CASAMENTO ARRANJADO - IMAGINE JOSH X YOU

014.

Josh estava com as mãos no meu olho, alegando que o lugar que estavámos indo era "surpresa". Eu já estava começando a ficar com medo dele. Josh não bate muito bem da cabeça.

-Estamos chegando? - pergunto, pela décima vez.

-Não, mulher. Calma - ele diz, rindo.

-Calma? Você está literalmente cubrindo meus olhos me levando para um lugar que eu não sei.

-Você disse que confiava em mim.

-Eu confio, mas isso não quer dizer que eu não possa ter medo.

-Você tem medo de mim?

-Não de você, mas de suas ideias loucas.

-Loucura é sempre bom de vez em quando - ele fala, e eu tenho quase certeza que ele deu de ombros.

-Josh, você não vai fazer algo que vai nos matar, né?

-Não, linda. Confia em mim.

Linda.

Ficamos mais alguns minutos falando nada, até que a carroagem para e ele diz:

-Chegamos.

Ele tira as mãos dos meus olhos e eu o olho com raiva.

-Sério, Josh? Isso tudo para você me trazer para a praia? Eu já vim aqui.

-Eu sei, mas um pouco de suspense não faz mal.

-Palhaço - digo, descendo da carroagem.

-Se eu ficar muito tempo no Sol, vou parecer mesmo - ele fala.

-É, pois é. Vamos para a água! - Puxo seu pulso e nós adentramos na água fria, mas o dia estava super quente, então, era refrescante.

Começamos a jogar água um no outro que nem duas crianças, e Josh começou a correr para fora do mar. Comecei ir atrás dele, mas senti a água me derrubar, de repente.

Quando consegui ficar em pé novamente, vi Josh morrendo de rir na minha frente.

-Palhaço - falo, o empurrando, mas ele fica no mesmo lugar.

-Linda - ele diz, colocando a mão na minha bochecha e a acariciando.

Fico algum tempo olhando para seus olhos. Eles tem um tipo de intensidade que não se pude explicar. O jeito que aquelas esmeraldas azuis pareciam o oceano, que me fazia querer mergulhar. Logo, seus olhos sairam dos meus e começaram a encarar a minha boca. Depois, ele volta a me olhar, como se, num pedido silêncioso pedisse permição. E então...

Eu o empurrei na água.

Ele caiu e uma onda passou por cima dele, me fazendo rir.

Ele se levantou com raiva, mas não disse nada.

-Não vai me chamar de palhaça?

-Não. Continua linda - ele fala e se aproxima.

Ele põe as mãos em minha cintura, e me mergulha na água.

-Idiota! - falo e jogo água nele. E, nisso, começamos uma guerra de água.

[...]

-Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios temptaris numeros. Ut melius, quidquid erit, pati. Seu pluris hiemes seu tribuit luppiter ultimam, quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare. Tyrrhenum: sapias, vina liques, et spatio brevi spem longam reseces. Dum luquimur, fugerit invida ateas: carpe diem quam minimum credula postero.

-Perdão? - Josh perguntou.

-O por do Sol me lembrou deste poema - esclareci.

-Pode falar em nossa língua, por favor? - ele perguntou e eu ri.

-"Não interrogues, não é lícito a mim ou a ti saber qual fim os deuses darão, Leucônoe. Nem tentes os cálculos babilônios. Antes aceitar o que for, quer muitos invernos nos conceda Júpiter, quer este último apenas, que ora despedaça o mar Tirreno contra as pedras vulcânicas. Sábia, decanta os vinhos, e para um breve espaço de tempo poda a esperança longa. Enquanto conversamos, terá fugido despeitada a hora: colhe o dia minimamente crédula no porvir".

Josh olha para mim como se não entendesse nada, então me pus a explicar:

-Nós não sabemos se o Sol nascerá amanhã de manhã. Nós não sabemos o fim que os deuses ou sei lá o que comende tudo o que acontece na Terra nos dará. Portanto, acredite no porvir, ou seja, acredite no que está por vir e, de preferência, em coisas boas.

-Não dá, você vive filosofando coisas que eu nunca teria a capacidade de pensar - ele fala e eu rio.

-Mas você gosta disso, certo? - pergunto.

-Sim, eu gosto.

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VOLTEEEEEEEI

Depois de um século, cá estou eu

Eu amo esse poema, tinha que botar na história kkkkk

O que acharam???

Vou tentar fazer uma maratona dos últimos capítulos amanhã!

Beijos!

》Rafa.