Capítulo VII

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Faziam quase três dias que Scarlett havia saído da casa de Sebastian. Ele ligava várias e várias vezes seguidas, mandava milhares de mensagens. Mas nunca era respondido ou atendido. Todos os dias, ela acordava cedo e levava Emma para a escolinha. Depois disso, ia trabalhar.

— Senhor Michaelis quer vê-la, ele exige que vá. - A secretaria loira diz.

— Já vou. - Diz por fim.

— Ele me pediu para acompanhá-la, para ter certeza que desta vez irá. - É, durante três dias, Sebastian chamava Scarlett na sua sala, mas ela nunca ia.

— Eu esqueci. - Esclarece entrando no elevador, e a outra não responde. Quando as portas de abrem para o último andar, a platinada sente um frio na barriga. A loira bate três vezes na porta, e é confirmada de que poderia entrar. - Senhor Michaelis. - Scarlett se curva, e ouve a porta fechar.

— Por Deus, mulher! - Ele exclama se levantando e indo até ela. - Sabe como fiquei preocupado com você nesses dias?! - A segura pelos ombros.

— Não, senhor, eu não sei. - Ela diz calma, mas ainda com sua pose firme.

— Onde esteve esses últimos dias?

— Acredito que minha vida pessoal não seja de seu interesse, senhor.

— Se não fosse eu não estaria perguntando. - Sebastian 1, Scarlett 0.

— Não quero e não vou falar da minha vida pessoal, senhor. Gostaria de manter uma relação profissional dentro deste prédio, e em horário comercial. - Curva-se mais uma vez. - Se é só isso, eu já estou de saída. - Antes que ela pudesse sair, Sebastian a puxa para si. - S-Senhor. - Inesperadamente, ele a beija carinhosamente. Assim que se separaram, ela sai voando da sala.

Você não faz ideia de quanto eu estou gamado em você, mulher. - Ele diz ao ver a porta fechar.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

Como sempre, depois do trabalho, Sebastian tentara ligar mil vezes para Scarlett. Como sempre, ela não atendera. Seu celular estava em cima da mesa, e tocando. Sua dona estava longe, no quarto descansando. Emma, sorrateiramente, o pega e atende.

— Alô?

Emma?! - O moreno diz. - Graças a Deus você atendeu, princesinha! - Ele suspira. - Onde você e sua mãe estão? - Ela fica quietinha, e vai até Charles.

— Onde nós moramos, Tio Charles? - Ela pergunta tombando a cabeça para o lado.

Charles? Quem é esse?

— Na Rua Jhonson Martins, número 56, por quê?

— O Papai Sebastian perguntou. - O de cabelos ruivos arregala os olhos, confuso.

— Sebastian? - Ela assente.

— Rua Jhonson Martins, 56, papai.

Claro, princesinha. Onde está sua mãe?

— Ela está dormindo, ficou chorando a tarde toda. - Ele fica em silêncio. - Por que você não nos quer mais na sua casa, papai? - A voz dela estava trêmula, e o moreno percebera.

Não chore, querida. - Ouve-se ele parar o carro. - Eu quero vocês na minha casa.

— A mamãe disse que não! - Agora, ela chorava. - Você não gosta da gente!

É claro que eu gosto, minha flor. Abra a porta, e verá. - Ela arregala os olhos, e corre até a porta. Charles tenta ir até ela para impedí-la de abrir a porta, mas era tarde demais. - Oi, princesinha. - Michaelis diz abaixado na frente dela, que o abraça fortemente.

𝐻𝑜𝑤 𝐼 𝑊𝑎𝑠 𝐵𝑒𝑓𝑜𝑟𝑒 𝑌𝑜𝑢Onde histórias criam vida. Descubra agora