Capítulo Trinta e Sete: Correndo atrás

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NOTA: Só mais essa vez, eu estou colocando uma música para dar um clima e essa é especial, não só porque eu amo essa banda, que é uma de minhas favoritas, eu adoro esses caras, mas também porque essa é uma música muito útil para meu trabalho aqui no diário de Darcy. Eu já comentei que foi difícil para mim conseguir escrever o diário de Darcy - especialmente no começo, agora eu meio que já estou pegando o jeito, ainda bem! - porque o Darcy é um homem, uma pessoa complexa e também um tanto melancólico, então toda vez que eu estou meio empacada, eu tenho que parar, dar uma volta e sempre acabo ouvindo esse música, para entrar no clima do Darcy, acho que essa é uma música que traz uma boa carga melancólica para nosso querido Darcy e eu consigo a inspiração de continuar. Aliás, essa música já foi inspiração para dois capítulos meus, antes desse, e um deles até tem o nome da música.

Mas chega de conversa e vamos a leitura, porque sei que esse é o capítulo que vocês mais queriam ler! 

BOA LEITURA!


30/09

São Francisco fica a mais ou menos 312 km de distância de Redding e um voou comum demora cerca de uma hora e cinco, mas eu estava indo de helicóptero e eu tinha de fazer essa viagem em menos tempo. E eu sei que eu conseguiria.

Segundo as minhas contas, eu poderia chegar lá em trinta ou trinta e cinco minutos, visto que aterrissar um helicóptero é bem mais simples do que um avião ou um jato. O tempo estava ruim, mas nem tanto assim, e apesar do mal tempo, não encontrei grandes dificuldades.

Eu gosto de voar, embora faça isso com uma frequência menor do que eu gostaria devido a minha agenda sempre lotada, e a razão de eu gostar tanto de voar é que essa é uma atividade que demanda muita atenção, é muito metódica e controlada. E eu me sinto bem estando no controle, dominando a situação. Mas dessa vez eu prestei menos atenção a essas coisas do que já fiz antes, também senti menos prazer, porque a urgência de chegar logo a Redding e falar com Elizabeth era maior do que tudo isso. Claro que eu estava atento a segurança, não sou um desmiolado que pilota de forma descuidada, mas eu seguia os procedimentos quase que em segundo plano, pois em primeiro plano estava Elizabeth, mas qual a novidade nisso? Ela sempre está em primeiro lugar em meus pensamentos, especialmente nos últimos dias!

Eu tinha tentado falar com Elizabeth por telefone, mas o celular dela devia estar desligado e eu não insisti, sinceramente, porque aquele maldito celular nunca atendia quando eu ligava, juro por Deus, se Elizabeth e eu nos acertarmos hoje, eu vou lhe comprar um celular e ela vai ter que aceita-lo, porque eu vou jogar o celular velho dela de cima da janela de um prédio alto e só por precaução vou passar por cima do que sobrou até não restar mais nada dele!

Enquanto eu estava a caminho, me veio a mente a conversa que tive, dias atrás, com minha irmã Georgiana. Ela tinha me dito que Elizabeth certamente esperava um ato grande de demonstração de amor e eu me lembro de ter rido da ideia.

Sempre achei ridículas e degradantes aquelas cenas melosas de amor, especialmente aquelas feita em público e nunca achei que algum dia eu me rebaixaria a fazer uma eu mesmo. Não pretendo fazer nada tão dramático quanto subir em uma mesa e cantar uma música, mas por outro lado, eu nunca pensei que fosse correr por um aeroporto lotado muito menos. Afinal a minha irmã ficaria muito feliz, eu realmente irei sair correndo no meio de um aeroporto lotado em um ato romântico como naqueles filmes tolos que BingLee gosta tanto. Exatamente como ela tinha dito antes e eu tinha rido, quem diária, hum?

Eu sei que talvez qualquer um pensasse que eu estava exagerando, eu poderia simplesmente ir a Londres e me encontrar com ela lá, mas ela tinha dito que eu não tinha feito esforço algum em correr atrás dela, e certamente não teria o mesmo impacto quanto eu ter vindo de helicóptero até aqui só para falar com ela. Elizabeth teria que reconhecer a minha ousadia e trabalho duro, meu esforço, pelo menos e acho que eu a surpreenderia, eu nunca a surpreendo em nada, Wickham estava certo, eu era chato e desinteressante e ela poderia facilmente se cansar de mim e se entediar, mas eu queria mostrar para ela que eu estava disposto a mudar, a melhorar, não posso mudar completamente, essencialmente eu sou essa pessoa complicada que não sabe se abrir com facilidade e não fala de seus sentimentos para ninguém, não sei ser outra pessoa que não essa, mas quero que ela veja que eu estou me esforçando pata ser alguém melhor, e espero que ela compreenda, me aceite como eu sou e reconheça essa minha vontade de mudança.

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