capitulo 21

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Primeira aula de teatro

Anny

Eu e Maycon estávamos a caminho da nossa primeira aula de teatro. Quando chegamos, havia três professores esperando os alunos se acomodarem. Enquanto aguardávamos, continuávamos conversando.

— Boa tarde a todos — disse um homem, chamando nossa atenção. — Meu nome é Carlos, sou professor de música. Como vocês sabem, o teatro envolve não só atuação, mas também música e dança — explicou.

— Boa tarde, alunos. Meu nome é Esmeralda, sou professora de dança e atuação — falou a professora, cumprimentando-nos com um sorriso.

— Oi, galera! Eu sou o Dener, professor de dança profissional. Sou americano, por isso meu sotaque pode soar um pouco diferente — disse o terceiro professor, com um jeito descontraído.

— Bom, nós queremos ver o talento de vocês. Então, cada um vai subir ao palco e se apresentar — explicou Carlos.

Eu olhei para Maycon, sentindo o nervosismo crescer.

— Nós vamos nos apresentar na frente de todo mundo? — perguntei, inquieta.

— Sim, mas não se preocupe, você vai se sair bem — disse Maycon, acariciando minha mão de forma tranquilizadora.

— Não vamos seguir ordem alfabética. Embaixo de cada cadeira, há um número. Peguem o número e aguardem serem chamados — instruiu Esmeralda.

— Qual o seu número? — perguntou Maycon.

— Doze. E o seu? — perguntei de volta.

— Um. Acho que serei o primeiro — disse ele, calmamente.

— Como você consegue estar tão calmo? — perguntei, intrigada.

— Confio no meu talento. E você deveria confiar no seu também — respondeu, com um sorriso confiante.

— Número um! — chamou Dener. Maycon se levantou e foi até o palco.

— Faça sua apresentação, e depois faremos algumas perguntas — disse Esmeralda.

— Posso pegar o violão? — perguntou Maycon.

— Claro! — respondeu Carlos.

Maycon

Eu estava nervoso, mas não podia deixar Anny perceber. Ela precisava acreditar no talento dela, assim como eu acreditava. Peguei o violão e pensei em qual música tocar.

 Decidi por "Morena", do Vitor Kley.

Enquanto cantava, meus olhos se fixaram nos de Anny. Seu sorriso crescia a cada verso. A letra parecia descrevê-la perfeitamente.

"Morena, me encantei com o seu jeito de olhar..."

Terminei a música e fui aplaudido. Fiquei aliviado, mas o que realmente importava era que Anny estava sorrindo pra mim.

— Parabéns! Senti uma paixão na sua interpretação. Tem algum motivo especial para ter escolhido essa música? — perguntou Esmeralda.

— Na verdade, não. Sempre tento sentir a emoção de cada música como se estivesse vivendo o momento em que foi escrita — respondi.

— Você cantou e tocou muito bem. Já fez alguma aula de música? — perguntou Carlos.

Mudanças - Meu Novo VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora