– Você ficou doida é? – falei rindo – Aqui os meninos são desligados pra essas coisas, a gente é muito amigo.. Vou dormir né, que eu tava indo dormir e você impediu meu sono – fingi estar brava e ela riu.
Me despedi dela e desejei boa noite. Quando eu estava subindo, decidi ir na cozinha pra ver se tinha algum suco, ou algum chocolate. Abri a geladeira e comecei a caçar alguma coisa pra comer.
– Tá com fome? – escutei uma voz. Olhei pra cima e era ninguém menos que ele. – Pelo visto sim.. tem chocolate.
– Onde? Não to achando. Tinha um kit kat aqui mas acho que o Gs comeu.
– Lá no meu quarto. – olhei pra ele e ele deu um sorrisinho, e saiu da cozinha. Ele só pode estar brincando. Continuei procurando na geladeira, e realmente o Gs devorou os últimos resquícios de doce. E eu, que não sou boba nem nada, fui atrás do meu kit kat.
Abri a porta dele e ele estava tirando a camiseta. O quão clichê isso está sendo? Sério, Victor? Sério mesmo?
– Tá com fome mesmo – ele riu.
– Eu só quero o chocolate, Victor. Que isso fique bem claro. – disse e comecei a procurar nas gavetas.
– Tá aqui – ele diz e deita na cama, olho pra sua mão e ele está segurando uma barra do meu chocolate favorito. Ele faz uma cara de alguém realmente filha da put%
– Ok, muito obrigada. – Fui até ele pra pegar a barra, quando ele me segura pela cintura e me derruba na cama. – Victor, o que você tá fazendo?
– Você vem no meu quarto, quer comer todo o meu chocolate.. e não quer me pagar nada? – ele diz chegando no perto.
– Não aguenta mesmo né? Eu achei que nesses meses a gente poderia ficar num clima de amizade mas aparentemente isso é impossível pro Victor.
– Babi, pode falar o que quiser. Eu sei que você não esqueceu da gente, eu também não esqueci.
– Não tem "a gente".. Eu sou eu, você é você.
– Por que ficar na defensiva o tempo inteiro? – Ele me solta e senta na cama. Eu me levanto e sendo de frente pra ele. Eu ainda quero meu chocolate, de verdade.
– Eu estou na defensiva? Eu só não quero. Eu sei que você vai me machucar a qualquer momento. Que parte você não entende?
– Talvez nós daria um belo casal.. Já pensou nós morando em Portugal? – ele cantarola baixinho e chega perto de mim, cada vez mais perto. Ele sussurra no meu ouvido. – Eai você aceitaria?
Ele se afasta do meu ouvido e me encara. Nesse momento estamos a alguns cm de distância. E a cada segundinho, mais perto da minha boca ele fica. Que inferno de menino. Eu odeio me sentir assim quando estou perto dele. Ele olha pra minha boca e pro meus olhos, segura no meu rosto e se aproxima, até que nossas bocas se encostam levemente.
– Eu não vou te beijar. – ele sussurra.
– Por quê?
– Porque eu quero que você faça. – ele sorri. Eu olho pra ele e não consigo me segurar.
Seguro seu rosto e trago pra mais perto de mim possível, beijando ele como se eu necessitasse daquilo, como se eu estivesse louca por aquele beijo, como se eu estivesse com saudade "da gente". E eu não queria deixar evidente que era isso que eu estava sentindo.
– Você é gata pra caralho, sabia? – ele para o beijo e aperta minha cintura. – Eu odeio te ver todos os dias sabendo que de noite você não vai vir aqui me beijar. Hoje foi um dia bom.
– Parece que você decora textos de grandes obras do John Green ou algo do tipo? Pra me impressionar? Me prender enquanto você fica com várias?
– Pense o que quiser, eu já disse o que sinto. Eu gosto de verdade de estar com você, por que razão você não compreende isso?
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