Back to the Future (Fanfic Avalance)

Relações familiares podem ser desastrosas

Oieeeee, eu voltei!
Essa fanfic foi escrita antes da estreia da quarta temporada, por isso não acompanha as informações atuais de Legends. Originalmente postada no Spirit fanfics, porém vou fazer algumas mudanças ao longo da história, logo esperem para ler aqui que vai ser diferente.
Ah! Tem algumas referências à outras séries que vão aparecer durante a fic, vocês conseguem encontrar todas?

Boa leitura!

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“Meu nome é Avril Laurel Sharpe-Lance e me considero uma jovem adulta bastante responsável mesmo aos 16 anos de idade. Meu nome é uma homenagem à minha tia, mas eu nunca a conheci e tudo o que sei é que ela foi muito importante para minha mãe e morreu nas mãos de um criminoso megalomaníaco. Temos fotos dela pela casa, levamos flores para ela nas datas importantes e, apesar de não saber muito sobre ela, tenho a sensação de que era uma pessoa a quem valia realmente a pena conhecer.

Além disso, há algumas coisas a serem ditas sobre mim. Eu moro em um bairro muito bom, numa casa muito boa, tenho mães amorosas e uma irmãzinha que amo; tenho bons amigos e fazemos todo tipo de coisas juntos, como ouvir músicas antigas ruins, tomar café na nossa loja preferida de quadrinhos e discutir sobre filmes.

Ao contrário dos outros estudantes em busca de uma bolsa de estudos na universidade, não posso dizer que a música foi realmente uma paixão na minha vida, eu não ouvi Mozart uma vez e descobri o norte na minha bússola moral. Na verdade, foi tudo por causa de uma professora e eu nem me lembro como ela chegou a essa conclusão, mas um dia minhas mães foram chamadas na escola e ao invés de ouvirem que eu era uma pestinha indomável foram informadas sobre meu dom natural para música. Me lembro de querer uma guitarra, as garotas legais dos clipes tocavam guitarras mas ao invés disso ganhei um violino...”

- Isso está horrível.

Avril resmungou olhando para a tela do notebook e apagou tudo o que havia escrito até então. Ela ainda tinha mais um ano para pensar na faculdade, mas todos os professores insistiam que eles deviam dar mais atenção a isso antes que fosse tarde demais; bom, havia certa verdade nisso, já que sua redação “quem sou eu” estava literalmente uma droga.

Como ela podia explicar que as principais experiências que a definiam como ser humano derivavam do fato de suas mães viajarem no tempo para preservar a história ou, ainda, que ela e seu melhor amigo ficaram quase duas semanas presos em 2018 quando nem deveriam existir ainda?

A porta foi aberta e a despertou de seus pensamentos quando uma versão mais velha de si mesma entrou em seu quarto.

- Ei – sua mãe tentou sorrir – Odeio interromper, mas sua mãe ainda está fora em uma missão.

- O que foi dessa vez?

- Dinossauros em Paris, 1916.

Aquilo era grande. Avril gostaria de ver um dinossauro um dia.

- E eu preciso ir para a Agência, houve uma emergência e estão esperando por mim. Você conhece as regras, não saia de casa, dê o jantar da sua irmã e não fiquem acordadas até tarde.

- Mamãe - Avril gemeu entredentes – Não posso ficar com a Emma, eu tenho planos pra hoje a noite.

- Sinto muito, mas sua mãe está resolvendo um anacronismo e não posso chamar uma babá em menos de dez minutos. 

- Você literalmente viaja no tempo, não é como se fosse uma grande coisa.

- É uma grande coisa, estou contando que você seja uma adulta responsável aqui.

-Eu não deveria ser uma adulta responsável todos os dias da minha vida – resmungou indignada – Por favor, já é a quarta vez que desmarco com a Vi, será que não posso ser uma adolescente normal numa sexta a noite?