CAPÍTULO VINTE E OITO

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O clima álgido arrepiava a pele da jovem da Lufa-lufa, deixando as suas bochechas carminadas por conta do beijo intenso da brisa. A neve caía sobre a touca bordada da menina, enquanto ela caminhava em direção ao vilarejo de Hogsmeade.

Após ter sido liberada pelo zelador da escola, que analisou o bilhete de autorização de todos os alunos com um olhar de desconfiança, ela se acomodou em um banco coberto pela neve alvacenta, à espera de James, Peter, Sirius e Remus.

— Oi — sussurrou James na orelha da namorada e deu um sorriso. — Alguém levou um susto.

— É claro — Ellie revirou os olhos. Incapaz de controlar a própria vontade, ela sorriu. — Você chega sussurrando no meu ouvido e não quer que eu me assuste?

— Eu pensei que você já estava acostumada.

A garota franziu uma sobrancelha e o seu cérebro raciocinou as palavras do namorado após alguns segundos. Enquanto um sorriso maroto cruzava os lábios de James, Ellie arregalou os olhos e se levantou do banco.

— Por que eu sou a sua namorada mesmo? — ela ironizou.

— Não faça pergunta difícil — ele colocou as mãos nos bolsos, enquanto encarava Ellie com um olhar falso de tristeza. — Eu realmente não sei o que você viu em mim.

— Quer mesmo que eu fale? — Ellie segurou o braço dele. — Só vai demorar até amanhã para falar tudo.

— Eu fiquei diabético só de olhar — Sirius ironizou, estirando a língua. — Se algum dia vocês tiverem filhos, pode chamar eles de jujuba e bala de goma.

— Como você é engraçado, Sirius — Remus fingiu uma risada.

— Muito obrigado, Aluado.

— Você sabe que jujuba e bala de goma são a mesma coisa, não sabe? — Peter perguntou, rindo.

— Sim — Sirius chutou a neve caída no chão e deixou um rastro dos pés pelo caminho. — Eu acabei de prever que vocês vão ter gêmeos e eles precisam ter nomes parecidos.

— Quem é a pessoa que colocaria esses nomes em uma criança? — Ellie deu uma gargalhada.

— Você — Sirius apontou para a menina. — E saiba que se não colocar, o padrinho deles, mais conhecido como Sirius Black, vai ficar muito chateado.

— Sonhar é bom — Remus revirou os olhos.

— Não é sonho, é a realidade — o garoto de cabelos longos falou com veemência. — Daqui alguns anos, a gente conversa para ver se eu não estava certo esse tempo todo.

— A professora de Adivinhação está chorando com o seu talento — Ellie caçoou, enquanto arrumava os seus cabelos bagunçados por conta do vento. — Se eu tiver filhos, eles vão ter um nome bonito e um padrinho que não seja inconveniente.

— Se? — disse James, entonando a voz para um tom de indignação.

— Sim — a garota estranhou. — Qual é o problema?

— Não fala se, é quando — James corrigiu. — Fica mais bonito. Quando a gente casar, quando a gente tiver filhos, viu? Mil vezes melhor.

FALLING - JAMES POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora