Capítulo 13

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AVISO: CONTÉM CENAS DE ESTUPRO, TORTURA FÍSICA E PSICOLÓGICA, GATILHOS DE VIOLÊNCIA, MORTE. A AUTORA NÃO CORROBORA OU ENDOSSA VIOLÊNCIA, APENAS A APRESENTA A FIM DE QUE ELA SEJA IDENTIFICADA E EVITADA NA VIDA REAL.

LEITURA NÃO RECOMENDADA PARA MENORES DE IDADE OU PESSOAS SENSÍVEIS

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Capítulo 13

Algum tempo depois, Sauron voltou ao calabouço. Não trouxe mais ninguém consigo, uma vez que o assunto dos Anéis era sigiloso até mesmo em suas terras e dentre os seus servidores. Pelo fato de o assunto ser tão importante e necessário de sigilo, considerara que ao fazer Celebrimbor se apaixonar por si, também faria com que ele se apaixonasse completamente pela Escuridão e fosse fiel aos desígnios dela.

Ledo engano.

Àquele momento, entretanto, deveria utilizar de suas últimas armas em relação ao Elda. Não o queria torturar, nem matar. Então daria sua última cartada.

- Celebrimbor, eu pensei muito sobre o seu caso. Em se tratando de qualquer outro aliado que viesse a cometer tamanha traição, a morte seria certa. Mas...

- Mate-me logo! Não sei quantas vezes já lhe implorei isto!

- Acalme-se. Pois bem. Eu o mataria, porém gostei de verdade de você. Não é nada sequer perto da devoção milenar que tenho por Melkor, porém... acredite, é muito difícil eu ter a mínima simpatia por um Elda. Se eu o diferenciei de alguma forma, é porque você me é caro. Portanto, vou lhe dar uma última chance.

- Não quero ouvir. Não quero nada seu! Vá embora!

- Vai ter que ouvir até o final. Já disse que só te liberto quando eu quiser e terminar de tratar com você sobre meus negócios. Nossos negócios, uma vez que você também se envolveu neles.

- Gostaria eu de nunca ter-me envolvido!

- Agora é tarde. Pois bem. Como gostei de você, e agora já sabe de tudo, sobre eu ser o Senhor do Escuro e o verdadeiro propósito dos Anéis de Poder, finalmente poderei oferecer a você o que intentava desde aquela época de Eregion. Se fizer votos de lealdade à Escuridão, eu darei a você a maior forja de toda a Terra-média e o ensinarei ainda mais coisas do que ensinei no período da forjadura dos Anéis em Eregion. Eu já vivi perto dos Valar, minha prenda... eu sei que muitas coisas eles escondem de vocês! Mas eu não esconderei, tampouco Melkor.

- Mesmo após tudo o que eu disse, ainda quer me trazer para a aliança com a Escuridão?

- Se estou a falar disto consigo, é porque quero. Eu não gasto nem meu tempo, nem minhas palavras à-toa. Mas é como eu lhe disse: terá de ser nosso aliado. Terá de cultuar à Escuridão como eu cultuo. E terá de me ajudar no que eu solicitar. Se nós dois estivermos juntos na adoração e no serviço da Escuridão, tudo isto será em prol de Melkor. Nós seremos como uma família, como eu lhe disse! E eu não tenho mais assim tanta vontade de ter vários amantes. Poderia ser somente seu - até o dia em que Melkor voltasse. E até lá... eu lhe juro que o faria amar. Pois imagine, se eu o amo - mais que isso, eu o adoro - há tantos milênios, é porque vale muito a pena!

- Já disse que não quero nada seu.

- Celebrimbor, você teria o seu Annatar. Poderia até me chamar de Annatar caso quisesse. Seria igual ao que foi em Eregion! Tanto seria, que eu não fui lá para matar. Lembra?

- Eu não quero o seu favor.

- Mesmo sendo um príncipe de grande renome sob os poderes da Torre Negra? Sob o favor daquele que é conhecido como Senhor da Terra, de tanto domínio que alcançou? Lembre-se: você me conheceu. Eles não. Eles jamais me conheceram. Falam do que não sabem!

Amor de PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora