CAP 13 ( Destino! Eu te odeio! 😤)

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CAP 13...........................................................

-- DROGA! -- Gritou no segundo seguinte pondo a mão na mais nova ferida que, como o nariz, jorrava sangue.

-- AI MEU DEUS! Calma, eu vou te ajudar! -- Avisei correndo em sua direção

-- Não! -- Levantou quase caindo, mas levantou e continuou se afastando de mim e olhava para os lados com medo se tinha alguém por perto.

-- Pablo! -- Me aborreci com sua teimosia -- Você está sangrando! Deixa eu te ajudar, cara!

-- Mas é exatamente por causa disso! -- Respondeu contorcendo o rosto de raiva. -- Seus pulsos, estão sempre machucados. E eu não posso deixá-la chegar perto de mim com feridas abertas quando eu estiver sangrando, é para o seu bem!

           Olhei de relance para os meus braços... Era verdade, estavam muito machucados... Quer dizer que mesmo de longe o garoto se preocupava comigo? Agora mesmo que eu não podia deixá-lo sozinho!
          Percebendo que ficar desesperada não estava me ajudando em nada, pelo o contrário, só o deixava mais aflito, decidi me acalmar e falar bem baixinho para o deixar mais relaxado e tranquilo.

-- Shiiii, não vou te deixar passando mal, você precisa de ajuda. Não me impeça de fazer isso, por favor? -- Avisei num sussurro e me aproximando devagarinho para não assustá-lo. -- Calma, está tudo bem, shiiii, respira, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem, já está tudo bem -- Usei uma tática que meu irmão usava comigo todas às vezes que eu acordava muito alterada por causa dos pesadelos, e funcionou, ele se acalmou e até fechou seus olhos, como se estivesse fraco demais para mantê-los abertos.

-- Como faz isso? -- Murmurou mais calmo e jogando seu corpo no chão para sentar. -- Você tem o poder de me deixar desesperado e calmo ao mesmo tempo, isso é muito estranho.

     Dei um risinho.

-- É porque eu sei como é estar desesperada o dia todo, e não é bom, faz mal. Você precisa relaxar -- Consegui chegar perto dele e me sentei ao seu lado bem calmamente para não o alarmar. Pegando um pano na minha bolsa, murmurei -- Posso limpar seu sangue? Eu prometo que se te verem assim, eu respondo que você se machucou, o que é a verdade e dá para comprovar nas câmeras.

-- Mas aí vão ver que eu já cheguei sangrando pelo o nariz. Desiste, Milena, eu sou um caso perdido -- Rebateu com voz de choro novamente. -- Você não pode encostar em mim, eu já falei -- Deu a entender que se levantaria.

-- Ei, ei, senta -- O impedi. -- Vai ser pior se fugir, eu vou ter que te segurar e aí sim irei encostar no seu sangue, e nós não queremos isso, né? 

-- Não -- Concordou se rendendo e fungando.

-- Okay -- Me aliviei por ter conseguido sua atenção. -- Agora, vamos cuidar de você, tudo bem? Semana passada, você cuidou de mim, essa semana, é sua.

      Ele balançou a cabeça afirmativamente derrotado demais para negar. Sem ele perceber, comecei a limpar sua ferida delicadamente tomando cuidado para não deixar sangue encostar no meu pulso. Porém, me deixando preocupada, ele sussurrou trêmulo:

 -- Eu estou com medo.

-- Do quê? -- Cochichei de volta. 

-- Das pessoas... Elas já estão desconfiando de mim... E as pessoas são más comigo, Milena, muito más... Elas me machucam, me machucam muito.

      Engoli em seco com medo de dizer o que eu queria, mas tomei coragem e perguntei meio apavorada por saber que eu teria confirmação:

-- Você tem Estiosangue, né?

Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora