Capítulo Trinta e Quatro: Uma Questão de Preço [Parte Um]

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03/09

Depois que eu deixei Lydia em seu quarto eu voltei para o meu. Pensei que eu deveria tirar uma soneca e eu realmente me esforcei para isso, mas tudo o que eu consegui foi revirar na cama como sempre. Meu estomago estava enjoado e minha cabeça latejava um pouco; peguei meu celular e fiquei encarando as fotos de Elizabeth e eu que eu tinha no meu celular. Havia muitas fotos dela, quase todas tiradas por mim, havia também fotos de nós dois, todas tiradas por ela ou Fitz ou Tina, tinha até uma que foi a Kitty quem tirou.

Enquanto eu passava as fotos relembrando todos os bons momentos que tivemos, o rosto sorridente de Elizabeth foi encoberto por uma chamada de... Wickham.

Eu atendi, meu humor indo lá embaixo e qualquer tipo de ideia de descanso ficou esquecido.

"Darcy" disse ele com uma voz irritada. "Lydia me contou que você está aqui."

"Eu estou."

"Não me surpreende em nada" disse ele ainda parecendo incomodado. "Parece que eu não consigo me livrar de você."

"Digo o mesmo!"

"O que você quer?"

"Eu que te pergunto Wickham, o que você está fazendo, se Lydia não tivesse me ligado pedindo ajuda ela seria expulsa do hotel, provavelmente na cadeira agora com dez centavos no bolso apenas, nem de perto o suficiente para comer alguma coisa, quem dirá pagar pelas suas dívidas ou pagar a fiança!"

"Ah, então você veio aqui resgatá-la!" disse ele fazendo pouco caso.

"Ao menos um de nós tem alguma consciência."

Ele riu.

"Bem, antes você queria conversar, então vamos conversar, suponho que você saiba o numero do meu quarto."

"Eu sei."

"Então estou aqui te esperando" e ele desligou o telefone.

Com um bufo de irritação e um humor terrível eu me arrastei da cama e coloquei o telefone no bolso. Eu tive o cuidado de pegar meu talão de cheques, eu sabia que eu iria precisar dele, não estava muito ansioso, mas sinceramente com o mau humor que eu sentia, eu pagaria qualquer quantia para resolver tudo logo de uma vez, assim Wickham iria sumir e Lydia iria entender quem ele era exatamente, parar de se enganar e voltar para casa, com alguma sorte, depois de um tempo, assim que parasse de sofrer – o que eu sabia que ela iria – ela tomaria um pouco mais de juízo.

Para ser honesto, eu sentia um pouco de pena de Lydia, mas na ocasião eu só estava muito... muito puto da vida. Se ela não tivesse aprontado com Wickham, eu não estaria aqui, talvez estivesse atrás de Elizabeth tentando consertar a merda que eu fiz.

Não, eu não estaria, eu estaria escondido de medo me refugiando no trabalho. Na verdade isso não é culpa de Lydia, eu culpo Wickham totalmente, eu deveria tê-lo prendido quanto tive a chance, droga!

Cheguei no quarto onde Wickham e Lydia estavam. Acho que Lydia andou chorando, ela tinha os olhos um pouco vermelhos e eu fiquei preocupado que Wickham pudesse ter-lhe feito alguma coisa.

"Lydia, você está bem?" perguntei assim que passei da porta.

Ela fez que sim com a cabeça, Wickham a ignorou.

"Claro que ela está bem, o que você pensa, ela não está aqui porque eu a obrigo, está?"

"Não, claro que não, eu quero ficar aqui com você!" disse ela totalmente iludida.

Eu me segurei para não revirar os olhos. Lydia tentou puxá-lo para seus braços, mas Wickham rapidamente se desvencilhou dela.

"Então Darcy, eu nunca achei que você fosse o tipo de pessoa que iria tirar férias aqui em Las Vegas, está se divertindo no cassino?"

O Diário de DarcyOnde histórias criam vida. Descubra agora