(DEADLY FLASH!)
Uma dor aguda me envolveu pela cintura.
Era como se eu estivesse usando um cinto pesado e a cada segundo que passava, ele ficava mais apertado e mais pesado.
Soltei um gemido de dor. Não conseguia respirar.
Me inclinei para frente e dobrei a coluna. A dor estava tomando conta de mim.
A sensação era que eu tinha sido cortada ao meio!
Olhei para minha foto presa na câmera que estava nas mãos de Sink. Eu estava lá, mesmo que ainda não 100% revelada. Cortada ao meio.
— Millie? Millie? — Sadie me chamava, sacudindo meus ombros.
É até engraçado como nos momentos mais inapropriados, nós percebemos as coisas mais bobas. Era a primeira vez que Sink me chamava pelo meu primeiro nome.
Eu não conseguia falar, nem respirar.
— O que foi?! — o pânico tomou as feições de Sadie. Seus olhos estavam arregalados e ela me chacoalhava freneticamente.
Cortada ao meio... Cortada ao meio...
De repente, entendi o que eu precisava fazer.
Foi um esforço para me endireitar, lutava contra a dor. Puxei a máquina das mãos de Sadie mas ela não se importou.
— Você precisa de ajuda?! — ela gritou. — Quer que eu chame alguém?— sua voz estava trêmula.
Eu não conseguia responder. A dor apertava meu maxilar, apertava todo meu corpo.
Minha visão começou a escurecer. Eu sabia que estava prestes a desmaiar.
Segurei a foto com os dentes e dei um puxão com força. A foto se rasgou.
Rangi os dentes e senti vontade de chorar. "Será que vai funcionar?"
Não. Não estava funcionando. Era isso. Essa era a minha morte. Parecia justo com o que eu tinha feito com Noah e Caleb.
Os restos da foto caíram da minha mão. A dor continuava a me envolver. Parecia um metal quente queimando minha pele.
E acabou.
A dor foi embora.
Não foi gradual, ela não foi desaparecendo devagar. Simplesmente sumiu!
Consegui me esticar. Respirei bem fundo várias e várias vezes.
Sadie me olhou ainda preocupada. Não, Sadie Sink não estava preocupada comigo. Com certeza não. Ela estava assustada.
— Tudo bem agora? — ela perguntou me envolvendo com um braço.
Estava tão pálida que as sardas tinham sumido de seu rosto. Seu cabelo contrastava.
— Millie?
Não respondi. Pressionei a câmera contra o peito. Em seguida, me afastei de Sadie correndo pela quadra.
— Ei! Você já está melhor? Qual era o problema?! — ela gritou.
Eu sabia qual era o problema. A máquina. Ela machucava pessoas.
Primeiro foi Noah, depois Caleb e depois... Eu.
Mas eu era a última desse ciclo infernal. Isso acabaria hoje.
Eu precisava devolver a câmera para a moça esquisita e sua filha bizarra.
Continuei correndo até chegar ao lado de fora.
Respirei o ar frio e gélido da noite e olhei para os lados. As ruas estavam vazias.
Comecei a caminhar em passos rápidos. Eu tinha que chegar até a casa da mulher ainda hoje. Me xinguei mentalmente por ter ido a pé.
E então, ouvi um barulho atrás de mim. Uma buzina de bicicleta.
Me virei. Era Sadie.
— Não sei para onde você está indo mas... Quer uma carona?
Se fosse em qualquer outra circunstância eu recusaria, juro. Mas eu precisava de uma carona.
Concordei com a cabeça e subi no banco de trás da bicicleta de Sadie.
— Se segura. — ela avisou e eu envolvi meus braços com força em sua cintura.
Ela começou a pedalar com força. Senti o vento bater em meu rosto.
— E aí? Vai me falar para aonde estamos indo?
Em um sussurro, contei para Sadie aonde eu queria ir. Mas não expliquei a história.
— Você tem certeza que quer ir para lá agora? É longe. Bem longe.
— Sim. — respondi baixo.
Encostei a minha cabeça em seu corpo e senti os batimentos cardíacos de Sadie.
— Olha... É perigoso ir para lá agora. Vou te deixar em casa e você vai amanhã de manhã, ok? Depois da escola. Qualquer coisa eu te levo.
Eu ainda estava em choque então apenas concordei.
Sadie me deixou em casa e eu entrei, ainda confusa.
Ava foi falar comigo mas eu acabei a ignorando. Coitada.
Atravessei o meu quarto e escancarei a porta do armário. Havia uma grande pilha de roupas sujas lá, escondi a câmera debaixo delas.
Me joguei na cama e soltei um suspiro de cansaço, peguei meu celular e liguei para Noah.
— Seus olhos estão melhores?
— Não. — respondeu do lado da linha. — Eles pararam de arder tanto mas ainda não consigo ver direito.
— Me desculpa, sério. — disse e expliquei o que tinha acontecido hoje.
— Não foi sua culpa. E você foi de bicicleta com Sadie Sink? Uau.
Ignorei a parte que ele falou sobre a cenoura viva.
— Vou levar a câmera de volta para aquela casa amanhã. Você quer ir comigo?
— Infelizmente não posso sair de casa... Eu sou inútil com esses olhos de mutante. Não consigo ler, nem escrever, e nem assistir televisão.
— Me desculpa.
— Eu já disse Mills, a culpa não é sua.
Ficamos falando por mais alguns minutos e depois desligamos.
Olhei para o meu armário. A câmera que causou tudo aquilo estava lá dentro.
n/a:
eu ainda não tô acreditando que eu postei SEIS CAPÍTULOS LONGOS EM UM SÓ DIA MEU DEUS DO CÉUminhas outras fics que lutem kk
talvez o próximo saia ainda hoje mas só depois do meu almoço
comentem oq vocês estão achando ouhu
ah e votem
tchauu
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deadly flash | sillie
Fanfiction[millie bobby brown + sadie sink] ❝Millie é a fotógrafa da escola. Ela divide o cargo com Sadie, filha do dono de uma loja de câmeras, assim, sempre tendo o melhor modelo. As duas fazem uma aposta para ver quem tira as melhores fotos dos eventos e...