Nora sempre detestou as manhãs de escola. Quando estudava de manhã, o despertador a tirava do sono, e ela se via obrigada a enfrentar o dia com o estômago vazio. Na primeira aula, seu estômago costumava roncar alto, criando uma sensação constrangedora de desconforto.
Com o tempo, Nora mudou para o período da tarde. Isso lhe permitia ficar mais tempo na cama, mas o calor escaldante tornava a experiência igualmente desafiadora. Ela se sentia exausta nas carteiras apertadas, ouvindo as longas e monótonas explicações do professor de Matemática, conhecido por sua falta de entusiasmo pelo ensino. Ele era um homem acomodado, que parecia não gostar do que fazia. No entanto, o título de "professor" lhe conferia um certo poder e controle, que ele explorava ao máximo em sua vida fora da escola.
Apesar de suas queixas sobre a escola, Nora tinha suas razões para continuar. Ela tinha amigas que tornavam o ambiente mais suportável, e sua avó a pressionava para seguir com os estudos. Além disso, havia uma paixonite secreta por Jônatas, um colega meio desligado que encontrava humor em quase tudo, inclusive nos sapatos furados que Nora havia ganhado de sua avó.
O ano letivo já havia começado, e a escola, como em qualquer lugar, era divertida nos primeiros dias, mesmo que isso trouxesse uma mistura de ansiedade e empolgação.
No entanto, algo estava prestes a mudar naquela sexta-feira, 13 de lua cheia. Nada mais seria como antes...
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Poemas: Sociedade dos poetas uivantes
Historical FictionNas páginas que se seguem, convidamos você, leitor, a embarcar em uma jornada única e extraordinária. "Poema: Sociedade dos Poetas Uivantes" é uma obra literária verdadeiramente especial, nascida da colaboração entre mais de 60 alunos de três escola...