Ava tinha decidido ficar, é claro que tinha. Como poderia deixar Sara responsável por um bebê de dez meses que demandava tanta responsabilidade? Ok, a Capitã lidava diariamente com as lendas e todos voltavam vivos para casa no fim do dia, mas ainda era diferente com um bebê indefeso e incapaz de fazer qualquer coisa sozinha.
Antes de qualquer coisa, deixou que Sara brincasse com Laurel já que o bebê parecia feliz e tranquilo; enquanto ouvia a loira balbuciar coisas inteligíveis para o bebê risonho se ocupou em pesquisar tudo o que poderia saber sobre aquela idade em específico. Laurel precisava ser estimulada e ter sua coordenação motora trabalhada, de acordo com site ela também devia conseguir pegar coisas com seus dedinhos então a atenção precisava ser reforçada para que não colocasse nada na boca.
- Onde está o bebê?! Achou!
Voltou sua atenção para sua namorada só para encontrar a mulher brincando de esconder com a menininha, Laurel gargalhava gostosamente a cada vez que Sara revelava o rosto; Ava permitiu-se deixar o iPad de lado e assistir a brincadeira das duas, levando fé que a Capitã tinha realmente um lado maternal mesmo que insistisse pelo contrário.
- O que? – Sara perguntou.
- Nada. Vocês ficam fofas juntas, só isso.
Sara arrastou a garotinha para seu colo e juntou seus rostos, seu sorriso poderia facilmente iluminar o céu noturno mais escuro enquanto Laurel ria até perder o fôlego.
- Eu sou fofa e ela é um pequeno problema muito lindinho.
- Não, ela é fofa e você é um grande problema – Ava riu e pegou a menina – Acho que está mais do que na hora do jantar.
- Estamos navegando no fluxo temporal – Sara lembrou – O tempo não faz exatamente sentido aqui.
- Você quer mesmo um bebê com fome chorando nos seus ouvidos?
Sara pareceu considerar.
- Humm... Não?
- Não mesmo.
Ava se levantou com Laurel bem presa a sua cintura e esperou por Sara que, com um suspiro, a seguiu.
- Gideon, por favor, pode fazer alguma comida de bebê?
- Claro, Capitã.
Elas encontraram os outros na cozinha e Ava tinha certeza que nem mesmo todas as lendas juntas poderiam causar aquele tipo de bagunça. Nate estava conseguindo alimentar seu bebê, o menino mais velho abria ansiosamente a boca para comer a sopa que seu guardião oferecia, mas também parecia haver comida em toda sua roupa e ao redor da mesa onde ele se sentava; já Ray encontrava dificuldades uma vez que o menininho fechava a boca com força sempre que ele aproximava a colher com comida.
- Eu não sei o que estou fazendo de errado – ele se defendeu ao ajustar o menino no colo – Bebês me adoram.
É claro que bebês adoravam o gentil Ray Palmer, qual a surpresa nisso. Já Zari parecia estar tendo um momento igualmente problemático, a hacker andava de um lado para o outro com a garotinha presa em sua cintura enquanto tentava lhe oferecer uma mamadeira, mas assim que os olhinhos amendoados da pequena pousaram sobre Ava e Sara ela escondeu o rosto no ombro da mulher.
- Ela é tímida – Zari explicou – E acho que não está com fome.
Havia comida de bebê pelo chão e na mesa, mesmo os balcões do armário estavam cheios da mistura desagradável.
- O que aconteceu aqui?
- Ela não gostou de nada que ofereci a ela – a hacker se defendeu – Algumas coisas ela jogou e outras ela cuspiu.
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Back to the Future (Fanfic Avalance)
General FictionAvril Laurel Sharpe-Lance é uma adolescente normal de 16 anos, isso se não levar em consideração que suas mães são viajantes do tempo. Quando um anacronismo compromete a linha do tempo e suas própria existência, ela e seus amigos precisam voltar no...