Doce Passado

Capítulo 25

Sophi

Exctasi, frenesi, medo, desespero, angústia, tudo volta como um tornado que desestabiliza meu emocional.

As palavras não saem da minha boca estou travando uma guerra interna aonde a emoção está fugindo como uma covarde e a razão grita me mandando deixar de ser otária.

Mas eu gostei!

Cada sensação me trouxe uma energia a qual nem sabia que precisava tanto.

Entro no apartamento encontrando um par de olhos que me fitam com sua coloração mais intensa quase chegando a um cinza escuro.

_ Isso são horas de chegar Dona Senhola minha mamãe Sophi? _ Colocando as mãos na cintura sou reprendida.

_ E isso são horas de uma criança estar acordada Dona minha filha Alice? _ Percebo que sua ira aumenta quando franze a testa e não consigo segurar o riso a deixando mais irritada.

_ Não ri di mim e respondi minha pergunta. _ Sigo até ela e a abraço, mesmo relutante estende os braço e retribui. _ Eu estava querendo muito dormi com você. _ Sussurra em meu ouvido.

_Tudo bem vai pra minha cama, só vou acordar o Dindo pra ele ir para o quarto também. _ Deixo ela no chão e me aproximo de Ethan que está literalmente babando no sofá.

_ Não esqueci que não respondeu minha pergunta e espero resposta lá na cama. _ A insolente saí da sala batendo o pé no chão, me lembrando muito bem de quem é filha.

_ Ethan, acorda vai pra cama. _ Toco no seu braço e ele reluta em acordar. _ Vai dorminhoco precisamos conversar.

_ Lindinha ou eu vou pro quarto ou conversamos, você escolhe. _ Sentou no sofá batendo no acento ao seu lado pra que eu me sente. _ E aí o relembrou a primeira foda da sua vida? _ Gargalhou jogando a cabeça para trás enquanto eu arregalo meus olhos em sua direção.

_ Fica quieto a Alice esta acordada, não pode ouvir isso. Ou você vai explicar pra ela o que é “foda”. _ A gargalhada parou no mesmo instante. Ele deve ter relembrado do dia em que fiz ele explicar o que era “caralho”, já que ele não parava de falar. O trauma foi grande para ele, já que Alice não entendeu sua explicação sem sentido até para mim.

_ Tá, já parei, não me lembre desse momento. _ Como eu havia imaginado.

_ E respondendo a sua pergunta, só serviu para que queira mais e isso é uma grandiosa Merda.

_ Olha a boca. _ Reprendeu.

_ Tudo bem. _ joguei as costas no encosto. _ Ele me lembrou que pode ser legal e principalmente pediu para não misturar as situações.

_ Que situações?

_ A amizade dele com Alice. _ Suspirei. _ Juro que quase contei tudo mas ainda sei que é o Ayron que está lá e isso me amedronta, até quanto posso confiar?_ Cubro os olhos com as mãos.

_ Você está certa, vai com calma. Deixa os dois se aproximarem se seu coração falar que deve contar aí abre a boca do contrário voltamos pra París. _ Olho pro meu amigo e não consigo expressar o tamanho da gratidão que sinto.

_ Você faria isso por nós? _ Abraço com toda a força que tenho.

_ Claro, vocês são a minha família e as amo com o amor mais puro que pode existir. _ Minhas lágrimas molham seu ombro, mas ele não se afasta.

_ Obrigada e nós também te amamos muito mesmo. _ Me afasto e o encaro. _ Eu estou apavorada de tanto medo. _ Confesso.

_ Eu sei! Mas agora não está sozinha.
Depois de alguns minutos de conversas banais fui rumo ao encontro da minha pequena ferinha e a encontrei esparramada na minha cama dormindo. Parei no batente de porta e encarei seus traços me perguntando como Ayron nem ao menos suspeita?

Ela é exatamente igual a ele. Cada centímetro lembram o seu DNA.

Sempre achei que nunca iria sequer passar pela minha cabeça aproximar os dois, mas estava enganada, é um direito dela e não tenho como privar minha bebê de ter seu pai ao seu lado.

Me acomodo na banheira pegando meu celular que havia colocado ao lado antes de entrar e uma mensagem entre muitas de trabalho me chama a atenção.

“ Boa noite, e desculpe o que fiz de errado mesmo sem saber o que foi. Adorei cada momento.”

Minha reposta é imediata e sucinta
“ Boa noite”

Relaxo e deixo os pensamentos viajarem, refaço cada segundo desta noite e decido que vou tentar, vou dar abertura para Ayron afinal ele não é mais um garoto de 18 anos.

Meu celular vibra novamente.

“Você não gostou? Prometo que da próxima vez serei melhor, mais paciente”

“Relaxa! Gostei sim, próxima vez?”

“Que alívio! Ainda não fiz tudo que eu quero fazer com você.”

“Me surpreenda!”

“Tem certeza que não posso ir aí agora?”

“Não! Boa noite Ayron!”

“Boa noite gostosa.”

Não respondo me limito a sorrir olhando para o aparelho em minha mão, preciso me lembrar sempre que me amo mais e saber cuidar do meu coração.

....

Acordo com meu celular tocando e atendo sem mesmo ver quem é.

“Alô!” _falo com a voz totalmente rouca.

“ Você ainda está dormindo?”_ Não reconheço a voz, mas não me é estranha.

“Quem é?”_ Pergunto me sentado na cama e observando Alice babando no travesseiro ao meu lado.

“Estou ofendido por dois motivos, o primeiro você não salvou meu número e segundo não reconheceu minha voz, isso magoa meu coração.” _ Suspiro reconhecendo o dono da voz.

“Ayron você não dorme? Atleta precisa descansar.”

“ Já dormi o suficiente, por um acaso sabe que horas são?” _ Me viro para o criado mudo onde vejo que já são onze horas e quarenta e cinco minutos.

“ É que a companhia da minha cama é maravilhosa me proporcionou uma noite dos Deuses.”

“Quem está na sua cama?” _Pergunta com certa irritação.

“Alice.”

“Ela está dormindo?”

“Sim. Porque?”

“Querem passar a tarde na piscina aqui em casa?” _ Fico surpresa com o convite e penso na tarde sendo um teste final.

“ Chegamos aí as quinze horas.”

....

Quando cheguei no condomínio a entrada estava liberada, segui para a casa de Ayron com Alice ansiosa em sua cadeira. Parei o carro e ela saiu correndo para os braços dele que nos aguardava na porta descansos e usando apenas uma bermuda de banho.

Parei de respirar enquanto contava os gomos de seu abdômen e o cara de pau pigarreou chamando minha atenção, fui pega no flagra!

_ Se já acabou de apreciar estamos esperando você entrar. _ Maldito! Entrei e ele fechou a porta atrás de minhas costas.

_ A Alice já sabe nadar mas trouxe uma boia mesmos assim. _ Apontei para o colete salva vidas em minhas mãos.

_ Antes, oi. _ Se aproxímou beijando o canto de minha boca, deixando seu cheiro impregnar minhas narinas. _ Tem um monte de boias e brinquedos assim, coloquei todos na piscina interna. E Alice. _ Chamou e ela logo esticou os braços para subir em seu colo. _ Vamos tem um monte de coisas que criança gosta de comer lá.

_ Oba! Mas a mamãe não deixa comer um monte coisa gostosa. _ Traidora, e esse manipulador, preciso ficar atenta.
Seguimos para área da piscina e realmente tudo que estraga uma criança está lá.

_ Começou mau Ayron. _ Apontei para mesa. _ E você Alice só um de cada. _ Fica quase impossível controlar quando se tem uma vitrine de guloseimas a disposição.

_ Deixa de ser chata Sophi, só hoje. _ Fala colocando Alice no chão ao lado da mesa. _ Agora vamos pra piscina brincar deixa sua mãe aí docinho. _ Acabando com toda minha autoridade eles seguem para a piscina e eu sento na espreguiçadeira me permitindo observar.

Os dois brincam como velhos conhecidos. Alice gargalha das bagunças de Ayron. E eu apenas como telespectadora me permito observar pai e filha juntos sem nem saber a verdade.

Me sinto um monstro!

Meus motivos são tão pequenos diante do que está em minha frente.

Ele agora está maduro, ainda existe um moleque ali, mas são visíveis as transformações que o tempo fez nele.

E ela, meu coração aquece a cada sorriso da minha bebê. Foi por ela que eu parti, não foi por ela que voltei mas com toda certeza do mundo é por ela que decido ficar e contar aos dois tudo que está guardado dentro de mim.

Mas não hoje.

Por que hoje vou me permitir ser feliz, não sei como Ayron irá reagir. Espero que entenda, não sinto que fiz nada errado faria tudo outra vez.

_ Estou indo aí com vocês.

....

_ Ayron ela já dormiu preciso ir pra casa!

Depois de uma tarde cansativa e um jantar digno de Deuses, Alice está dormindo no colo do Ayron no sofá e eu deitada na poltrona suplicando para que ele me devolva a chave do meu carro para que nós pudéssemos ir embora.

_ Já falei vocês vão dormir aqui. O quarto de hóspedes tem uma cama enorme. Deixamos a luz da luminária acesa. _ Levantou já se dirigindo as escadas com a menina no seu colo e eu o seguindo.

_ Mas ela pode cair. _ Tento uma desculpa. Tenho que parar ele, está tudo indo muito rápido.

_ Tem um monte de travesseiros estúpidos sobre a cama devem servir para alguma coisa. _ Abriu a porta do quarto revelando um ambiente neutro mas sofisticado. Paredes brancas e uma porta de vidro, cortinas cinzas da mesma cor que todos os moveis do quarto. Tudo aqui é muito masculino.

_ Tudo bem. _ Acomodou minha filha na cama e cobriu ela enquanto eu arruma os travesseiros ao seu redor fazendo uma barreira. _ Mas eu vou dormir com ela. _ Fui surpreendida por braços me agarrando e me levantando.

_ Você vai dormir comigo, ontem foi a vez dela hoje é a minha. Justo. _ Seguiu para o fim do corredor revelando um quarto enorme com paredes de vidro que levavam a visão de uma jacuzzi enorme.

_ Seu quarto é lindo. Parabéns. _ Arremessada na cama me recomponho apoiando os cotovelos no colchão, observo o Deus da perfeição tirar a bermuda e a camiseta ficando apenas de boxer branca.

BOXER BRANCA!

O Volume já era evidente e de imediato minha boca encheu de água. Que homem é esse?! No fundo eu sei que vou me arrepender que o estrago vai ser grande, mas agora eu quero ele.

Tento me levantar mas sou impedida quando suas mãos me deitam mais na cama.

_ Eu prometi que iria beijar e saborear cada pedacinho do seu corpo e é exatamente isso que vou fazer agora.

Começa beijando minhas panturrilhas massageando meus pés, sua boca mordisca a parte interna das minhas coxas, subindo em direção a minha virilha, mas não toca em minha intimidade, apenas assopra instigando a vontade de ter sua boca ali.

Meu vestido enrola em minha cintura e minha calcinha vermelha fica a mercê de suas vontades. Completamente molhada. Sinto minha bochechas esquentarem em antecipação e um gemido escapa pelos meus lábios.

_ Ayron. _ Sussurro.

Ele intensifica os chupões em minha virilha sem tocar onde eu mais necessito. Seus dedos acariciam minha abertura sobre a calcinha enviando vibrações ao meu núcleo e sinto que vou desmanchar a qualquer momento.

Seus dedos sobem pela lateral de minhas pernas e nadegas até encontrar minha calcinha é arrancada de meu corpo com rapidez até então desconhecida.

Sua boca se choca com minha intimidade e sou literalmente beijada. A língua entra em contato com meu clitóris que pulsa enrijecido e depois de uma massagem torturante é sugado com força.

Sem parar sua boca e sem aviso dois dedos entram em mim alargando minhas paredes instantaneamente.

_ Eu vou gozar. _ Anuncio e sinto uma explosão em meu ventre.

No mesmo momento Ayron tira os dedos e lambe sugando todo meu prazer como se fosse um doce saboroso e isso me exita ainda mais.

_ Porra você é gostosa de mais. Quero mais do seu sabor. Não estou satisfeito ainda coração.

Sentando na cama ele puxa meu vestido que estava enrolado sobre meus seios deixando nua. Suas mãos vão diretamente para meus seios apertando meus mamilos e uma corrente elétrica passa por todo meu corpo.

_Você é como um sonho. Toda perfeitinha em cada detalhe. E eu quero muito entrar em você agora.

Sua boca gruda na minha enquanto suas mãos acariciam minha nuca. Sou deitada e o corpo de Ayron paira sobre o meu, seus joelhos afastam minhas pernas e sua virilha se choca com a minha e seus movimentos me masturbam aquecendo meu centro.

Agarro sua boxer e puxo para que se livre dela sem parar de baixar sua boca, ele termina de se livrar da peça.

_ Meu pau está pulsando, quero entrar agora em você linda. _ Esticou o braço e pegou uma camisinha no criado mudo, rasgando a embalagem com os dentes e desenrolando sobre seu membro.

_Quero que seja forte Ayron, sentir seu corpo dentro de mim. _ Pedi e ele sorriu erguendo um canto dos lábios de forma safada e se enterrou em mim.

_ Assim?_ Apenas gemi concordando e sentindo suas estocadas fortes e certeiras.

Seus movimentos se intensificavam e meu núcleo estava prestes a entrar em combustão. Sua boca revezava entre minha boca e meu pescoço sugando o ponto sensível perto de minha orelha.

Tento falar mas estou completamente perdida e quando meu canal se aperta ao redor de Ayron ele também perde seu controle. Estamos alucinados, uma mistura de êxtase e luxuria nos envolve e nenhum dos dois quer parar ou desacelerar, mas nossos corpos explodem em uma sincronia quase perfeita.

Estou imóvel, suada e jogada na cama. Minha pulsação acelerada e totalmente ofegante. Ayron está jogado ao meu lado o que me parece na mesma situação.

_ Isso foi Ual! Sem palavras. _ Fala descartando o preservativo. _ Eu quero mais e quero de novo e de novo, você é a porra da mulher mais incrível que já transei. _ Gargalho de suas palavras ofegantes.

_ Foi ótimo mesmo. Mas quer mais agora? _ Mesmo eu preciso de algum tempo depois de algo tão intenso.

_ Não! _ Gargalhou do meu espanto._ Mas logo vou querer, vem cá. _ Me puxou para seus braços. _ Você realmente é incrível.

Me aconcheguei em seus braços sentindo acolhida. Realmente me sentindo plena e pronta pra tudo que virá, meu doce passado que dorme no quarto ao lado.

....

Acordei sozinha na cama, segui até o banheiro me arrumando para seguir até o quarto onde Alice dormia. A porta esta entre aberta, olhei e constatando que minha filha continua dormindo então sigo em busca, talvez de um sexo matinal, antes de por o meu passado na mesa do café.

Desci as escadas sem fazer barulho, quero fazer uma surpresa para o dono da casa mas já no meio da decida ouço algumas vozes conhecidas e um total dejavú me envolve.

“Eu te avisei que sempre venço”

“ Você é um fudido filha da puta Ayron, eu jurava que não iria levar ela pra cama.”

“O segredo é ser EU, quero o Jaguard no meu nome amanhã”

“Estou cansado de apostar com você, essa é a última.”

Sem conseguir conter as lágrimas voltei para o quarto onde Alice estava dormindo e tratei de me acalmar, vou sair daqui de cabeça erguida com minha filha e esquecer de vez esse maldito.

Ele não mudou!

O mesmo babaca inconsequente, sem responsabilidade alguma para ser homem, muito menos pai. Tudo foi uma mentira, mais uma vez.

Vejo Alice acordar e trato de arrumar o mais rápido possível. Voltar para o meu canto e esquecer o dia que passou.

_ Vocês acordaram. _ Entrou no quarto e se aproximou da cama. _ Dormiram bem?_ perguntou com sorriso brincando nos lábios.

_ Precisamos voltar logo, tenho compromisso. _ O clima mudou e sei que ele notou que quero sair daqui logo.

_ Aconteceu alguma coisa? O café já está pronto não dá pra esperar. _ Pergunta atônico.

_ Não tenho tempo. Se despede do Ayron Alice.

Quase nem dou tempo para a despedida e agarro minha filha em meus braços descendo escada a baixo. A única coisa que quero aqui é distância do dono da casa.

_ Suas chaves estão na mesa de centro. _ percebo o descontentamento em sua voz, mas ele não insiste. Melhor assim sem explicações. _ Me liga quando quiser falar o que aconteceu. _ Pede abrindo a porta.

_ Não aconteceu nada.

Saio seguindo até meu carro sem olhar para trás, por que cada vez que meus olhos encontram os dele me sinto mais burra.

Cair na mesma armadilha duas vezes. Só uma idiota não percebe isso. É sou idiota mesmo assumida.

No entanto prefiro errar e me entregar do que ser vazia. Prefiro acreditar e me doar, me machucar do que não viver.

Mas Ayron é quem perdeu, por ser imaturo, o jogador ganhou.

Ao menos desta vez não é a porra de uma bola. 

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Capítulo sem revisão  😘😘😘😘