Violet andou de um lado para o outro no ginásio que estava lentamente sendo ocupado pelos agentes do Departamento do Tempo, à essa altura ela esperava que Avril já estivesse ali, mas a loira estava longe de ser encontrada; Danny, por sua vez, se ocupava com os equipamentos eletrônicos e Lorcan, que devia estar ajudando Gary, insistiu em acompanhá-la. Não que ela não aproveitasse a companhia dos amigos, mas Avril era a líder natural que passava segurança nos momentos mais críticos. Tirou o celular do bolso e digitou rapidamente uma mensagem, tentando não perder a Tia Sara de vista.
“Onde você está?!”
“ Com minha mãe”
“Vocês estão atrasadas, as lendas já estão enchendo a cara. É melhor Tia Ava aparecer logo, tem um agente rondando a Tia Sara e não queremos que elas briguem por ciúmes!”
“Ok”
Violet suspirou, a noite mal tinha começado e ela já se sentia cansada.
“Ei, você sabe por que o Lorcan está aqui comigo ao invés de ajudar o Gary como prometeram?”
“Se você não sabe, não sou eu que vou te dizer.”
Sentiu uma vontade incontrolável de gemer e talvez mandar uma mensagem muito mal-educada para Avril, que definitivamente não estava ajudando depois de passar quase a semana toda escondida no apartamento da mãe se recusando a falar com ela. A ausência da amiga meio que doeu, elas estavam sempre juntas desde os três anos e era a primeira vez que algo as afastava e, para piorar, Violet não sabia o que estava acontecendo.
Do outro lado da cidade Avril largou o telefone sobre o sofá e se concentrou em sua gravata, o vídeo aberto no youtube que era exibido na tv se chamava “Nó simples de gravata borboleta”, mas de simples não tinha nada. O homem estendeu uma gravata aberta sobre as duas mãos indicando o próximo movimento, passou uma parte por baixo e deu um nó perfeito enquanto Avril fez uma bagunça com a dela. Parecia bem mais fácil quando ele fazia, pensou ao reiniciar o vídeo pela décima quinta vez, prometendo a si mesma que conseguiria em algum momento nem que levasse mais uma hora de trabalho frustrante.
Gary estava sentado ao seu lado, muito bem vestido em seu terno cinza chumbo com uma gravata de seda quase prateada, tendo se desculpado por não poder ajudar já que seu pai dava os nós e ele guardava as gravatas prontas para serem usadas.
- Por que não pede ajuda à Ava?
Avril gemeu, mas considerou que Gary ter coragem de chamar sua mãe de Ava ao invés de Diretora Sharpe queria dizer que ele estava se sentindo à vontade e feliz.
- Acho que preciso.
Desistindo de conseguir dar aquele nó sozinha, Avril deixou Gary na sala e foi até o quarto da mãe, batendo na porta para tão ter uma surpresa desagradável.
- Entre – Ava disse um momento depois – Está pronta?
- Como sabia que era eu?
- Gary não se atreveria a vir ao meu quarto.
Pensando bem, mesmo impaciente o agente não saiu da área da sala de estar. Avril deu de ombros.
- E então? – Ava insistiu.
- O cara do vídeo tem um nó de gravata – Avril admitiu e estendeu seu fracasso épico – Eu tenho um origami.
Ava riu gostosamente antes de tomar a gravata arruinada para si e tentar salvar o que restou; Avril tirou o momento para avaliar a mãe e resolveu que estava muito animada com o resultado, o terno preto bem ajustado fazia maravilhas para suas curvas, a gravata fina e os suspensórios davam um toque clássico e, mesmo que ela não quisesse pensar nisso, sexy.
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Back to the Future (Fanfic Avalance)
Fiction généraleAvril Laurel Sharpe-Lance é uma adolescente normal de 16 anos, isso se não levar em consideração que suas mães são viajantes do tempo. Quando um anacronismo compromete a linha do tempo e suas própria existência, ela e seus amigos precisam voltar no...