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João Pedro (JP)

Que vacilo cara... quando eu ouvi a porta bater fui correndo e vi que Suzan tinha saído. Peguei no celular para ligar para ela e vi uma mensagem de Aline. Logo entendi que foi isso que Suzan viu e por isso ela foi embora daquela forma. Eu não tenho tido nada com Aline desde que comecei a sair com a Suzan, mas como eu ia explicar isso para ela agora? Ela não vai querer nem me ouvir. Me visto correndo e vou até a casa da Manu, aposto que ela foi logo contar sobre o que aconteceu. Antes passo numa florista e compro um ramo enorme de flores para ela, o que não adiantou nada porque ela bateu a porta na minha cara. Vou até o escritório do Lucas e ele ri quando me vê.

Lucas: Você é muito babaca cara, eu ia jurar que você tava gostando dela

JP: E eu juro que é verdade, eu gosto dela. Por isso preciso que me passe o número da loira, vou fazer uma surpresa para a Suzan.

Lucas: Que romântico -diz fazendo uma voz fina - Vou te mandar pelo wpp.

Assim que recebo o número ligo para a Manu.

Manuela: Alô?
Eu: Manu é o JP, não desliga e não deixa Suzan saber que sou eu, por favor
Manuela: Tô na rua, pode falar.
Eu: Eu sei que você pode não acreditar em mim mas desde que eu comecei a ficar com Suzan não estive com mais garota nenhuma
Manu: E aquela mensagem no seu celular?
Eu: Era uma garota que eu ficava ANTES da Suzan, eu juro pela minha vida que não fiquei mais com ela
Manuela: Ela tá bem chateada e magoada pensando que você iludiu ela.
Eu: Eu vou fazer uma surpresa para ela. Eu vou pedir permissão aos pais dela para namorar com ela, mas quero conversar com eles sem ela primeiro. Acha que eles agora estão em casa?
Manuela: Vou tratar de saber e te mando mensagem para ela não desconfiar.
Eu: Valeu mesmo Manu, te devo uma. - digo e desligo. Pouco depois recebo uma mensagem da Manu.

Manu
Estão em casa, vou ficar assistindo com Suzan por um tempo
Estou confiando em você, se magoar ela de novo quem não vai falar mais com você sou eu
Um conselho: se preocupa mais em convencer o pai, é a parte mais difícil
Boa sorte 💓

Era agora ou nunca. Fui até a casa de Suzan e respeitei fundo antes de tocar na campainha. Quem abriu foi a senhora que limpa a casa, ela sorriu ao me ver (já me conhecia pois estive ainda hoje cedo na casa de Suzan) e me deixou entrar.

JP: Vim falar com os pais da Suzan, dona Maria. Eles estão aqui?

Dona Maria: Estão sim, vou avisar a eles, espera aqui.

Depois de um tempo os pais de Suzan aparecem. Nesse momento esqueci até como respirar. Eu nunca falei com os pais de uma garota, muito menos para me declarar.

Ana: Olá, eu sou a Ana e esse é o meu marido Carlos.

JP: Boa tarde senhor e senhora Lima, o meu nome é João Pedro e eu vim falar com vocês sobre a vossa filha, Suzan.

Ana: Venha, vamos para o escritório. - diz e sigo-os até ao escritório. Eles se sentam e pedem para eu sentar num sofá em frente a eles. - O que queria falar sobre a Suzan?

JP: Creio que Suzan não disse nada ainda, mas nós estamos nos conhecendo. E a verdade é que eu gosto mesmo muito dela, e para falar a verdade é a primeira vez que falo com os pais de alguma garota.

Carlos: Você faz o que da vida?

JP: Eu... sou do morro.

Carlos: É traficante então. Que maravilhoso, minha filha gosta de um traficante.

Ana: Amor, deixa o rapaz falar.

JP: Eu não espero que compreendam o que eu tenho com a Suzan. Nós realmente gostamos um do outro, caso contrário eu não estaria aqui. O meu objetivo a vir aqui foi pedir a vossa permissão para namorar com a filha de vocês o meu trabalho não define quem eu sou, e não me orgulho do que faço mas não me arrependo de nenhuma das escolhas que eu fiz na vida. E queria provar e mostrar que consigo ser a pessoa certa para a Suzan, se vocês me deixarem. - digo e os dois se olham pensativos.

Carlos: Garoto, escuta aqui, eu não gosto desse seu namoro com a minha filha. Eu esperava que ela fosse escolher alguém mais... bem, estudioso, que não tivesse nessa vida. - diz e eu baixo a cabeça - No entanto... você teve muita coragem em vir aqui e dizer tudo o que sentia. E se tudo o que disse é verdade, não tenho como proibir o namoro de vocês.

Ana: Nos nunca iríamos proibir a nossa filha de estar com quem ela gosta. Mas por favor, faça ela feliz. A última coisa que quero ver é minha filha chorar - diz e olho para ela que pisca o olho. Ela já sabia sobre mim.
Depois da conversa agradeci a eles e saí de lá sorrindo. Vou para o escritório e vejo Lucas escrevendo uns papéis. Ele olha para mim e sorri ao ver a minha cara.

Lucas: Ta com carinha de quem conquistou os futuros sogros - diz e se levanta para me abraçar - quando vai rolar o pedido?

JP: Na noite de natal. E você com a Manu?

Lucas: Como assim eu e a Manu? Fumou droga? Ela é a filha do Cartell, ele me cortaria em vários pedacinhos e dava de comer para os cachorros na rua.

JP: E isso alguma vez te impediu? Tá na cara que você tem uma quedinha pela filha do chefe.

Lucas: Eu beijei ela, mas só isso. Não falamos mais sobre isso, também não dava com Kate em casa e tudo mais...

JP: Para de enrolar e chama ela para sair. Se não for você, vai outro e tira o seu lugar. Tá confirmado o jantar na casa dela?

Lucas: Tá sim, vou chamar minha vó também, e ela pediu para eu convidar o Menor e a Vivi. Vai ser coisa de família.

JP: Meus pais não vão conseguir vir para o Brasil a tempo, mas depois do fim de ano eles vêm passar um tempo aqui. Bora comprar logo os presentes para elas?

Lucas: Eita, pois é. Bora sim, também tenho que comprar umas coisas.

***

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