Há mudanças que são bem vidas, mas aquela, para Jeongguk, definitivamente não era.
Ao menos esse era o seu pensamento até conhecer Taehyung e o garoto virar sua vida de cabeça para baixo.
Taehyung é alguém inalcançável, contudo, Jeongguk não iria d...
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Cinco dias haviam se passado desde o incidente envolvendo Jeongguk e a janela do quarto de Taehyung. O Jeon havia, de fato, quebrado o braço, não fora sua imaginação antes de desmaiar. Tiveram sorte de Kim Daesung, o pai de Taehyung e Seokjin, aparecer naquele momento, Daesung era médico e estava voltando do trabalho para casa, porém teve que voltar para o hospital onde trabalhava para levar o garoto que, segundo ele, tentou invadir o quarto do seu filho mais novo e acabou se acidentando. Um braço quebrado era doloroso, mas não era nada de tão grave, por isso, uma semana depois, com o braço engessado, Jeongguk se encontrava com Taehyung indo em direção a ala universitária daquela instituição de ensino para fazer algo que não gostaria de fazer.
Agora sabia como Jimin se sentia quando o arrastava para suas armações.
Aliás, Park Jimin era um amigo traidor que preferiu sair com a sua nova e primeira namoradinha do que vir junto e lhe dar apoio.
Jeongguk olhou para o gesso em seu braço direito e encontrou o nome de Jimin desenhado quase como a obra de um artista grafiteiro, logo abaixo do nome de Taehyung que tinha uma escrita mais normal, porém adornado de várias figuras que ele adorava desenhar que, todavia, pareciam desenhos infantis. Sorriu consigo mesmo, estava feliz pelo amigo ter alguém para ele assim como tinha Taehyung para si. E sabia que não poderia chamá-lo de traidor, afinal, se estivesse em seu lugar certamente também preferiria estar com Taehyung do que se meter em alguma confusão por aí, mesmo que fosse junto ao agora melhor amigo. Não que o seu amigo se metesse em confusão, estava apenas imaginando o cenário.
— Eu acho que isso é uma péssima ideia — Comentou, tentando coçar o braço por dentro do gesso com uma régua que trazia consigo. O objeto se tornou inseparável visto que sua coceira por baixo do gesso parecia nunca passar.
— E eu acho que se você vai ficar reclamando sobre isso é melhor calar a boca — Taehyung retrucou, bravo.
— Hyung! — Choramingou um protesto.
— Desculpa — Se virou para o mais novo — Desculpa se fui grosseiro, mas é que com essa deve ser a quinta ou sexta vez que você faz esse comentário e isso já está começando a me dar nos nervos — Olhou para a cara de Jeon, os lábios formavam um pequeno bico e os ombros caídos, com aquele braço quebrado só fazia a imagem de "pobre garoto" ainda melhor. Sorriu para ele, já se desarmando totalmente — Tudo bem, não precisa ficar assim — Passou a mão sobre os cabelos negros de Jeongguk num carinho — Só promete não falar mais isso, ok? Nós temos que fazer isso, você e eu somos culpados por toda essa bagunça e é nosso dever moral consertar.
— E se ao tentar fazer isso a gente acaba apenas piorando tudo?
Taehyung não respondeu de imediato, parou para pensar sobre aquela possibilidade e sentiu um frio correr por sua espinha.
— Não vamos saber até tentarmos, mas também temos que torcer para que tudo corra bem.
— Tudo bem, eu confio em você, hyung — Falou mostrando confiança. Mesmo que por dentro não existisse um pingo dela e, ainda que não falasse mais em voz alta, na sua cabeça ficava repetindo para si mesmo que aquilo que estavam prestes a fazer era uma péssima ideia.
