PEQUENA AMOSTRA DE O DIÁRIO DE DARCY - FELIZES PARA SEMPRE?

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21/06/2020

NOTA: Pessoal, sei que todas vocês estão ansiosas para o novo capítulo de "Diário de Darcy – Felizes para Sempre?", por isso eu vou fazer como sempre – apesar de ter dito antes que eu não faria, mas eu posso muito bem mudar de ideia, ora essa! – dar um gostinho para vocês com uma provinha! E então aqui vai.

O primeiro capítulo de "O diário de Darcy – Felizes para sempre?" vai ser postado domingo que vem (28/06/20), então para acalmar o coração de vocês, dá uma olhadinha no prólogo!

BOA LEITURA E ATÉ MAIS VER!



PRÓLOGO: Lar Doce Lar

03/11

Chegamos a Londres no meio da tarde sem contar para ninguém. Foi bem pensado, assim não éramos incomodados por ninguém. Admito que tenha um grande afeto recentemente desenvolvidos pelos Bennets, mas eu estou feliz que não preciso mais sair as escondidas com ela ou temer que o Sr. Bennet nos pegasse no flagra sempre que eu estava prestes a beijar sua filha, o que, para meu desespero, aconteceu cinco vezes. Cinco! Ele parecia ter o dom de saber onde nos encontrar e aparecer no momento certo em que eu me inclinava para beijar Elizabeth. Eu nunca sabia se ele sentia prazer em nos ver vermelhos e constrangidos e em como nós dois ficávamos tão sem graça sem conseguir sequer olhar um para o outro, ou seja, nos torturando de forma sinistra, ou ele apenas nos seguia com o simples intuito de nos impedir de ficar juntos e conseguia apenas disfarçar que não queria me matar. As duas opções podem ser verdadeiras, pensando bem, felizmente, a Sra. Bennet era muito mais compreensiva conosco e nos deixava a vontade quando percebia que estávamos querendo ficar sozinhos. Eu nunca achei possível, mas eu realmente gosto da Sra. Bennet, e vou sentir falta dela.

Quando estávamos no avião e comentei algo sobre isso para Elizabeth ela começou a rir e dizer que eu tinha perdido o juízo, mas era verdade, ela era uma mulher um tanto superficial, sem muito estudo e modos, mas ela era uma boa pessoa, ela sabia que não tinha feito grande realizações na vida, então vivia em prol de sua família e tudo o que ela mais queria é que suas filhas tivessem mais oportunidades e uma vida melhor do que ela teve.

Na verdade, fora Mary, eu conseguia ter um entendimento muito melhor dos Bennets – Mary é um mistério até para Elizabeth, então eu não me sinto assim tão culpado por não compreendê-la de modo algum.

Nossa viagem de Redding até Londres foi tranquila, e ambos estávamos animados para voltar, embora além de animada Elizabeth me parecia apreensiva. Tivemos várias conversas depois de nosso noivado, ficava claro para mim, que me sentia já à beira do altar – já até tínhamos algumas ideias da data do casamento, mesmo que não uma data em específico ainda marcada – que tudo o que era meu devia ser dela também, pedi que a Sra. Reynolds fizesse uma cópia da chave da cobertura para ela, assim como também lhe dei um de meus cartões de crédito para que ela pudesse usá-lo quando quisesse, sem ter que me prestar contas.

Elizabeth ficou feliz em receber a chave extra do apartamento, o que, já que iriamos morar juntos, era certo que ela deveria possuir, mas quando ao cartão de crédito... isso é outra história.

Eu estou absolutamente certo de que qualquer mulher no mundo iria ficar feliz em receber isso de presente. Obviamente não Elizabeth. Não que ela ficara brava, mas ela obviamente ficou incomodada, não tivemos uma briga sobre isso, não realmente, mas não estou certo de que a nossa conversa a respeito teve uma conclusão. Eu juro que tentava entender os motivos dela para não querer meu cartão, que ela dizia ser mais um problema dela sobre a sua independência e a sua necessidade sempre constante de nunca querer ajuda de ninguém e fazer as coisas por seu mérito é isso se estendia ao seu próprio dinheiro também. Ainda assim, eu não acho que isso seja toda a verdade, sei que tem algo em relação a alguma insegurança e medo que ela não quer dividir comigo e não posso afastar de minha mente de que isso tem a ver com minhas tias e o que ela passou na festa das bodas dos Fitzwilliam, algo que eu não presenciei, algo que ela sequer escreveu em seu diário, pois eu pedi para ler esse trecho em específico para entendê-la melhor, algo que ela procrastinou muito para me deixar ver, aliás.

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