CAPÍTULO DEZESSEIS

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Os raios reluzentes de sol atravessaram as cortinas do dormitório feminino da Lufa-lufa. A menina de cabelos claros puxou os cobertores para ficarem mais próximos de seu corpo e deixou um suspiro sonolento escapar de seus lábios rosados.

Ela olhou o relógio em cima da mesa de canto e viu que eram onze horas da manhã. Não se preocupava muito com o horário em domingos, mas estava certa de que era um pouco tarde para ela acordar.

— Bom dia — uma de suas colegas de quarto, Joana, saiu do banheiro. Ela escovava os dentes.

— Bom dia — Ellie se espreguiçou na cama.

A menina olhou em volta e viu todas as outras camas vazias.

— Antes que pergunte sobre a Agatha, ela pediu para avisar que foi até o corujal. Precisava mandar uma carta para a mãe — a jovem de cabelos cacheados avisou.

Ellie assentiu com a cabeça. Ela se levantou da cama e caminhou até os seus pertences para escolher uma roupa casual. Apanhou um moletom azul marinho e uma calça preta e vestiu a roupa no banheiro do dormitório.

— Se ela voltar e perguntar por mim, diga que eu fui dar uma volta — Ellie pediu.

— Tudo bem — Joana deu um sorriso tímido. — Estou tentando decidir se volto a dormir ou morro de tédio nesse lugar.

— Quer um conselho? — ela riu. — Voltar a dormir é bem melhor.

— Concordo com você.

Joana deu um riso animado e se adiantou para deitar em sua cama. Ellie saiu do dormitório feminino para caminhar em direção à saída do salão comunal da Lufa-lufa.

Não fazia ideia do seu lugar de destino. Apenas queria tirar um tempo para caminhar pelos vastos corredores do castelo e aproveitar a brisa amena do fim de semana. A menina enfiou as mãos nos bolsos do moletom aconchegante e começou a assobiar, alheia do caminho que estava traçando no momento.

Por um momento, ela se lembrou de seu irmão e de seus amigos da Grifinória. A jovem sabia a senha da sala comunal da casa dos corajosos e astutos, mas suspeitou que eles ainda estivessem descansando a esse horário.

Envolvida nos próprios devaneios, Ellie se distraiu ao ouvir um murmúrio abafado. Ela sentiu as batidas do coração falharem por um segundo. Logo em seguida, virou-se em procura do som que conseguira deixá-la assustada.

— Viu um fantasma?

A menina deu um pequeno salto do chão e cobriu a boca com as mãos devido ao susto. Ela revirou os olhos quando descobriu quem havia soltado aqueles murmúrios. James ria como uma criança alegre, ao seu lado estavam Remus e Sirius.

— Quer me matar do coração?

— Não era o objetivo — ele parou de rir. — O que você está fazendo aqui?

— Andando — respondeu Ellie, erguendo uma sobrancelha. — E eu aposto que vocês estão aprontando alguma coisa.

— Claro que não — Sirius respondeu com o queixo erguido.

— Posso não ler mentes, mas conheço vocês há tempo suficiente para imaginar que estão aprontando alguma coisa — Ellie cruzou os braços. — O que estão esperando?

— Esperando você ir embora para continuarmos a fazer as nossas coisas — James deu de ombros. Ele percebeu a própria imbecilidade e colocou a mão na testa. — Eu acabei de nos entregar.

— Não me diga — Sirius ironizou, visivelmente indignado com a atitude estulta do amigo.

Os ombros de Ellie se contraíram. Ela olhou para o irmão mais velho com uma expressão de curiosidade em seus olhos.

FALLING - JAMES POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora