Capítulo 25 - Enfim, o fim

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Capítulo 25 – Enfim, o fim.

Arms (Braços)

I never thought that you (Eu nunca pensei que você)

Would be the one to hold my heart (Seria aquele a segurar meu coração)

But you came around (Mas você apareceu)

And you knocked me off the ground from the start (E me tirou do chão desde o começo)

You put your arms around me (Você colocou seus braços ao meu redor)

And I believe that it's easier for you tolet me go (E eu acreditei que é mais fácil você me soltar)

You put your arms around me and I'm home (Você coloca seus braços ao meu redor e eu estou em casa)

Dumbledore sempre lhe dissera que o amor era perigoso e que quando nos invadia causava a perda de todos os controles e aí não haveria mais regra que o prendesse ao certo. Era perigoso, mas ao mesmo tempo era certo. Certo porque era o que deixava vivo, o que fazia o coração bater nervoso indicando a chama que o aquecia.

Snape sentia essa loucura, esse calor, a pressa e desespero. Se iria perder tudo então que tivesse tudo uma última vez. Não erraria novamente deixando um amor ir embora sem saber a sua verdade, não guardaria mais esse segredo. Lilian se foi sem que pudesse dizer-lhe. Não deixaria Harry ir também.

Apressando os passos na escada que levava as masmorras Snape nem mesmo se importou com os dois sonserinos escondidos no escuro, não queria saber do boquete que Pansy fazia em Blaise, eles que se danassem. Naquela noite Snape se livraria de tudo que o prendia a seu arquétipo, esqueceria das normas, do que é certo e o que é errado. Naquela noite ele responderia somente ao seu instinto e alma, ninguém mais além daquele sentimento seria seu mestre.

Ao adentrar os aposentos Snape retirou a capa negra e a jogou no sofá sem se importar que tivesse caído ao chão. Sem nem mesmo hesitar um segundo abriu a porta do quarto e entrou encontrando o menino dormindo e Dobby ao seu lado velando seu sono.

- Saia. – Disse Snape sem olhar para o elfo que sumiu em um estralar de dedos.

Por um momento Snape ficou só parado na frente do menino observando-o dormir enquanto lutava com as indecisões. Sabia que o certo era ir embora, se esconder e esperar até o dia seguinte onde tudo finalmente terminaria. A raiva que o menino sentiria cobriria toda a tristeza e permitiria que seguisse com sua vida, odiando-o. No entanto se ficasse poderia desfrutar do menino mais um pouco, ver seu sorriso antes que ele se apagasse para sempre.

Ainda inseguro do que fazia Snape retirou seus sapatos e subiu na cama sentando-se ao lado do menino. Harry dormia profundamente devido as poções tomadas e só acordaria algumas horas mais tarde. Tudo bem, pensava Snape, não fugiria mais e se o preço para ter o menino em seus braços era entrar no mais profundo inferno então ele pagaria, entraria de cabeça erguida se fosse necessário. Tudo para sentir o amor dele antes de se tornar ódio.

Quando o sono se dispersou e Harry abriu os olhos encontrou-se novamente naquele quarto sem graça e solitário, mais uma vez estava jogado no divã do tormento. Suspirando pela desgraça que se tornara sua vida tentou se mover para poder ir ao banheiro, mas ao levantar o braço o sentiu pesado. Assustado olhou para o lado e viu a mão de Snape segurando seu braço enquanto o homem dormia estirado ao seu lado. Harry piscou algumas vezes garantindo que aquilo não era uma mera ilusão. Snape realmente estava ao seu lado ressonando lentamente e lhe segurando como se tivesse medo de o perder.

A Lenda (Snarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora