Não é não: o pensamento é teoria, a realidade, prática

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- Não – Tentei cessar seu ataque com uma negação pouco convincente.

- Se você quer que eu pare, vai ter que fazer melhor que isso, porque eu não estou muito convencido de que você quer isso - Jorge disse prendendo minhas mãos com uma mão e puxando meu cabelo da nuca com a outra, me imobilizando. Ele sorriu.

- Se eu soubesse que você não quer eu não te forçaria, mas os motivos que você quer que eu pare não são aceitáveis – Jorge falou começando a beijar meu pescoço.

Ele parece conhecer meu corpo tão bem, meu pescoço é um ponto muito sensível, divaguei. Ah! Que droga. Estou entrando no jogo dele.

- Quando uma mulher diz não mais nada importa. Não interessa se você não aceita as justificativas ou se nem mesmo as damos, porque não precisamos nos explicar e muito menos que você aceite, é bem simples: não é não, apenas respeite – Fiz um discurso longo, mais do que eu deveria. Essas coisas não deviam nem mesmo ter que serem explicadas.

- E se eu não respeitar? – Jorge acabou com a minha utopia com fatos.

Minha intenção era fazê-lo refletir sobre seus atos e quem acabou atingida pela realidade fui eu. Por que lutar numa batalha que não posso vencer? Afinal, eu quero sim foder com ele, mesmo sendo o babaca que é. Na verdade, a base da minha rejeição é o julgamento das pessoas. No fundo eu sei que seria mais que prazeroso foder com o chefe. Um desejo depravado, eu sei, mas não posso negar que a ideia de ser a putinha do chefe me excita.

- Me solta – Falei firme.

- Duda... – Jorge pediu sussurrando.

- Me solta caralho – Disse o olhando diretamente nos olhos.

Então ele finalmente me soltou, desistindo do seu ataque. Passei por ele descendo o zíper do meu vestido. O deixando cair fazendo um amontoado de tecido envolta do meu corpo, saí do círculo e continuei andando. Coloquei as mãos para trás desafivelando meu sutiã. O tirei lentamente e o joguei de lado, parando em seguida. Levei as mãos para as laterais da minha calcinha alisando cada parte do meu corpo como se fosse um ritual, conforme eu descia a calcinha. Fiz questão de desce-la até o chão. Dando um vislumbre da minha excitação a Jorge. Arrisquei um olhar enquanto fazia o mesmo trajeto que fiz para me curvar inversamente, só que desta vez, subindo. Ele parecia estar em outro mundo paralisado ali, olhando para todas as partes do meu corpo e nenhuma ao mesmo tempo. Então ele piscou e a expressão de menino deslumbrado foi embora, dando lugar ao predador. Mordi o lábio tentando conter a ansiedade da espera. A luxúria me consumindo, o desejo pesando minha respiração. Apertei uma coxa na outra na tentativa de aliviar a pulsação entre minhas pernas. Sei que ele está esperando eu ficar vulnerável para atacar. Imaginei suas mãos passeando pelo meu corpo, sua boca habilidosa brincando com meus seios quando senti sua tensão emanando do seu corpo atrás de mim.

- Vire-se! – Jorge usou seu tom firme que sempre usufruía quando não queria ser contestado.

Mal me virei e fui surpreendida com o assalto de Jorge. Coloquei os braços em volta do seu pescoço e entrelacei minhas pernas em seu corpo, ficando suspensa e completamente a sua mercê. Jorge me levou até a sala me beijando de olhos abertos. Ele me deitou no sofá ficando entre minhas pernas, não deixando minha boca um único segundo. Senti sua ereção pressionar minha virilha e aproveitei a posição para me esfregar desavergonhadamente sob sua calça. Jorge sorriu pecaminoso. Ele não estava para cerimônias, suas mãos se dividiram entre abrir caminho para o meu pescoço alvo e massagear meu clitóris. Sua boca foi para meu pescoço onde mordeu, beijou e lambeu de forma selvagem fazendo minhas mãos descerem involuntariamente pelas suas costas, arranhando-o. Jorge me penetrou com dois dedos, soltando um grunhido agoniado quando finquei as unhas nele novamente como tentativa de não desmoronar. Suas estocadas eram bruscas desde o inicio. Ele não estava apenas fodendo minha buceta com os dedos, estava a preparando para recebê-lo. E eu não conseguia pensar em nada mais além de tê-lo entrando e saindo de mim agora mesmo.

- Eu não pretendo ser gentil com você e não quero te machucar – Jorge avisou acrescentando um terceiro dedo no meu canal.

Gritei em resposta. Apertei sua carne tentando conter meus gemidos, Jorge me beijou tentado fazer o mesmo. Seus dedos continuavam entrando e saindo de mim sem dó. Eu estava entregue. Completamente dominada. Meu corpo respondia a cada estímulo. Eu estava indo ao delírio com suas investidas brutais, mas necessitava realmente era dele dentro de mim. Comecei a rebolar em seus dedos. Levei as mãos para seu cinto e o desafivelei. Jorge girou os dedos dentro de mim e os retirou, deixando a sensação de vazio. Então ele saiu de cima de mim e começou a se despir desesperadamente: sapatos, meias, calça, cueca... tudo foi para o chão antes que eu pudesse piscar e lá estava ele, como eu me lembrava, sua cabeça rosada e grande, seu corpo duro, majestoso, as veias salientes me convidando a lambe-las. Lambi os lábios depois da minha inspeção na sutil, eu queria chupa-lo, mas desejava ainda mais tê-lo na minha entrada, conquistando seu espaço dentro de mim. Jorge começou a afrouxar sua gravata azul marinho que realçada a cor dos seus olhos claros. Não aguento mais esperar, preciso dele agora! E com esse pensamento o puxei para mim o fazendo sentar no sofá. Montei em cima dele com um alvo em mente. Ele me segurou, deixando seu pau ereto na minha entrada. Então ele foi me soltando devagar. Seu membro me abrindo lentamente. Sentia seu pau pulsar dentro de mim, implorando por um estímulo maior. Jorge me fez descer até a base e subir novamente na mesma lentidão. Nossas respirações estavam pesadas. Ele repetiu o movimento até que a sua pélvis veio de encontro com a minha, entrando mais fundo.

- Ahh – Gritei quando ele começou a me foder com mais força.

- ESSE. É. O. SEU. LUGAR – Ele disse a cada investida sem piedade.

Eu gemia sem nenhum pudor. Ele me castigou assim até se entreter com meus seios.

- Fode gostoso anjo – Jorge disse finalmente liberando minha cintura me deixando ditar o ritmo.

Apoiei minhas mãos no sofá e comecei um descer e subir, para frente, para trás, alternando entre os movimentos. Agora seu corpo vinha de encontro com o meu, se encaixando perfeitamente. E lá estava ele no controle de novo. Me fodendo como o prometido: sem dó. Eu sentia seu membro lá no fundo. Sentia a linha tênue entre a dor e o prazer com suas metidas violentas. Eu não conseguia se quer conter os gemidos.

- Fica quietinha – Falou seco.

Ele era rude no sexo. Eu sentia minha buceta sugando e apertando seu pau quase no automático. Cada membro do meu corpo parecia ligado a 220 volts. E sua rispidez me deixava mais excitada por incrível que pareça. Tentei conter os gemidos mas era impossível. Quanto menos barulho eu fazia mais ele aumentava o ritmo propositalmente. Sádico do caralho!

- Filho da puta – O xinguei para dizer “Eu sei o que você está fazendo”.

Jorge deu um tapa na minha bunda sem nenhum aviso e me deitou no sofá sem cuidado algum.

Senti seu membro se encaixar na minha entrada. Seu corpo sobre o meu. Sua respiração entrecortada no meu ouvido. Minha buceta vibrando de antecipação. Prendi minha respiração.

- Você me enlouquece garota – Jorge sussurrou ao meu ouvido quando me penetrou.

Foi a minha vez de grunhir. O senti mais fundo nessa posição. Jorge se alojou dentro de mim por algum tempo. Deixando que eu me acostumasse. Eu sentia sua respiração pesada soprar sobre o meu cabelo. Não demorou muito para ele começar a se mexer. Percebi que ele estava impaciente. Mal tive tempo para me acostumar com o seu tamanho. Seu ritmo agora era tão frenético que o barulho do choque dos nossos corpos ecoava por toda a sala. Eu estava chegando no meu limite de sensações, bastava saber qual venceria: dor ou prazer. Não conseguia mais conter gritos altos a cada estocada. Jorge passeou uma mão por meus seios os acariciando, um gesto que me deixou na borda e que seria até inocente, ser ele não tivesse levado a mão ao meu pescoço, me enforcando de maneira erótica, sem me sufocar. Me senti subjugada e estranhamente minha excitação cresceu, a energia que senti em todo meu corpo antes começou a se concentrar em meu ventre. Nunca tinha experimentado um sexo tão selvagem, bruto como agora.

- Goza pra mim Duda – Jorge sussurou me golpeando como se não tivesse mais controle sobre si, perseguindo sua própria libertação e me deixando cada vez mais próximo ao precipício, e eu queria pular.

E como se meu corpo o obedecesse, eu cai nesse abismo ao seu comando. Parecia que meu corpo estava concentrando toda sua energia só para isso, como se, pouco a pouco, aquele prazer fosse se transformando em tudo o que importava para mim. Só fazer aquela sensação extasiante crescer e durar mais  importava. Um misto de sensações que fazia com que eu saísse do meu corpo e me tornasse uma expectadora, como num sonho em que você sente todas as emoções. Meu corpo enrijeceu  inteiro,  senti meu clitóris quente, muito quente... como se estivesse se desmanchando em prazer. Foi quando senti um choque passear pelo meu corpo e tive a minha libertação. Gemi alto deixando tudo se esvair com meu orgasmo. Até que senti um prazer imenso quando senti o leite quente de Jorge jorrando dentro de mim. Os jatos de seu sêmen me preenchendo. Seu pênis latejando, pulsando fazendo com que eu sentisse uma vibração, prolongando meu orgasmo. Nossos olhos cravados, nossa respiração ofegante, nossos corpos se desfazendo em êxtase... nunca tive um orgasmo tão intenso e assisti-lo daquele jeito me coloca no topo do mundo, porque sei que também foi um prazer fora do comum para ele. Suas investidas foram perdendo a força e com isso as vibrações também. Mas eu ainda sentia minha vagina encharcada com seu gozo e a sensação era pura magia. Jorge parou seus movimentos ficando ainda dentro mim. Seu corpo desabou em cima de mim me fazendo protestar com um gemido. Ele apenas caiu para o lado me puxando e me deixando deitada em seu peito. Seu pau ainda pulsava dentro de mim. E eu estava esgotada. Faziam o que? Duas semanas desde a última vez que transei com meu primo Gabriel em forma de “despedida”? Calma, não me julguem ainda, era só uma diversão entre família. Ok, ficou pior agora, mas quem nunca fez merda quando adolescente que atire a primeira pedra.

- Eu daria meu escritório pra saber o que tanto passa por essa sua cabecinha – Jorge me tirou do meu devaneio.

- Eu estava pensando que preciso de um banho – Falei levantando e ficando sentada em cima dele ainda.

Olhei para ele sorrindo. Ele sentou, seu rosto ficando muito próximo ao meu.

- Está me oferecendo sexo no banheiro? Achei que você já estivesse bem fodida – Falou colando sua testa na minha. Sua proximidade me provocando.

Eu queria beija-lo intensamente agora. Mas sei que se eu o fizer a gente vai acabar se demorando um pouco mais por aqui, se é que vocês me entendem. Dei um selinho nele e saí devagar do seu domínio.

- Pra onde fica o banheiro? – Perguntei e ele sorriu malicioso.

- Meu quarto fica no fim do corredor – Respondeu.

- Vou tomar um banho. Não se esqueça de ligar pra Oli pra cancelar com o Sr. Campos porque não vai dar mais tempo – Falei catando minhas coisas pelo chão desajeitadamente.

- Muito responsável Srta. Medeiros – Jorge disse sorrindo.

Estreitei os olhos o encarando por um segundo até que bufei para ele em um protesto. Deixei Jorge com suas gracinhas e fui buscar meu sutiã que caiu do outro lado da sala. Abaixei para pegar e ouvi os passos de Jorge vindo até mim. Quando levantei ele estava as minhas costas. Jorge veio com os braços em volta do meu corpo, me abraçando por trás encaixando minha bunda em sua virilha. Começou uma trilha de beijos de um ombro ao outro. Me arrepiei quando sua boca subiu para o meu pescoço, sua respiração fazendo cócegas ao mesmo passo em que sua boca me excitava aos poucos. Sua mão estava descendo agora pela minha barriga nua em direção à minha ao meu ventre. Sobressaltei quando Jorge mordeu o lóbulo da minha orelha e ele apertou o braço em volta de mim colando mais seu corpo no meu e me dominando. Soltei minhas roupas no chão me rendendo.

- Eu sou o chefe aqui Eduarda – Sussurrou no meu ouvido enquanto sua mão ia abaixando lentamente pelo meu ventre.

- Eu mando! – Sua voz era firme, cortante agora. Seus dedos queimavam a minha pele por onde passava.

- Mando no escritório – Ele falava conforme suas mãos exploravam cada parte do meu corpo sem dar atenção a nenhuma em especial.

- Mando na secretária – Jorge me torturava com a espera do seu toque lá e com suas palavras.

- Mando nos advogados – As pausas que ele fazia  Sua postura era a de um animal selvagem reivindicando seu poder quando finalmente me tocou lá.

- E principalmente... – Joguei a cabeça para trás quando ele deslizou os dedos pelos meus grandes lábios,  pressionando-os, massageando suavemente.

- Mando na assistente – Gemi alto quando seus dedos entraram em mim com tudo, me abrindo por dentro.

- Tão receptiva, tão molhada – Jorge falou aprofundando os dedos dentro de mim.

Em um instituto, fechei as pernas prendendo sua mão entre elas. Jorge deu dois passos para frente me arrastando consigo. Eu estava com o rosto colado na parede agora. Ele enfiou uma perna entre as minhas separando-as, abrindo caminho para si. Ele retirou os dedos de mim e com o braço que estava em volto do meu corpo puxou meu quadril para trás, empinado minha bunda e deixando minha buceta exposta. Ele pegou nas minhas dias mãos e as levou para a parede.

- Eu não vou ser delicado dessa vez – Ele disse beijando minha boca rapidamente, seu beijo contradizendo suas palavras como ser dissesse que por mais que ele fosse rude comigo nunca iria me machucar.

Firmei minhas mãos e aguardei ansiosamente por sua investida. Que não veio. Jorge apenas esfregou seu pau passando direto , ignorando minha vagina. Fez uma outra vez e na terceira roçou seu pau na minha entrada, prendi a respiração quando senti a cabeça gorda do seu pênis lá. Mas Jorge se conteve uma outra vez e recuou. Ele roçou o pau por meus grandes lábios novamente, porém tocou meu clitóris com a ponta o massageando dessa vez. Gemi e ele voltou deslizando o seu pau por toda a minha racha. Ele se posicionou na minha entrada de novo, prendi a respiração de novo. Mas dessa vez pude sentir a cabeça larga do seu pau me abrindo vagarosamente. Soltei a respiração já esperando o golpe de misericórdia, que novamente me foi negado. Ele fez seu caminho de volta e minha buceta pulsou em resposta.

- Por favor... - Implorei para que ele acabasse com a sua tortura.

- Sabe quantas noites eu tive que chegar em casa e me masturbar pensando em me enterrar dentro do seu corpinho gostoso? – Jorge rosnou no meu ouvido puxando meu cavalo em seguida.

Ele voltou a entrar em mim lentamente mas de novo não se colocou todo. Minhas pernas já tremiam e minhas paredes internas já estavam doloridas. Ele enrolou meu cabelo em sua mão projetando minha cabeça para trás. A cena era depravada, erótica, brutal... Ele me tinha totalmente empalada e dominada, era como se ele estivesse me castigando por algo.

- Por que você tá me punindo? – Eu já não tinha mais voz, a pergunta saiu como se fosse um gemido.

- Intenso demais pra você anjo? Isso não é uma punição, é sexo como deve ser: bruto, selvagem. Punição é você ter me deixado sem isso – Assim que terminou de falar saiu de mim e meteu seu pau em toda a sua extensão agora.

Eu gritei de imediato. Senti todo aquele peso do prazer adiado se reunir e explodir em um milésimo de segundo. Senti minha buceta se contrair tentando extinguir cada gota de prazer do meu corpo. Senti cada polegada do pênis de Jorge se espremer no meu canal e ouvi um gemido esganiçado de Jorge atrás de mim. Senti os primeiros jatos de sêmen me invadirem prolongando meu orgasmo. Jorge puxou mais meu cabelo começando a se movimentar dentro de mim buscando prorrogar seu gozo. Uma energia começou a surgir ali novamente e eu nem tinha terminado meu êxtase ainda. Lágrimas salpicaram meus olhos enquanto eu gemia desesperadamente tentando diminuir a intensidade das sensações. Jorge continuava com suas investidas impiedosas com suas ultimas forças. Minhas paredes internas tremeram e eu explodi em mais um gozo excepcional. Acho que sai do ar por um segundo pois não me senti ali mais. Era como se eu tivesse atingido um patamar tão alto de leveza que eu não existia mais. Quando voltei a mim meu corpo ainda dava seus últimos espasmos. Eu era uma massa trêmula de prazer agora. Minha buceta pulsava e eu podia sentir ela cheia, preenchida com o esperma de Jorge que já cessava seus movimentos se retirando de dentro de mim. A sensação de vazio e uma ardência vindo de imediato fazendo minhas pernas falharem. Jorge veio com os braços ao redor de mim me segurando. Ele me levantou nos braços indo em direção ao que eu imagino ser o seu quarto.

- Dessa vez você realmente parece não estar bem – Jorge disse me colocando no chão do seu banheiro.

Não pude deixar de sorrir ao lembrar de quando inventei que estava mal para ter a chance de ficar com ele.

- Muito engraçado- Falei entre risos.

- Mas acho que o meu remédio agora é um bom banho de água quente e umas 8 horas de sono – Falei entrando no box enquanto fazia um coque, pois não quero molhar o cabelo.

Jorge veio atrás e começou a beijar minhas costas.

-Me Seu pescoço... dá vontade de beija-lo a todo instante – Jorge falou.

Me virei para ele e lhe dei um selinho. Ele me puxou para si e aprofundou o beijo. Eu andei para trás e liguei o chuveiro, fazendo com que a água caísse toda sobre ele. Ele sorriu e pegou a bucha e eu o sabonete líquido.

- Posso? – Perguntou e eu despejei um pouco de sabonete na bucha. Virei as costas para ele e entrei na corrente de água da ducha. Senti seu olhar sob minha bunda, ele devia está se lembrando de como eu o provoquei no escritório.

- Sem gracinhas – Falei o tirando do seu devaneio pois ele começou a me esfregar.

Jorge me deu banho como se eu fosse uma criança e me secou da mesma forma. Esse deve ter sido o motivo para eu não ter sentido vergonha do meu corpo, porque foi tudo sem nenhuma malícia. O deixei se secando no banheiro e adentrei seu closet. Parti em busca da sua penteadeira, se é que homem possui uma. Mexi e remexi até que encontrei uma gaveta cheia de produtos de higiene pessoal, acho q eram seu estoque. Passei o que me serviu e vesti uma das suas camisas.

- Duda? – Ouvi Jorge me chamar e segui sua voz até o quarto.

- Vem cá – Falou quando me vou na porta do seu closet.

Subi na cama me aninhando em seu peito, ele colocou os braços em volta de mim.

- Porque todo mundo quer cuidar de mim como se eu fosse uma bebê? – Perguntei depois de um tempo.

- Talvez porque você seja uma – Ele respondeu com a voz rouca.

Acho que não sou só eu que precisa repor as energias. E com esse pensamento adormeci em um sono profundo.

>Horas depois<

Acordei em um sobressalto sozinha na cama imensa. Meu corpo estava moído, parece que não descansei nada.

- Jorge? – Chamei e não veio resposta.

Saí do quarto a procura da minha bolsa, achei em cima da mesa de centro da sala. Havia muitas mensagens, optei pela do Jorge.

Jorge: tive que ir pro escritório, me espere por favor

Ignorei por enquanto. Fui olhar as outras aquando meu celular tocou. Era a Mary.

- Oi? Quanto tempo né – Atendi.

- Já atende a gente assim nas patadas é? Você foi quem chegou no Rio e não me ligou – Respondeu me alfinetando.

- Você sabe que eu tinha muita coisa pra fazer – Tentei me justificar.

- Desculpas e mais desculpas dona Eduarda – Revirei os olhos para a forma como só a Mary me chamava.

- Não são desculpas, eu tô atolada com a faculdade e o estágio... – Ela me cortou.

- Falando em estágio, você sai que horas? Vamos beber ou poderíamos ir pra uma balada balançar os esqueletos e a não ser que você esteve bem fodida eu não vou aceitar desculpas – Mary falou e eu sorri na hora.

- Na verdade... – Comecei e ela gritou no meu ouvido.

- Já tá pegando alguém da empresa? Nunca duvidei do seu potencial garota – Ela disse animada.

- Você me conhece tão bem Mary – Falei para ela já esperando que a mesma me bombardeasse de perguntas.

- Como ele é? Deve ter uma pegada pra ter chamado sua atenção... bem, na verdade, que horas você sai? A gente pode se encontrar agora, benefícios de ser dona do próprio negócio – Falou sem para nenhuma vez para respirar, como é q ela consegue?

- Bom, na verdade eu tô na casa dele e tô sem meu carro, se você poder vir me buscar – Falei, seria uma boa ela vir porque não quero ver o Jorge até eu decidir o que fazer agora.

- Mas como assim você tá na casa dele? Você não tá no horário de expediente? – Ela mandou a braba.

- Pois é, acontece que... ele é meu chefe – Contei e senti meu rosto formigar na mesma hora, a vergonha me tomando.

- O amigo do seu pai? Duda, isso é demais até pra você, já não basta o seu caso com o JP? – Bufei audivelmente com o seu sermão.

- Você vai vir ou não me buscar? Não quero estar aqui quando ele chegar – Falei ignorando sua bronca.

- Tá, só me manda a localização – Ela disse já sabendo que não gostei que ela me tratasse como criança.

- Obrigada Mary, morrendo de saudade chuchu – Ela ama quando eu demonstro afeto por ela, pai é ela diz que eu tenho uma pedra de gelo no lugar do coração, desde então tento me abrir mais com ela.

- Eu também tô morrendo de saudade, até logo – Ela desligou e eu mandei o endereço rapidamente para ela.

Respondi para Jorge que já tinha ido embora para que ele não se apressasse para voltar. Comecei a recolher minhas coisas do chão e fui para o quarto me vestir. Antes de sair passei na cozinha e bebi uns dois copos de água. Eu estava com muita sede, talvez por toda atividade de hoje. Sai do apartamento deixando a porta sem trancar, em um prédio de luxo desse não é possível que roubem tão facilmente. Desci no elevador e saí para fora do prédio.

Anjo DepravadoOnde histórias criam vida. Descubra agora