Capítulo VI

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— Você está bem? - Sebastian pergunta com a mão na coxa dela. Haviam acabado de chegar em casa, e estavam assistindo um filme.

— Por que não estaria? - A campainha toca, e ela se levanta. Anda até o olho mágico, e vê quem é. Uma mulher, loira, com o busto gigante, a cintura fina e olhos azuis estava impaciente do lado de fora.

Abra essa porta, Sebastian Michaelis! - Ela berra. - Nós temos que conversar! - A platinada se contrai.

É para você. - Ela diz baixinho, e ele suspira. - Eu vou estar lá em cima, sim?

Olha, Scarlett... - Ela nega.

— Você não tem que me dar justificativa de nada. A vida é sua, no final das contas. - Diz no pé da escada. - Curta muito com ela. - Sobe as escadas, entrando rapidamente no quarto. Ela estava magoada, sim. Mas não tinha motivo. Isso era o que ela pensava.

Ele era seu chefe, nunca poderiam ter uma relação. Mas, do seu modo, sentia atração por ele...

Como todas as outras. Contudo, tinha um sentimento à mais... Que ia crescendo à cada dia. Aí, que indecisão! Ele é atraente, de fato. Mas ainda era seu chefe.

Além disso, ele provavelmente não ligava muito para ela. Sebastian possivelmente leva uma diferente para sua cama à cada dia. Quem seria Scarlett? Ela não tinha dinheiro, nem muita beleza. Por que Sebastian estava fazendo aquilo por ela? Ele disse que era porque Scarlett fora a única que não dera em cima dela. E mesmo que desse, ele não iria notar, ou simplesmente ignorar. O Michaelis tem várias aos seus pés. Quem seria Scarlett perto delas? Não tinha nenhum dom aparente.

Não cantava, dançava um pouco, não tocava nenhum instrumento, não tinha um corpo lindo, e nem casa tinha. Como diabos ele poderia se apaixonar por ela?! Não fazia sentido!

Amarra seus cabelos brancos em um rabo de cavalo, e olha a cabeceira. O celular de Sebastian estava ali, carregando. Ela o pega na mão, tentada à mexer.

{Se ele disse a verdade, não tem porque eu não me mexer, não é?}

Ela pensa inserindo a senha no aparelho. Sim, ele tinha dado a senha do celular dele para ela. Muitas notificações chegavam no celular, mas ela vai diretamente as mensagens. O primeiro contato era uma tal de Eleanor Rhodes, uma jornalista famosa.

"Estou louco para me encontrar com você essa noite." Era a mensagem dele. "Eu quero te foder com força, El."

"E você vai, estou louca para sentir seu pau escorregando em mim." A mulher escrevera. "No mesmo lugar de sempre?"

"Sim, na minha casa."

A Gray se arrepia, e sai da conversa. O engraçado, era que a última conversa deles era do dia anterior. O outro contato era de Megan Griffiths. A última conversa de ambos era do dia, de manhã.

"Oi, gatinho"
"Vou aí de tarde, está bem?"

"Não. Não estou afim."

"Como assim você não quer transar comigo?!"

"Eu não disse isso."

"Então, vou ir aí de tarde para a gente transar. Eu estou doida de tesão, e quero seu pau entrando bem fundo em mim."

Mesmo que ela não percebesse, estava chorando. Seu rosto estava encharcado, e ao reparar, chora ainda mais. Abre o aplicativo das câmeras no celular, selecionando as da sala. Ela estava gritando, enquanto ele estava de braços cruzados.

𝐻𝑜𝑤 𝐼 𝑊𝑎𝑠 𝐵𝑒𝑓𝑜𝑟𝑒 𝑌𝑜𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora