Capítulo IV

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— O que queria falar comigo, Senhor Michaelis? - Ela pergunta se curvando, e o moreno tranca a porta.

— Sebastian. - Alerta. - Não quero mais você perto de Edward. - Fala simplesmente, encostado em sua mesa.

— Por quê? - Ela tomba a cabeça para o lado.

— Aquele cara não é bom para você, esquilinha.

— E como sabe disso?

— Edward foi meu amigo de infância. - Começa, e ela se aproxima. - Eu o conheço bem. Ele é um cara extremamente babaca e idiota. Ele é um maníaco, Scarlett. - Suspira. - Eu só não quero que você se machuque.

— E por quê?

— Por que o quê?

— Por que está tentando me proteger? - Ele morde o lábio inferior, e suspira.

— Você é a diferente de todas, Scarlett. Você nem deu em cima de mim. E de certa forma, você me deixou intrigado. 

— Eu não fazia ideia de que era assim.

— Por isso eu quero te proteger, eu não quero que nada aconteça com você. Além de tudo isso, você é minha funcionária e minha amiga, e não deixo nada de mal acontecer aos meus amigos.

— É lindo da sua parte, mas provavelmente existem muitas como eu por aí.

— Não fale assim, Scarlett.

— É apenas a verdade, Sebastian.

— Não é não. - Ele segura as mãos dela, extremamente próximo. - Você é diferente de todas que já conheci. Mesmo dormindo na rua, você não tentou se aproveitar de mim. - Beija as costas de uma mão dela.

— O que você quer dizer com tudo isso? - Ele solta o ar pelo nariz de forma amorosa, e encosta suas testas.

Eu acho que estou me apaixonando por você, esquilinha. - Ela arregala os olhos, recuando um pouco.

— S-Sebastian... V-Você tem certeza disso?

— Eu nunca tive tanta certeza na minha vida. - Ri baixinho. - Você corresponde aos meus sentimentos? - Ela morde o lábio inferior.

— Eu não sei...

— Tudo bem, pense bem. - Beija a cabeça dela. - Caso precise falar comigo, é só dizer à minha secretária. - Diz segurando o rosto dela com uma mão.

— Está bem.

— E fique longe de Edward.

— Você é quem manda, chefe. - Ela diz a última palavra com uma voz rouca e sensual, e sai da sala.

Apenas de ouviu esse pequeno e bobo apelido, o membro de Sebastian acordou. Ele senta-se em sua mesa, e suspira.

Estou mesmo me apaixonando?

No fim do dia, Scarlett estava saindo do prédio. Não havia mais ninguém no prédio, não que ela soubesse. Caminhava tranquilamente, quando alguém a puxa pela cintura, e a beija carinhosamente.

— Oh, Edward. - Ela diz meio tonta. - O que faz aqui?

— Eu vou te levar para casa, se não se importar. - Ela se contrai.

— Eu vou andando, não se preocupe. - Ele pega o pulso dela.

— Ah, que isso. Não posso deixar uma dama como você andar sozinha por aí, é perigoso. - Ela se solta.

— É sério, não precisa. - Começa a andar para dentro do prédio de novo. - A-Ah, eu lembrei que esqueci algo lá dentro. - Corre para o elevador, rezando para que este feche logo.

— Eu te acompanho, princesa. - Diz impedindo que a grande cabine de metal se fechasse. As portas se fecham, e só ficam os dois ali dentro. Edward a prensa na barra, e a beija. - Eu quero você, princesa. - As mãos bobas dele passeiam pelo traseiro dela, lhe dando vontade de vomitar.

— Largue-me! - Grita se debatendo. - Me largue, seu nojento! - Ele estala a língua, e a empurra com extrema força no painel dos botões.

— Cale a boca! - Manda e abre a blusa dela.

— Me largue! - Debate-se ainda mais, e recebe um tapa na cara. A força lhe fez cair no chão, e nesse momento, as portas se abrem. Aproveitando a chance, ela sai correndo. Suas pernas estavam bambas, e podiam ceder a qualquer momento.

— Não adianta correr de mim, princesa. - O moreno fala com um tom psicopata na voz. - Eu vou te achar. - Diz procurando a garota pelas mesas do grande escritório. - Buh. - Fala ao lado dela, a pegando pelo braço. Ela se debatia incansavelmente, mas de nada adiantava. Edward a joga dentro de uma sala, fechando a porta em seguida. - Agora, deixe-me terminar o que comecei. - Fala tirando seu terno e calça.

Ele arranca o sutiã dela na força, e recebe um tapa na cara.

— Seu nojento...

— Não torne as coisas mais difíceis o que são, querida. - Diz arrancando sua cueca. - Se for boazinha, eu prometo que vou devagar. - Sorri diabolacamente, e ela começa a ir para trás. Suas costas batem na fria parede, e ele tenta penetrá-la. Apenas a cabecinha entra, e ela grita.

— Solte-me! - Manda tentando empurrá-lo, e ele entra mais. Inesperadamente, a porta se abre com força, e Edward cai ao lado da mulher se debatendo. - S-Sebastian... - Ela diz baixinho, e o homem a encara. Ela podia estar nua, mas nada disso importava. O que importava naquele momento, eram suas lágrimas. Elas escorriam depressa pelo rosto dela.

— Ei, está tudo bem agora. - Segura o rosto encharcado dela. Ela estava ofegante e chorando muito.

O CEO a veste com calcinha e sutiã, e coloca seu paletó sobre ela. A segura em seus braços, a levando até o carro. No banco do passageiro, ela aperta o paletó dele, e volta a chorar silenciosamente. Ao chegarem em casa, Sebastian a leva diretamente ao quarto. Abaixa-se na frente dela, segurando seu rosto.

— Gomen... - Ela diz baixinho ao homem.

— Não peça desculpas. - Limpa em vão as lágrimas dela. - A culpa é minha.

— Não, Sebas... - Ele a interrompe.

— Se eu tivesse deixado você no meu escritório, se eu tivesse ficado com você. - Pausa. - Quando eu escutei o seu grito, quando eu te vi chorando daquele jeito... - Inesperadamente, ela o abraça fortemente.

— Obrigada por me salvar, Sebastian. - Sua voz era baixa, quase inaudível. - Eu não sei o que teria acontecido se você não aparecesse lá.

— Eu sempre vou estar aqui para te salvar, esquilinha.

𝐻𝑜𝑤 𝐼 𝑊𝑎𝑠 𝐵𝑒𝑓𝑜𝑟𝑒 𝑌𝑜𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora