O mundo trouxe-me até ti

Capítulo 13- Opiniões alheias?

- Conheço melhor do que gostaria...- murmurou, séria, assustando-me cada vez mais - Sinceramente preferia não conhecer, ele não vale nada.

- Explica-te lá se faz favor! - pedi, intrigada e nada contente com o que escutara - Não sou pessoa de ter muitos amigos, mas não vou permitir que alguém ande para aí a difamá-los!

- Wow, tem calma miúda! Não vim para aqui discutir contigo, mas sim avisar-te... Pareceste-me boa pessoa então se puder evitar que caias nas falinhas mansas de um idiota como ele, fá-lo- ei!

- Quem te diz para te acalmares sou eu! Que é que o Curran te fez para falares dele assim? - a raiva tomava em menos de nada, conta do meu corpo, mente e tom de voz.

- Andar com a minha irmã e mais três em simultâneo chega-te como razão? Não sejas ingénua com homens como ele! É tudo muito lindo até descobrires que o senhor perfeito não é apenas o teu senhor perfeito! - wow, senti o meu peito gelar inteiramente, por momentos o espanto tomou tanto conta de mim que rezava para que no meu rosto tal não estivesse assim tão explícito, pois não acreditarei em alguém que acabei de conhecer assim tão facilmente.

- Porque haveria de acreditar em ti se mal te conheço? Ainda para mais, o que me interessa com quantas raparigas ele está ou já esteve, somos apenas amigos. - respondi, friamente.

- Não sejas tão ingénua assim, que ganhava eu com mentir-te? 

- Sei lá, também não me diz respeito, agora com licença, o lanche foi bom, mas já perdi a fome. - afirmei afastando a cadeira da mesinha, pronta a ir ao balcão pagar.

- Teagan pensa bem... Eu estou apenas a querer ser tua amiga.- pediu segurando-me o pulso.

- Desculpa Olivia, mas tentares virar-me contra pessoa que me salvou a vida não é lá grande forma de ganhares a minha amizade. - ripostei soltando-me.

De volta a casa fechei-me no quarto sem dar grandes conversas a qualquer um dos elementos da minha família pois por mais forte que outrora me mostrasse, toda aquela história continuava a martelar-me na mente, até que as memórias da primeira vez que sonhei com ele chegaram piorando tudo, quanto mais passavam as longas horas antes do jantar, mais punha a hipótese de a Olivia estar correta... O que é que interessa? Afinal não temos nem podemos ter nada sério, ele está no direito de andar com quem tiver vontade...Por mais dor que me cause a ideia de o ver envolvido em beijos com qualquer pessoa...Merda, estou realmente demasiado rendida por este homem quem que faz bater mais rápido o meu coraçãozinho.

Durante o jantar mantive-me no silencio fora do comum, mesmo com a plena noção de que, especialmente a Sage e a minha mãe notavam que algo de errado acontecera, não me interessava, não estou lá com grande paciência para mais dramas.

Regressando ao meu amado refugiu, fitei tristemente o ecrã do telemóvel onde aparecia a mensagem " E como foi o primeiro dia de aulas? Espero que te tenha corrido bem", um peso surgia na minha consciência por desconfiar daquele que tem feito tanto por mim, eu não devia meu! Nem vou...

Respondi-lhe como se nada tivesse acontecido falámos dos mais aleatórios assuntos até passar da meia noite e eu ter que infelizmente ir dormir pois mais aulas e novas experiências me aguardavam no dia seguinte, tenho a vida numa confusão louca que me faz infelizmente perder a confiança em tudo o que me parecia certo e definitivo. Como é que uma história tão despropositada dita por uma mera desconhecida é capaz de me dar tanto a volta? Como desejo que tudo não passe de uma mentira, julgo não ser capaz de aguentar uma desilusão, logo dele...