Capítulo 11- Levada num amor proibido

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Afastei-me imediatamente, ofegante ao entender o que acabei de fazer, olhávamos um para o outro, ambos tão espantados como se pode estar quando beijas alguém que conheces à pouco mais de duas semanas, para não falar que sou menor... Sou uma adolescente idiota.

- Teagan!! - chamou olhando-me enquanto andava pronta a deixar o quarto para que este não visse as lágrimas que me enchiam os olhos. - Teagan onde é que vais?!
- Vou embora... Desculpa... - sussurrou segurando o puxador da porta aberta.
- Não, espera! - implorou chegando até mim em passos largos, segurando-me o pulso, sem me magoar, mas utilizando força suficiente para que fosse incapaz de me mover - Podemos conversar?
- Não há nada para conversar ok? Apenas esquece, esquece que isto aconteceu... De preferência, esquece que me conheces... - sussurrei, era como se estivesse a esfaquear-me com as minhas próprias palavras, não queria aquilo, mas também não queria dar-lhe problemas.

Voltei a tentar soltar-me pois não me aguentava ali, perto dele e deixando que mais uma vez me visse chorar... Mas imediatamente me pegou na mão, de modo a que o olha-se nos olhos, perdendo-me por completo, pois era sempre o que acontecia quando me encontrava com aquele profundo azul esverdeado.

- Atirei-me para a frente de um carro por ti, é impossível esquecer-te.- murmurou esboçando um sorriso sincero- E querendo ou não, essa vai ser sempre a razão pela qual nos conhecemos.

- Já não te chateia que tudo acabe por nos levar aí...?- perguntei, nervosa

- Não...- respondeu passando o dedo da mão livre pelo meu rosto, limpando as lágrimas que insistiam em cair - E faria tudo uma vez mais, se fosse necessário.

- É bom saber.- lá estava a fazer-me sorrir uma vez mais.- Ah e quanto àquilo do hospital, estás desculpado.

- Supus que sim.- afirmou - Especialmente quando me beijaste...

As minhas bochechas aqueceram e baixei a cabeça imediatamente, super envergonhada, estava a gostar desta conversa em que não falávamos da minha estúpida ação, mas agora, agora ia dar merda...

- Não fiques assim...- sussurrou, acalmou-me logo como algo natural, parecia tão fácil para ele.

- Fui uma parva, não podia ter feito tal coisa...Sou, sou só uma adolescente...- balbuciei, tristemente.

- Pois, uma adolescente...No entanto, foste tu, "só uma adolescente" como te descreves, a primeira rapariga a mexer comigo. - a minha pulsação acelerou tanto que julguei que o coração me ia sair pelo peito. Era, era impossível, ele está a dizer isto apenas para não ficar mal.

- Não me mintas...- pedi.

- Ei?- chamou calmamente - Não estou a mentir-te, nem o faria, nunca duvides! Era impossível estar a ser mais sincero...

Surpreendendo-me, beijou-me e uma explosão de emoções rebentou no meu peito como se me leva-se à loucura, queria sair disparada, sabendo o quanto errado aquilo era e o quanto nos podia magoar aos dois, no entanto o meu lado egoísta e sentimental desejava não sair dali nunca, pois também eu nunca senti algo assim. Estou a apaixonar-me pelo Curran, estou a envolver-me num amor proibido...

- Tenho mesmo que ir...- disse quando nos soltámos.

- Não vais fugir de mim pois não?- notei o tom de brincadeira na sua voz.

- Por mais que devesse, não me parece que consiga.- declarei da mesma forma divertida, mas com sinceridade.- Vamos o que nos reserva o destino.

- Vais me desculpar, mas não sou lá grande fã do destino! Fica com o meu número e combinamos algo!

- Então ficas com o meu também!- insisti.

Assim foi, trocámos contactos antes de sair de sua casa em alegres pulinhos de criança feliz, criança feliz e imprudente...Que estás a fazer à tua vida Teagan?! Isto é a vida real e não um conto de fadas, se bem que acho que encontrei o meu príncipe...

O mundo trouxe-me até tiOnde histórias criam vida. Descubra agora