CAP 20 (Nunca mais vai chegar perto de mim?😢)

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CAP 20...........................................................

         Só sei que ao mesmo tempo que comecei a ter a sensação de que não daria tempo de chegarmos ao hospital, os gritos do Pablo se intensificaram, muito.

-- Kaique -- Chamei apavorada -- Olha isso... -- Mostrei os pontinhos pretos e brancos que começaram a sair com o sangue -- Eu nunca vi nada do tipo -- Admiti

          Meu irmão conferiu assustado e comentou:

-- Parecem... Bolinhas? Por que colocaram bolinhas dentro dele? 

       Forcei minha vista... Não eram bolinhas... Eram... Discos? Porém, nem tive tempo de contar minha descoberta, pois o Pablo começou a tossir bastante, como se estivesse perdendo o ar.

-- Ah meu Deus! Tem sangue no pulmão dele! -- Deduzi, pois ele estava muito ofegante, ofegante ao extremo -- E AGORA?! -- Gritei desesperada -- O QUE A GENTE FAZ?!

-- NÃO SEI! NÃO SEI! -- Meu irmão também entrou em pânico

     Foi então que olhei para o meu colar.... Era isso!... Ele era mágico! Poderia me ajudar! Nem pensei duas vezes e o pus na minha mão e em seguida, segurei a do Pablo, pois já tinha percebido que de alguma forma, eu tinha uma ligação estranha com aquele garoto quando dávamos as mãos. Então, me certificando de que o Matteo Fraizer não ouviria pelo o meu irmão, sussurrei o mais baixo que consegui para ativar o seu poder:

-- O amor só é conquistado com uma série de arrependimentos e uma pitada de esperança.

     Funcionou, o meu amigo voltou a respirar normal, como se tivesse novinho em folha. Mas sabia que estava com dor ainda, e isso, me influenciou a segurar a mão dele com o cordão pelo o resto do caminho, o que acabou logo. Mas obviamente, o Kaique perguntou alarmado no momento em que colocamos os pés no hospital e o Pablo foi posto na maca:

-- Como o fez parar de ter a crise? 

     Engoli em seco com medo de sem querer, dar a entender que eu tinha usado magia e ser descoberta. Já estava pensando em uma desculpa boa para dar, quando notei que teria que deixar ela para depois, pois chegamos a uma parte em que só o paciente tinha acesso e um enfermeiro me avisou:

-- Tem que soltar a mão dele agora.

    Entrei em pânico... Porque, meu Deus, será que se eu tirasse a mão... O Pablo continuaria bem?... Tremendo e aflita, retirei... E como eu imaginava, o garoto voltou a gritar que nem um condenado... Mas parecia mais fraco e debilitado que antes. Só que o pior, veio em seguida, pois, se rebatendo como se tivesse algo dando muito errado dentro dele, começou a implorar praticamente mandando nos médicos:

-- NÃO! NÃO! DEIXEM ELA IR COMIGO! EU NÃO POSSO SOLTAR A MÃO DELA! EU QUERO A MÃO DELA! DEIXEM ELA IR COMIGO! POR FAVOR! POR FAVOR!!! 

      Respirei fundo desesperada ao perceber que ele estava BEM pior que antes... Acho que ter segurado sua mão, não foi uma ideia tão boa assim... Quer dizer, o colar só funcionava se estivesse em contato com ele... E não estando mais, significava que ele sofreria tudo em dobro sem nenhuma chance de parar... Não, não, ele não ia aguentar!
     Por pensar nisso, eu já estava a ponto de lhe entregar o cordão, mesmo sabendo que era perigoso ficar longe de mim por ele ser uma chave e eu precisar tomar conta dele. Porém, sabia também que não era certo deixar alguém sofrer, e isso, me influenciou a seguir em frente... Eu lhe daria o colar, estava decidido. 
   Estava a dois centímetros de o pôr de volta em sua mão, mas fui impedida por um médico que avisou meio impaciente com minha relutância de ficar longe do paciente:

Me diga como sair daqui [livro 2/Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora