Desculpe.
Desculpe.
Este pode ser eu no meu melhor.
(Kaveh Akbar)
𓅐
Um vaso de porcelana se estilhaçou.
Os cacos grandes cuidadosamente pintados espalhou-se pelo chão amadeirado com tanta fluidez quanto o barulho que parecia ecoar pelo enorme escritório, mesmo sendo bem arejado pelas portas duplas abertas da sacada.
Em alerta, Chan virou-se abruptamente em direção ao som, sua mão pousando sutilmente sobre o coldre de sua arma. O caos com sardas repousou seus olhos grandes sobre ele, como um gato pego de surpresa.
— Será... que esse vaso era caro?
Bang Chan respirou fundo, relaxando os músculos de seu corpo.
Desde a última vez que o havia visto no restaurante há alguns dias, quando saiu às pressas depois de dizer que "ela" havia voltado, Felix voltou terrivelmente mais disperso que o habitual. Era inquietante que Chan já conseguisse sentir quando havia algo de errado com ele. Não sendo preciso muito para que deduzisse que "ela" em questão provavelmente se referia à tal Ajumma e que o encontro entre eles não havia sido amistoso.
— Tome cuidado, isso ainda é uma cena de crime e a polícia pode querer retornar.
Felix bateu continência de maneira frouxa, afastando-se silenciosamente do vaso que havia derrubado, dando uma olhada nas estantes cheias de livros em volta de toda amplitude da sala. Totalmente alheio ao olhar diligente do Detetive sobre cada um de seus movimentos.
— Você percebe algo diferente de quando você esteve aqui?
— Não — Felix murmurou. — Era de noite e eu só fiquei aqui por tempo o suficiente pra pegar o pen-drive de dentro do cofre.
Então, ele apontou para baixo da mesa pesada localizada no lado oposto da sacada, um ato silencioso desnecessário. Chan havia bisbilhotado o relatório inicial do tenente Lee Yoonmo mais cedo, consciente de que o cofre escondido embaixo da mesa do escritório do juiz Chansoo já havia sido analisado e não havia qualquer indício de roubo.
Felix apertou os lábios.
— O que o Detetive espera achar aqui?
— Qualquer coisa que eles queiram acobertar... Han? — Chan o chamou ao pousar sua atenção no computador, que ainda estava em cima da mesa bagunçada pelos rastros intocáveis de luta. O Facilitador murmurou em reconhecimento através do ponto em seu ouvido. — Do que você precisa pra acessar o computador de Nam Chansoo?
— Se a polícia já tiver levado a memória do computador, não terá nada para encontrar.
— Eu sei. Mas você ainda conseguiria acessar as contas dele.
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Solivagant • chanlix
Fanfiction[EM REVISÃO] ❝O departamento de crimes violentos de Incheon era mais enfadonho do que o nome fazia parecer. Bang Chan não se importava, sendo isto um indício de que a taxa de homicídios da cidade estava mais baixa do que já esteve no passado que tod...