Capítulo 32 - O resultado

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Gu:
Amiga, preciso te contar o que aconteceu.

Acordei e li esta mensagem, que havia chegado de madrugada, em meu celular. Acordei a Gi com beijos e segui para meu banho, enquanto ela se negava a levantar.

Rafaella:
Conta agoraaa!

Respondi, após sair do banho, apesar de saber que, naquela hora da manhã, Gu estaria longe de acordar.

Nós seguimos para mais uma manhã de aulas, sem nenhuma particularidade, até que, na saída, Pedro aparece em nossa frente:

— Vamos sair para almoçar, aposto que vocês querem saber todas as novidades!

Eu e Gi nos olhamos, rindo da animação do garoto.

- Vamos, sim. — ela respondeu — Mal posso esperar para ouvir tudo.

Assim, Gizelly e eu entramos no carro e seguimos o de Pedro, até o restaurante que ele havia sugerido. Chegando lá, ele, todo animado, já começou a contar como foi sua noite:

- Depois que vocês foram embora, nós continuamos conversando por um bom tempo. Eu meio que percebi que o Gustavo estava me olhando com mais atenção do que da última vez, parecia que, sei lá, ele finalmente estava me notando. — ele riu.

— O Gu sempre foi meio desligado pra isso mesmo — respondi, antes da Gi me interromper.

— Você que sempre foi uma águia pra crushar os boys, Pê! — disse ela, debochando.

— Como eu ia dizendo... — ele fuzilou Gizelly com o olhar — A gente ficou conversando mais um tempo, até que o garçom passou perguntando se queríamos algo mais, antes da casa fechar. Cortou total o clima. — revirou os olhos — Mas aí, depois de pagar a conta, eu ofereci carona e ele topou. — sorriu de canto.

— Te conhecendo bem, é óbvio que esta foi a deixa pra você atacar.

— Você está erradíssima, amiga. Eu realmente estava indo devagar desta vez, não queria que ele pensasse que eu só queria uma diversão e pronto. Mas...

— Mas..? — perguntei, ansiosa.

— Ah, chegamos na casa dele e ele perguntou se eu queria subir pra mais uma cerveja... Eu estava indo devagar mas não sou bobo, né?

— Olha esse Gu, amor!! — Gi sorriu tocando minha mão — Quem diria, hein?

— Enfim, a noite foi bem agitada, nem chegamos na parte da cerveja, na verdade... E foi isso.

Depois de mais alguns detalhes dispensáveis, e um almoço agradável, nos despedimos do Pedro e decidimos ir até o shopping, para aproveitarmos juntas uma tarde livre.

Ao entrarmos no carro, antes mesmo de sairmos, recebi uma mensagem do Gi e li em voz alta:

"Acho que fiz algo que não devia. Chamei o Pedro aqui pra casa, depois do bar, e a gente ficou"

— Cara, por que ele tá preocupado assim? Nem é grande coisa, dois caras solteiros, livres, qual o problema nisso?

— Não sei, amor, mas ele sempre foi de dar importância demais às coisas.

Rafaella:

Por que não devia, Gu? Se era o que você queria, ótimo. Aliás, eu soube o Pedro não está reclamando.

Poxa, se a gente tivesse um cupido intrometido assim, igualzinho a você, acho que teríamos começado bem antes, né? — Gizelly disse, entre risos, depois de ler o que eu havia mandado.

— Ha ha — eu revirei os olhos.

Gi se aproximou para um beijo e acabou ficando um pouco mais do que esperava, quando eu retribui com alguns amassos. Quando paramos, percebi que tinha gente demais passando por ali.

— É melhor acabar com o show — eu disse.

Passamos uma tarde agradável, com direito a cinema e algumas compras e, depois disso, ela me deixou em casa e foi embora.

Já que estava sozinha em casa, liguei para o Gu, perguntando se ele queria conversar, se havia pensado sobre o assunto e relaxado um pouco...

— Hmm, na verdade, eu e o Pedro marcamos de nos encontrar pra conversar. Eu não estou mais pirando, fica tranquila. E depois te conto tudo!

Fiquei feliz ao saber que os dois estavam se acertando. E ansiosa para saber o que eles iriam ser dali pra frente. Será que eu e a Gi teríamos um casal de melhores amigos?

Assim que meu pensamento pousou nela, meu celular tocou.

— Oi, amor!

— Linda, você poderia me fazer um favor?

— Claro, pode dizer.

— Comecei a fazer um jantar pra nós duas, e acredita que aqui em casa não tem um vinho que combine? — me disse, quase irônica — preciso que você pegue aquele que compramos e ficou aí na sua casa e venha pra cá o mais rápido possível.

— Como assim, mulher? Que truque é este?

— Ah, não custava tentar, né? Mas, sério, vem logo que não dá pra esperar muito não.

Eu desliguei o telefone aos risos, tinha adorado a ousadia dela, que me pegou de surpresa e me deixou boba! Peguei a garrafa de Chardonnay e saí animada!

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— Que bom que você caiu no meu joguinho... — disse com uma cara de safada no rosto, enquanto eu entrava no apartamento — Eu não aguentava de saudade!

— Tá brincando comigo, Titchella! Não acredito que era tudo mentira, tu nem começou a cozinhar nada!

— Mas eu juro que estava quase começando, amor! — ela falou se jogando em mim — Não fica bravinha, não, princesa! — selou seus lábios nos meus.

— Como eu conseguiria ficar brava contigo? — falei, bufando — Mas agora vamos começar com o jantar, porque eu tô faminta!

Depois de jantar, como eu já sabia que não iria pra minha casa nem se eu quisesse — e não que eu quisesse — me deitei no sofá, assistindo a um filme, enquanto Gizelly terminava de ajeitar a cozinha. Quando dei por mim, nós duas estávamos completamente confortáveis, com cobertores e tudo, naquele sofá, e Gi dormia profundamente. Eu havia pegado no sono, sem perceber, e ela, pra não me acordar, se ajeitou ali comigo.

Irrevogável AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora