Passaram-se uma semana depois da "revelação" que um fizera para o outro. Mas nada estava bem, agora ambos estavam brigados, porque Charles se sentiu íntimo o suficiente para tentar beijar Victoria novamente, sendo que a mesma havia deixado claro que entre os dois seria apenas amizade.
Os dias depois do ocorrido, eram todos iguais: levantar, comer e deitar. A única diferença era que Charles parecia mais sombrio, sua paciência estava esgotada e para ajudar, a voz de sua cabeça havia voltado a dar "pitacos" na sua vida, o que era ruim, muito ruim.— Charles, eu posso falar contigo? — Victoria se aproximou de Charles de uma maneira silenciosa, que o mesmo não pode ouvir os passos, e a mesma parou atrás dele.
Charles tomou um susto, estava com os pensamentos longe, tentando entender o que estava acontecendo e como aquilo pesava em suas relações.
— Pode, manda ver. — Ele continuou de costas para a mesma, e apenas apontou para a cadeira vaga ao lado da dele.
— Foi mal, eu não queria ter sido grossa, aquele dia. — Ela falou se desculpando, enquanto se sentava. — E outra, você não é nenhum santinho, sabia que eu não queria me relacionar amorosamente com ninguém. — Ela respirou fundo e olhou para as mãos de Charles.
— Tá tudo bem. — Ele disse, e não conseguiu controlar um sorriso. — Querida, não é porque eu te beijei, que amanhã eu vou casar contigo, te toca. — Ele falou com repulsa, parecia que estava chateado. — E outra, um beijo, não faz diferença na vida de ninguém.
— Eu sei.. — Ela riu, não aguentou, essa pose de bravo, não combinava com ele. — Mas eu sei, que no fundinho desse coração, tu quer casar comigo. — Ela riu novamente. — Afinal, eu sou maravilhosa. — A autoconfiança de Victoria estava em alta hoje, o que era algo muito estranho, quando se tratava dela.
— Não. Eu não quero me casar contigo. — Ele fez uma pausa, e respirou fundo. — Você não merece alguém como eu. — Parecia que Charles não queria rir, ele falava com raiva. — Olha, tem como me deixar sozinho? Não tô muito bem hoje, tem como vazar?
— Por que? Quer conversar? — Victoria o olhou e respirou fundo, estava começando a sentir medo.
— Me deixa sozinho porra! — Ele gritou e socou a mesa, e Victoria poderia acreditar que ele quebrou alguns dedos. — Eu não te quero por perto, sua vadia. E além de ser apenas uma vadia é uma vadia depressiva.
Victoria sentiu seus olhos marejarem, e as lágrimas escorrerem cada vez mais. "Vadia depressiva" ele gritou, e isso a destuiu por dentro, então não restava escolha, ela queria sumir, e foi o que fez, ela passou o resto do dia escondida em um canto escuro, chorando. Estão, tomou uma decisão ela voltaria a ser a antiga Victoria, a que tratava todos mal.
Charles por sua vez, exalava raiva, seus olhos estavam arregalados e sua respiração ofegante. Ele voltou para o quarto, e se trancou nele, precisava descarregar. Começou a socar a parede, até suas mãos começaram a sangrar. A raiva precisava de uma válvula de escape, a dor.
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The Asylum
Teen Fiction"Do amor para o ódio, é um passo". Em um manicômio localizado no interior de NY, acontecia coisas que ninguém conseguia imaginar, afinal, depois que você entrava para tratamento era quase que impossível sair. Naquele local, que tinha suas paredes pi...