CAP 7 (Ah! decidiu ficar bonzinho só hoje?!🤨)

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CAP 7.............................................................

-- O que você está fazendo?! -- Meu irmão se alarmou -- Cadê o Pablo?

-- No banheiro -- Apontei trêmula. -- Kaique, acho que ele não está bem -- Avisei escondendo a parte do sangue com medo de causar problemas para o garoto.

-- Por quê? -- Ficou confuso.

           Engoli em seco.

-- Não conta para ninguém, por favor?... Mas tem sangue saindo do nariz dele, muito sangue!

-- Ele se machucou? -- Deduziu.

         Aquela era uma desculpa perfeita para proteger o menino, por isso, confirmei:

-- É... Ele bateu na cadeira... Foi um acidente... Vai ajudá-lo, por favor?

-- Nem precisa pedir -- Saiu correndo entrando no banheiro.

       Fiquei totalmente aflita do lado de fora, eu queria ajudar, e era isso que eu iria fazer, até tinha me levantado, mas de repente, meu irmão reapareceu avisando com a voz tensa:

-- Vou chamar o Luciano.

      Me desesperei. AI, NÃO, COLOCAR MÉDICO NO MEIO IA PIORAR TUDO!

-- O quê?! Não! Por quê?! 

-- Mi -- Me segurou com medo de me dizer aquilo. -- Tem muito sangue saindo dele... Sem nenhuma fratura, isso não é normal, nada normal... E ele está chorando.

-- Chorando de desespero, acredito! -- Rebati com raiva. -- Ele está com medo de você justamente chamar o doutor, não faz isso, por favor?!

-- Milena...

-- O que acha que vão fazer com ele quando verem que está sangrando sem motivo?! Vão o internar no Laboratório de observação de Estiosangue! Não faz isso, lá é um lugar horrível! Você não ouviu as histórias?! 

      Meu irmão baixou a cabeça perdido.

-- Tá... -- Concordou atordoado. -- Vou pegar a chave do carro para o levar embora então -- Saiu rapidamente indo buscar.

       Após isso, ia ir avisar ao Pablo que o Kaique o auxiliaria e tentaria acalmá-lo, mas para minha surpresa, antes que eu conseguisse dar algum passo, o garoto saiu cambaleando do banheiro andando aflito em direção a saída.

-- EI! -- O gritei entrando em pânico. -- ESPERA! NÃO VAI EMBORA AGORA! O MEU IRMÃO VAI TE LEVAR PARA CASA, SÓ FOI BUSCAR A CHAVE!

       Me ouvir, o fez me olhar, e quase desmaiei ao ver o tanto de sangue que estava nele.

-- Eu vou sozinho... Se me verem assim, é o meu fim... -- Avisou chorando.

      Andei em sua direção apavorada por ele realmente estar indo embora.

-- Não! -- O segurei. -- Deixa o Kaique te levar?! Por favor?! Não é seguro sair na rua assim!

-- Não encosta em mim agora! É perigoso! -- Se afastou no mesmo instante tropeçando no próprio desespero e ignorando o meu pedido -- Não encosta em mim em mais nenhum dia... Eu sou uma bomba que pode te matar também... -- Andou para trás soluçando. -- Finge que eu não existo... Por favor? É burrice estar perto de mim... -- E saiu correndo totalmente apavorado.

     Mas o segui e o segurei.

-- Milena! Me solta! -- Mandou chorando intensamente. -- Eu não quero te perder também, eu não posso! Por favor?! Me ajuda a te ajudar?! Me deixa ir! -- Se soltou. -- Já disse! Esquece que eu existo, caramba! -- E fugiu, e dessa vez, não impedi, estava abalada demais para isso.

Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora