Capítulo III

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— Você está aí? - Sebastian pergunta do lado de fora do quarto. - Posso entrar?

Não peça permissão para entrar na sua casa. - Ela diz, e o moreno abre a porta. Eles suspiram juntos, e abrem a boca. - Olha, Senhor Michaelis, me desculpe. - Ela se curva. - Eu fiquei irritada, mas não tinha nenhum direito de gritar e ofendê-lo.

— Scarlett. - A ergue, sentando-a na cama e abaixando-se na sua frente. - Tudo bem.

— Sério?

— Sim, eu pensei sobre o que você disse e percebi que estava certa. - Põe a cabeça no colo dela. - Eu venho tratando as mulheres de forma errada todo esse tempo. - Ele tira uma mão das costas, revelando uma Lisianthus. - Desculpe por te magoar. - Ela arregala os olhos, e recua um pouco quando ele aproxima-se dela. - Por que está com medo?

E-Eu... - Ela morde o lábio inferior, e fecha os olhos com força.

— Não precisa ser tão retraída assim comigo.

É costume, desculpe. - Ele toca delicadamente o rosto dela.

— Nós dois temos coisas para aprender, aparentemente.

— O que eu tenho que aprender?

— Você não gosta de multidões, é tímida, e tem medo até do vento.

Nem é assim. - Ela infla as bochechas.

— Você fica bonita assim. - Ela cora. - Façamos o seguinte. Você tem que aprender a aproveitar o mundo, e eu te ajudo com isso, certo?

— Como vai fazer isso?

É segredo. - Brinca saindo do quarto. - Boa noite, até a amanhã.

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— Onde Scarlett está, Nora? - Pergunta a sua segunda mãe, que está na cozinha. Passaram-se alguns dias desde o baile e os acontecimentos seguintes.

— Ah, ela saiu agora pouco com Emma. - Diz jogando uma garrafa de água para ele.

— Sabe onde ela foi?

— Ela disse que ia levar Emma à escola.

— Sabe onde é?

— É aquela perto do mercado.

Obrigado. - Beija a bochecha da mais velha, e pega as chaves do carro. Entra na Ferrari preta, e acelera. No caminho, ao longe, ele vê Emma e Scarlett. Desce o carro silenciosamente, e vai até elas. - Quer dizer que as senhoritas fugiram de mim? - Elas se viram para ele, atônitas.

— De forma alguma, Sebastian. - Ela ri. - Até mais, pequena. - Beija a testa da pequena, e o moreno se abaixa.

Até mais, princesinha. - A menina sorri, e corre para dentro da escola. - Venha, eu te dou uma carona. - A ajuda a entrar no carro.

Obrigada. - Ele ri baixinho, e entra também. Liga o automóvel, acelerando em seguida. - Desculpe por sair sem avisá-lo.

— Tudo bem.

— Eu só tinha que levar Emma à escola, e depois ia direto para o trabalho.

— Por que não me acordou? - Ela se vira para dele, confusa.

— Eu tinha?

— Se me acordasse, eu teria te dado uma carona até a escola.

— Não era necessário, eu e ela sempre andamos bastante.

𝐻𝑜𝑤 𝐼 𝑊𝑎𝑠 𝐵𝑒𝑓𝑜𝑟𝑒 𝑌𝑜𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora