estou tremendamente empolgada com essa fanfic hahahaha Entretanto a próximo postagem será só no final da semana, sim? Provavelmente sexta-feira pela noite ou durante o sábado. Obrigada por todos os comentários que vocês deixaram, de verdade! Eu vou responder todos eles assim que terminar de elaborar as atividades dos meus alunos dessa semana, tá?

Boa leitura! Espero que gostem do primeiro capítulo de Breathing You! <3 




Era uma manhã fria em New York. Eu quase liguei para minha secretária para lhe dizer que não iria trabalhar naquele dia. Mas eu ia apenas duas vezes na semana para o The New York Times e não queria passar a impressão de que eu não precisava daquele trabalho. Vou te explicar. Depois de sair da Runway eu resolvi escrever um livro em que eu pudesse colocar para fora todos os sentimentos que tinha em relação àquele emprego, às pessoas que nele estavam e tudo isso. Eu só não esperava que fosse um sucesso e vendesse o suficiente para eu escrever mais outro romance e pudesse, praticamente, viver disso. Aparentemente a ex-assistente de Miranda Priestly que não foi parar na Lista Negra e que tinha conseguido um bom emprego era uma pessoa que valia a pena no mercado, principalmente por ser a única pessoa que não tinha recebido a ira implacável da editora-chefe após virar-lhe as costa na semana mais importante de seu ano em Paris.

O The New York Times me convidou para fazer uma coluna quinzenal sobre o que quer que eu quisesse falar, e lá estava eu falando de tudo e de nada ao mesmo tempo. Era uma coluna satisfatória que eu amava de um jeito único e que me trazia realização profissional e pessoal. Eu sempre gostei de aprender, mesmo que tivesse que aprender sobre esportes ou moda, era sempre satisfatório. Os últimos seis meses, profissionalmente falando, tinham sido incríveis.

Graças ao dinheiro que entrava em minha conta eu pude colocar em prática todas as aulas de Nigel e andar em roupas relativamente boas. A verdade também é que, todos os dias, em especial nas quartas-feiras, eu tinha a esperança de cruzar com Miranda em algum lugar e queria que ela percebesse a mudança que tinha causado em mim. A mudança boa, claro. Mas em cinco anos isso nunca aconteceu. Apesar de ter colocado todos em sentimentos que eu tinha no peito dentro de um livro, a paixão que eu tinha por aquela mulher nunca se foi.

Por favor, não se surpreenda com isso. Não estava extremamente claro que eu tinha sentimentos por ela? E que esses sentimentos estavam me deixando maluca? E que eles foram determinantes para eu simplesmente lhe virar as costas e ir embora de Paris? Eu não suportava mais ficar próxima a ela e não poder tocar-lhe, abraçar-lhe, externar meus cuidados para com ela. Meu maior medo era não conseguir mais segurar aqueles sentimentos e mostrar-lhe tudo. Por isso eu simplesmente virei as costas com o resto de coragem que tinha e lhe deixei. Eu precisava daquilo.

A primeira vez que as meninas bateram na porta da minha casa com a babá em seus flancos, eu quase caí de costas. Elas foram claras ao dizer que a mãe não estava contente com a situação, mas que não iria proibi-las de ter uma amizade comigo, desde que elas não tentassem ultrapassar os limites de sua cordialidade. Ficou claro que eu nunca pisaria na casa de Miranda novamente, muito menos a veria novamente. Apesar disso eu fiquei grata. Eu realmente gostava demais daquelas duas pestinhas que me conquistaram com um pedido de desculpas genuíno após receberem o manuscrito de Harry Potter. Dali em diante elas sempre ficavam acordadas, me esperando. Eu colocava o livro sobre a mesa e elas desciam lentamente para não tirar a mãe do que quer que fosse que estivesse fazendo. Sentávamos nos degraus da escada e cada uma falava sobre seu dia, ou contava uma história, ou, sei lá, fazíamos graças. Era sempre leve e engraçado.

Breathing You {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora