CAPÍTULO CINCO

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A garota de cabelos áureos detestava eventos escolares, principalmente qualquer coisa que envolvia danças e pares na escola, ela riscava de sua lista mental. Porém, dessa vez, não havia escapatória. O baile de Natal seria obrigatório para todos os alunos do quarto ano para cima. Infelizmente, ela fazia parte do grupo com presença obrigatória.

— Madame Sprout — ela correu até a professora na saída da aula. — Eu queria conversar com a senhora sobre o baile.

— Já tem um par? — a mulher mais velha perguntou, empolgada. — Posso colocar na lista.

— Não — Ellie deu um sorriso desanimado. — É que eu queria saber se não tem como abrir uma exceção para mim. Eu não queria participar.

— Por quê?

— Simplesmente não gosto de bailes. É uma experiência traumática — ela deu de ombros.

— Garanto que você vai se sair perfeitamente no baile e sem traumas esse ano — a professora desviou o assunto sobre abrir uma exceção. — Aposto que há também muitos rapazes querendo convidá-la para a dança.

— Eu não colocaria tanta fé em mim, professora — Ellie riu, nervosamente.

— São apenas fatos. Parece que Macmillan é o primeiro rapaz a tentar convencê-la de ser o seu par — Sprout sorriu, apontando o dedo indicador para o rapaz alto encostado na saída da estufa.

— E a minha resposta é não.

A garota de cabelos claros resmungou um palavrão e se enfiou entre os alunos da Lufa-lufa e Corvinal na saída da estufa, desejando que passasse despercebida e Macmillan não a abordasse para uma conversa. Não queria vê-lo nem se estivesse pintado de ouro.

— Eu odeio acabar com o seu esconde-esconde, mas estou vendo você — a voz rouca de David chegou aos ouvidos de Ellie.

— Eu não estava brincando de esconde-esconde. Só não quero falar com você — ela revirou os olhos. — Quando é que vai entender que não existe mais nada entre nós? Não quero nem ser sua amiga, sua colega ou sua conhecida.

— Está agindo assim por causa do Potter.

— O quê? — Ellie exclamou.

— Está saindo com ele?

— Eu não te devo satisfações, Macmillan — ela disse com veemência.

— Sabe que ele nunca teria olhos para você, certo? — David riu. — Ele só quer saber de correr atrás da ruiva. Pode desistir.

— O nome dela é Lily, para início de conversa — Ellie apontou o dedo indicador em direção ao peito de David. — E depois, quem é você para dizer quem pode ter olhos para mim ou não?

David permaneceu em silêncio.

— Exatamente — Ellie cerrou os olhos.
— Você não é ninguém.

— Só falei a verdade — David deu um sorriso insuportável. — Já olhou para você?

— Eu te odeio — Ellie resmungou, nervosa.

Os olhos de Ellie arderam com as lágrimas. Odiava quando ele fazia comentários que destruíam a sua autoestima. Ele continuou a sorrir, mesmo vendo a situação da menina, e Ellie deu as costas, correndo para qualquer lugar longe de tudo e todas as pessoas.

— Por que fez isso com você? — ela sussurrou, colocando a mão nos cabelos. — Eu sou uma idiota.

Quando atravessou os jardins e o saguão, Ellie decidiu subir as escadas. Não sabia de seu rumo, e em uma atitude precipitada, entrou pela primeira porta que viu à sua frente. Foi a vez de suas bochechas arderem de vergonha quando viu o local que havia chegado, a sala de aula de História da Magia.

FALLING - JAMES POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora