Rosa
Amy organizava seu fichário freneticamente, eu apenas apoiava na mesa e tomava meu café. Ela começou a retirar as folhas estressada.
— O que você está fazendo?
— Nós nunca vamos prendê-lo Rosa, não temos provas suficientes.
Eu coloquei a minha mão sobre o fichário.
— Para de destruir o seu fichário, nós vamos encontrar provas, foi só uma semana Amy.
Ela bufou.
— Afinal nós somos as irmãs investigadoras. — disse eu evitando contato visual.
— Você usou o apelido Rosa. — a alegria em sua voz me fez esboçar um sorriso de canto.
— Vamos antes que eu me arrependa.
Ela colocou as folhas no fichário e respirou fundo.
— Vamos irmã.
— Ah, por quê? — fingi estar incomodada.
— Vai ser divertido, precisamos de folhas novas e talvez um novo fichário.
— Amy, você mal preencheu o outro.
— Talvez eu compre marcadores de página.
É, ela voltou.
— E post-its, talvez um barbante novo para o quadro, ah, vai ser tão divertido. Rosa? — as suas palavras ecoavam na minha mente.
Eu estava encarando a mesa de Gina.
— Rosa. Vocês precisam conversar.
— O quê? — eu estava distraída.
— Vamos tomar um ar.
— Não.
Ela me puxou para o terraço do precinto.
— Vamos tomar um ar.
Ela ergueu os braços. Eu encarei a estátua dourada de Gina e cruzei os braços.
— Okay, não foi a melhor ideia.
— Eu vou falar com ela.
— VOCÊ VAI?
Eu a encarei.
— Quer dizer, vai lá Rosa, você consegue, lembra que você é uma mulher forte e...
— Amy, para de estragar o momento.
— Desculpa, eu vou comprar mais folhas e talvez grampos...
Eu sai, deixando ela falando sozinha. Gina estava sentada em sua mesa, mexendo em seu celular, respirei fundo e caminhei até ela.
— Gina, podemos conversar?
— Novo celular, quem é?
— Gina, eu não sou o Charles.
— EI.
— Como ele ouviu? — eu encarei um Charles bravo do outro lado do Precinto. — Enfim, Gina, podemos...
Ela havia desaparecido, apenas uma cadeira girando. Bufei, igual fazíamos com a Amy. Inteligente, sorri de lado.
— Rosa — Jake tocou em meu ombro, eu o encarei brava, fazendo-o retirar o braço de mim — Aqui está você. Precisamos conversar sobre o caso 77792.
— Do que você está falando? Por que a sua voz está estranha?
— Roro, precisamos ir. — Boyle me tocou, eu o olhei brava, mas ele é o Charles, ele não liga.
Bufei.
— Vamos conversar então.
Nós fomos pra sala de almoço. Charles trancou a porta imediatamente e fechou as janelas, Jake parecia estar procurando por alguém.
— O que...
Jake colocou o dedo em sua boca pedindo silêncio, revirei os olhos.
— Ótimo, ninguém, nenhuma escuta, podemos conversar.
— O que está acontecendo Peralta?
— Holt e o Terry estão em uma missão secreta, SEM NÓS.
— Eu não ligo pra isso, já estive em várias missões, não sou fominha igual você.
— VOCÊ CHAMOU O JAKE DE QUÊ?
— Boyle, eu realmente sou fominha, mas isso é bom.
— Tem razão Jake.
— Posso ir embora?
— Rosa, fica.
— Você acha que eu sou cachorro?
— Rosa Diaz, por favor, precisamos da sua ajuda.
Suspirei.
— Okay, o que eu tenho que fazer?
— Nós vamos descobrir sobre a missão, eu tenho altas suspeitas que a Gina está envolvida. VaGina está indo super bem, ela não precisa desse emprego...
— Espera — disse Charles. —Jake, eu achei que a Gina já tivesse falado sobre a Lady Ambrose e como ela está ajudando o Capitão Holt.
Jake corou de vergonha.
— Boyle!
— Jake, por que está mentindo?
— Eu queria te colocar no plano, e se eu fingisse não saber de nada, ia parecer mais misterioso, você iria gostar mais.
— Jake, nós somos detetives, precisamos de pistas. Mas eu amo um mistério e ainda falta resolver o caso.
Jake e Charles bateram as mãos.
— Aliás, o que essa Lady fez?
— Ah Rosa, por onde eu começo?
— ESPERA.
— O que foi Boyle?
Charles pegou o celular e o virou para nós.
— Vocês gostam desse vinho?
— Sim. — nós respondemos.
Charles alegremente voltou a mexer em seu celular.
— Só isso Boyle?
— É pro jantar Rosa.
— É Rosa, é importante saber o vinho, aliás, vai ter sobremesa do quê?
Eu grunhi de tédio.
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Badass Crush -Dianetti (Concluída)
FanfictionRosa Diaz era misteriosa, cheia de segredos, mas o que todos do precinto 99 sabiam era o seu enorme crush em Gina Linetti, ela era dona do precinto e não demonstrava sentimentos pelos outros, a não ser que esses sejam os de desprezo e isso excitava...