Primeira aula de teatro
Anny
Eu e Maycon estávamos a caminho da nossa primeira aula de teatro. Quando chegamos, havia três professores esperando os alunos se acomodarem. Enquanto aguardávamos, continuávamos conversando.
— Boa tarde a todos — disse um homem, chamando nossa atenção. — Meu nome é Carlos, sou professor de música. Como vocês sabem, o teatro envolve não só atuação, mas também música e dança — explicou.
— Boa tarde, alunos. Meu nome é Esmeralda, sou professora de dança e atuação — falou a professora, cumprimentando-nos com um sorriso.
— Oi, galera! Eu sou o Dener, professor de dança profissional. Sou americano, por isso meu sotaque pode soar um pouco diferente — disse o terceiro professor, com um jeito descontraído.
— Bom, nós queremos ver o talento de vocês. Então, cada um vai subir ao palco e se apresentar — explicou Carlos.
Eu olhei para Maycon, sentindo o nervosismo crescer.
— Nós vamos nos apresentar na frente de todo mundo? — perguntei, inquieta.
— Sim, mas não se preocupe, você vai se sair bem — disse Maycon, acariciando minha mão de forma tranquilizadora.
— Não vamos seguir ordem alfabética. Embaixo de cada cadeira, há um número. Peguem o número e aguardem serem chamados — instruiu Esmeralda.
— Qual o seu número? — perguntou Maycon.
— Doze. E o seu? — perguntei de volta.
— Um. Acho que serei o primeiro — disse ele, calmamente.
— Como você consegue estar tão calmo? — perguntei, intrigada.
— Confio no meu talento. E você deveria confiar no seu também — respondeu, com um sorriso confiante.
— Número um! — chamou Dener. Maycon se levantou e foi até o palco.
— Faça sua apresentação, e depois faremos algumas perguntas — disse Esmeralda.
— Posso pegar o violão? — perguntou Maycon.
— Claro! — respondeu Carlos.
Maycon
Eu estava nervoso, mas não podia deixar Anny perceber. Ela precisava acreditar no talento dela, assim como eu acreditava. Peguei o violão e pensei em qual música tocar.
Decidi por "Morena", do Vitor Kley.
Enquanto cantava, meus olhos se fixaram nos de Anny. Seu sorriso crescia a cada verso. A letra parecia descrevê-la perfeitamente.
"Morena, me encantei com o seu jeito de olhar..."
Terminei a música e fui aplaudido. Fiquei aliviado, mas o que realmente importava era que Anny estava sorrindo pra mim.
— Parabéns! Senti uma paixão na sua interpretação. Tem algum motivo especial para ter escolhido essa música? — perguntou Esmeralda.
— Na verdade, não. Sempre tento sentir a emoção de cada música como se estivesse vivendo o momento em que foi escrita — respondi.
— Você cantou e tocou muito bem. Já fez alguma aula de música? — perguntou Carlos.
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Mudanças - Meu Novo Vizinho
Teen Fiction"Fora do padrão." É assim que a sociedade costuma rotular quem não se encaixa nos moldes pré-estabelecidos. Quer saber minha opinião? Para mim, estar fora do padrão significa ser única. Neste livro, vou contar a história de Anny, uma jovem que já en...