CAPÍTULO TRINTA E SETE

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Os flocos de neve rodopiavam e dançavam no ar, cobrindo todo o jardim da casa em penugem branca. Era véspera de Natal e a garota de cabelos claros estava em êxtase por ser a sua época favorita a cada ano. Amava os presentes, as comidas e principalmente, passar o dia com os amigos e a família. Porém, este ano seria um tanto diferente em relação a sua comemoração.

Há algumas semanas, ela havia sido convidada a passar a data comemorativa na casa de seu namorado, juntamente com os Marotos. De início, a garota relutou, sentindo-se um tanto apreensiva com o convite, ela iria conhecer verdadeiramente a família de James e não sabia se eles iriam recebê-la bem.

— Eles vão adorar você — James assegurou. — Não tem motivo para estar nervosa desse jeito.

— Não é como se James não falasse sem parar sobre você para a família dele — Sirius caçoou. — O segredo é não dizer nada estúpido, muito menos fazer algo estúpido.

— Não diga ou faça algo que ele diria ou faria — Peter apontou para o garoto de cabelos longos e escuros como a noite.

— Foi um ótimo exemplo, Rabicho, mas saiba que eu estou muito ofendido com ele — Sirius abriu um sorriso terrivelmente falso.

— Ele não está errado — Remus alfinetou.

— Vocês não estão ajudando nem um pouco — ela deixou escapar um suspiro exausto. — Não é como se eu fosse apenas me apresentar para os seus pais, você disse que é basicamente metade da sua família.

— Eu não me lembro de ter dito isso — James franziu os lábios.

— Você citou graus de parentesco que eu nem sabia que existiam — ela refrescou a memória do namorado.

— Pensando bem, eu me lembro de ter dito isso.

— Eles vão detestar todo mundo se chegarmos atrasados. Já viram o horário? — Remus checou o relógio em seu pulso. — É melhor a gente entrar.

— Vocês perceberam que a gente está na frente da casa faz vinte minutos? — Sirius cruzou os braços. Ele fingiu estar paralisado e continuou a falar em sussurros. — Eles vão achar que nós somos anões de jardim.

— Não — James riu. — Eles vão achar que nós somos idiotas mesmo.

Os quatro garotos se adiantaram para caminhar até a entrada da residência, mas a garota permaneceu no mesmo lugar do jardim, chamando a atenção de seu namorado. Ele deu uma risada fraca quando viu a expressão aterrorizada no rosto da menina.

— O que foi? — James perguntou, curioso.

— Nervosismo em excesso — ela respondeu em um tom quase inaudível. — Eu acho que nem consigo me mexer.

— Eles vão amar você — ele garantiu. — Assim como eu amo você.

Ela arriscou um sorriso fraco e James colocou um fio solto de seu cabelo atrás da orelha. As bochechas da garota foram naturalmente tingidas por um tom rosado e os dois jovens selaram um beijo rápido, mas apaixonado.

Eles entrelaçaram os dedos da mão um com o outro e caminharam juntos até a entrada da residência, assim como os outros convidados. Quando a porta foi aberta para a entrada dos dois adolescentes, a lufana se viu em um ambiente apinhado de pessoas.

A casa estava lindamente decorada com um toque natalino. Uma grande árvore no canto da sala de estar estava coberta de enfeites brilhantes e chamativos. Próximo a uma lareira, havia algumas casas de pão de gengibre e meias penduradas. Os embrulhos com presentes debaixo da árvore de Natal deixavam qualquer pessoa ansiosa para abri-los antes do momento certo.

FALLING - JAMES POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora