Capítulo 28 - Então é isso...

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Enquanto nos vestíamos, Gizelly me olhava, como que tentando decifrar em minhas ações a pauta de conversa que se seguiria.

- Amor, você está bem? - perguntei.

- Sim, amor. - disse chacoalhando a cabeça - Estava perdida em meus pensamentos, só.

Levantei-me e fui em direção a ela, dando-lhe um beijo na testa, eu disse:

- Ei, princesa. Eu só queria ter certeza de que você não está se culpando sozinha por tudo.

- Amor... - estava por me responder.

- Espera. - eu interrompi - Quero dizer que eu sou tão culpada quanto você. O que quer que esteja por acontecer, é de minha responsabilidade também. E eu não aceito que você ache que não.

- Tudo bem, Rafa. Eu entendo que você não quer que eu me sinta sobrecarregada. Mas a verdade é que quem tem mais a perder é você, e eu fui irresponsável de deixar isso acontecer.

- Irresponsável? - indaguei - E se fosse mais responsável você faria o quê? Não se envolveria comigo? Acha que seria melhor?

- Não foi o que eu quis dizer. - pensou por um segundo - Mas você tem razão, eu não mudaria nada. Quantas oportunidades de escolha eu tivesse, em todas eu escolheria ficar com você.

- Então por que você acha que tem mais culpa que eu? Isso é besteira! Nós duas nos encontramos, eu te desejei desde o momento em que vi seu sorriso, e te amei desde o primeiro abraço. Simplesmente aconteceu.

Gi abriu um pequeno sorriso tímido.

- Que foi? - perguntei.

- Você percebeu o que disse?

- Sim. Mas o que tem? - na verdade, eu não havia percebido.

- Você me amou desde o primeiro abraço? - indagou enquanto se aproximava do meu rosto, parando a poucos milímetros.

Agora, foi a minha vez de mostrar um sorriso tímido:

- Bom, sim. Eu sei que ainda não disse isso, e que para algumas pessoas estas três palavras são realmente um divisor de águas. Mas, enfim... Eu te amo, Gizelly!

- E eu também te amo, Rafaella. A sua espontaneidade ao falar quase sem querer, sem perceber, só me faz te amar mais.

Começamos a nos beijar, a cada segundo mais intensamente. Enquanto nos beijávamos, eu dava pequenos passos em direção à cama, até que foi possível deita-la e continuar os beijos ali, por todo o seu corpo.

Ela cedia aos meus beijos e suspirava a cada contato com as partes mais sensível de sua pele. Afastei meus lábios por um minuto, enquanto tirava dela suas peças íntimas, que era só o que ela havia tido tempo de trajar após o banho. Tendo ela em minha frente, completamente nua, pude sentir intensificar-se o desejo que queimava em meu corpo.

Voltei a beijá-la. Comecei por seus lábios e fui passeando por seu pescoço, seus seios, sua barriga, até encontrar sua intimidade. Toquei-a com alguns dedos e pude sentir que ela estava excitada. Ouvi-a arfar. Aproximei meus lábios, freando durante um longo segundo, muito perto de seu sexo, e depois comecei a chupa-la, fazendo-a gemer de tesão, até eu sentir seu corpo estremecer e seu gemido mais profundo.

Gizelly me puxou, deitando-me ao seu lado e, enquanto me beijava, se virou e ficou sobre meu corpo, dando-me um dos melhores prazeres que eu já tinha sentido.

- Uau! - exclamei. - Dizem que o sexo dê reconciliação é ótimo, mas nunca haviam mencionado que o sexo pós-declaração é maravilhoso também.

- Posso ser honesta? Com você, todos são. - disse enquanto se aproximava para beijar meus lábios, não me permitindo uma resposta.

- Eu te amo - ela disse, tocando meus cabelos.

- Eu também. E não é pouco. - respondi, sorrindo.

- Então é isso, né? Acho que nos amamos mesmo.

Ela me abraçou, mas agora parecia um pouco incomodada.

- O que você acha que vai acontecer, Rafa? Eu nem imagino o que ela vai nos falar, se vamos perder nossos empregos, se... Não sei!

- Eu também não imagino, amor, mas tenho certeza de que, do jeito que for, nós vamos encontrar uma solução juntas.

- Disso eu sei também. Nós daremos um jeito.

- Então perfeito. Só precisamos ser sinceras, com ela e com nós mesmas, e, no fim, tudo ficará bem. - falei abraçando-a novamente. - Agora, o que acha da gente encontrar algo pra comer? Já faz um bom tempo que almoçamos, hein.

- Acho uma ótima ideia.

Depois de um pequeno lanche e mais demonstrações de afeto, fomos nos deitar, juntas, como se nada mais importasse: apenas aqueles dois corpos e duas almas se tocando em legítima harmonia.

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