XXXV

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* Victor's pov *

– É.. me desculpa, eu tava. Não queria ter sido injusto com você, te achei bonita e tudo mais.. – respondo e ela sorri.

– Tá tudo bem, eu também fui injusta com você nesse sentido, estamos quites. – eu sorrio pra ela – Vocês.. eu digo, você e a menina.. terminaram ou algo assim?

– A gente nem começou nada, pra falar verdade. – falo e ela começa a rir. – Eu gosto dela. E agora ela tá em outro país, nem deve se quer estar lembrando de mim.. ela sempre diz coisas sobre achar que eu vou quebrar o coração dela, sabe? E eu não vou.

– Victor, olha.. pela minha experiência com garotos.. e como uma garota, eu entendo o que ela deve estar sentindo. Você já se perguntou o porquê dela ser assim? – ela começa a falar e eu penso um pouco por esse ponto de vista – Ela pode agir assim com você porque já foi frustrada uma vez e não quer passar por isso de novo. É um trauma.. é comum, eu tenho certeza que ela deve querer sentir algo, mas parte dela tem medo.. Você não acha que pode ser isso?

– Nunca tinha parado pra pensar.. e o que você acha que devo fazer? – pergunto

– O que o seu coração mandar..

– Certo. Obrigada por tudo que disse.. e você.. qual é o seu caso de frustração? – ela me olha com um sorriso triste.

– Somos melhores amigos. Aquele papo de não estragar amizade e tudo mais. Mas ainda acredito que a gente pode dar certo.. e daí se eu quiser casar com o meu melhor amigo? – ela fala e eu solto uma risada. Um carro estaciona na nossa frente e ela vem até mim, e me abraça. – É meu Uber. Valeu por essa conversa, desculpa qualquer coisa. – ela vai até o carro e antes de entrar, me olha sorrindo – Ei, Victor.. não desiste dela, tá? Você fica lindo quando pensa nessa menina..

Eu sorrio e ela vai embora. Que conversa foi essa, meus amigos? Logo meu uber chega e eu entro. Parece que por conta da situação, o caminho ficou mais longo, como se eu precisasse daqueles minutinhos pra pensar em tudo.. como será que a Babi tá agora?

* Babi's pov *

É mais ou menos 3 da manhã, a Carol já foi dormir há um bom tempo. Estamos eu e Gs na sala.

– Cara, o ar ta pegando muito em mim. Aqui é frio demais. – falo procurando o controle do ar pra aumentar a temperatura.

– Vem aqui. – ele segura o cobertor no alto, e eu deito ao seu lado no sofá, abraçando ele. Ele abaixa o cobertor e me cobre. – Sentiu saudades do seu amigo mais legal?

– Muita. Todos os dias antes de dormir, caía umas duas lagriminhas. – falo e ele ri – mas agora.. eu me sinto tão bem aqui. Sério, eu queria poder morar aqui com você.

– Ai você é tão fofinha. – ele me abraça. Acho que o frio passou. O Gs é quentinho..

– Se algum fã vê essa cena, vai pensar que temos alguma coisa, que já ficamos.. – falo rindo e ele permanece sério. – Gs? Tá tudo bem?

– Você não lembra mesmo? – ele se levanta. Ele está bem sério. Do que ele está falando? Lembrar do que?

– Não entendi, o que eu não lembro, Gs? – pergunto e ele vira o rosto pra baixo.

– Babi.. a gente se beijou. – ele diz e sinceramente? não entendi muito a brincadeira..

– Gs, o que você tá arrumando? – pergunto realmente preocupada. Eu estou perdida..

– Na festa que fizemos pro Crusher, há alguns meses atrás. Você estava bêbada e pediu pra mim... – ele faz uma pausa e olha pra mim. – Bárbara, você pediu pra que eu te beijasse.

– Eu fiz isso? E.. você.. fez o quê? 

Bárbara Passos tá vendo o porquê de você ter que ficar longe de qualquer bebida?

– A gente se beijou. – ele me encara. Eu queria enfiar o meu rosto num buraco, se fosse possível. – E eu achei que você iria se lembrar, mas..

– Gs, eu.. não sei o que te dizer. E depois?

– Eu parei.. você insistiu para que eu fizesse companhia pra você, mas eu apenas te coloquei da dormir. – estamos de frente um pro outro, ele está olhando pra qualquer lugar que não seja o meu rosto, enquanto eu não consigo parar de encarar ele.

– Não, não é isso que to perguntando. Olha pra mim. – Eu puxo seu rosto e faço com que ele me olhe. – A gente se beijou, e depois? Você se sentiu mal.. você quis esquecer.. o que aconteceu com você?

– Eu gostei de ter te beijado, pra ser sincero. – ele sorri. – Mas eu fiquei com medo de interferir nas coisas e decidi guardar isso pra mim, mas não quero esconder isso de você.. por isso estou te contando agora. Eu não quero que você fique distante de mim, Babi. Eu amo sua amizade.. eu não.. 

Antes que ele possa terminar a frase, eu seguro em seu braço e aproximo seu corpo pra bem perto de mim. Estamos há milímetros de distância e ele olha fixamente pra mim, enquanto eu não consigo tirar os olhos de sua boca.

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