Capítulo 15

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Ester

A ansiedade e o medo estavam acabando comigo, o dia inteiro foi uma tortura para mim, logo após ver o horário, me arrumo, dentro de poucos minutos Itzan chega

- Como está Ester?

- Bom, vai depender muito do que vai acontecer agora

- Relaxa! Pode acontecer de dar tudo certo...

- Ou não, estou tentando não criar esperança

- hum, isso é inteligente

Ele tinha razão, é inteligente, mas tentar não criar esperança, não significa que estou conseguindo.

Logo chegamos em frente ao consultório, que provavelmente ela atendia enquanto estava em New York, chegamos ainda faltando doze minutos do horário agendado, e meu deus! Foram os doze minutos mais longos da minha vida.

Assim que deu o horário, Itzan entrou no consultório, e ficou lá por um bom tempo, sei dizer que foi mais de uma hora. Se estava demorando tanto, era bom ou ruim? Não dá pra saber, ele podia estar demorando porque estava falando como eu sou, antes de me chamar aqui para ver ela, ou ele poderia estar implorando para que ela aceite me ver, e de verdade estou torcendo para não ser a segunda opção, tenho que preservar o resto da minha dignidade.

Depois do que pareceu uma eternidade, Itzan vem caminhando lentamente de volta ao carro, olhava pra ele tentando decifrar suas feições, estava feliz? Chateado? Com dó? Indiferente? Não sei dizer, olho pra ele mas não sinto nada, não conseguia decifrar ele. Então entrou no carro

- Eu sinto muito Ester, ela disse que ainda não é a hora, e que tem muita história envolvida...

Eu juro que tentei não criar esperança, mas quando ele disse isso, foi como se parte de mim desaparecesse, e por mais que não tivesse perdido nada, meu corpo inteiro queria desabar, ali e agora, mas não podia fazer isso, não com ele por perto

- Tá tudo bem, talvez ela mude de ideia com o tempo...

Não acreditava em nenhuma palavra que tinha dito, mas ele não precisava saber disso, então continuei dizendo:

- ... Olha foi um dia cansativo, pode me levar pra casa agora?

Itzan foi bastante compreensível e me levou embora no mesmo minuto. Já na porta da minha casa:

-  Ester tá mesmo bem? Você tem total direito de ficar mal

- O que Escamilla? Claro que estou bem! Obrigada por tentar me ajudar e também pela carona

E entrei dentro de casa, me deparei com meu pai na sala de estar, nada feliz, só queria deitar e descansar o resto do dia, mas com a minha sorte não aconteceu. De alguma maneira ele tinha descoberto que fui procurar minha mãe e surtou.

- Foi procurar ela Ester? Que merda você tem na cabeça!

- Você não me da respostas, tentei arrumar com ela, mas se te deixa mais aliviado ela não quis me ver

- É claro que ela não quis te ver! Ela não é idiota, se chegasse perto de você teria sérios problemas com a justiça, ela sabe disso, e francamente achei que você também!

- Isso não é desculpa, se ela quisesse mesmo ter contato com a Ester arrumaria um jeito, nunca faria isso com meu bebê

A voz da Ashley, ecoou no fundo, e mais uma vez ela conseguiu contornar o assunto para esse maldito bebê. As frases seguintes foram  sobre como o que eu fiz foi errado, como sou irresponsável e de como eles são a única família que preciso. Não aguentava mais ser controlada por ele

- Acha que pode me controlar? Você não me controla mais! Então aproveite essa família de merda, porque não faço mais parte dela.

Falei e saí pela porta, entrei no meu carro, fiquei dirigindo por um bom tempo, até decidir  ir para algum lugar e fui para onde sabia que era a casa do Itzan, então mandei a seguinte mensagem para ele:

"Itzan sou eu, provavelmente deve me achar a maior folgada, estou sempre procurando você quando preciso, mas estou sem escolha, acabei de me alto expulsar da minha família, e estou tentando não voltar correndo para lá"

Em menos de um minuto ele saiu de dentro de casa e foi até onde eu estava.

- Vem Ester, você volta correndo pra lá outro dia... Mas você tá bem?

- Obrigada Escamilla, e sim estou ótima!

Então me puxou para dentro da sua própria casa.

Dealing with problemsOnde histórias criam vida. Descubra agora