CAPÍTULO TRINTA E QUATRO

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Sentados nas vastas escadarias de mármore, que levavam diretamente para a grande porta do Salão Principal, os quatro garotos da Grifinória, conhecidos como os Marotos, estavam alheios e usufruíam do tempo livre entre as aulas diárias. Peter e Remus estavam terminando uma tarefa de Feitiços, enquanto Sirius lia um pergaminho amassado e James observava o movimento no saguão.

— O que é isso? — James perguntou, esquivando-se ao lado de Sirius para conseguir ler a carta em suas mãos.

— Uma carta da senhora desprovida de sanidade mental — Sirius deu uma risada fraca, enquanto James franziu o cenho, confuso. — A minha mãe.

— O que ela quer com você? — ele perguntou, desdenhoso.

— Eu não faço a mínima ideia — Sirius deu de ombros e fez uma bolinha com a carta, amassando-a por completo. — Pensa rápido.

Com agilidade em acompanhar o arremesso do amigo, o garoto de cabelos levemente despenteados apanhou a pequena bola amassada de pergaminho na mão direita.

— Se livre disso — Sirius resmungou.

— Tudo bem — James ironizou e ameaçou colocar o papel amassado dentro da boca, fazendo o melhor amigo dar um riso fraco. — Nem o lixo quer essa carta.

— Eu não li o que ela escreveu na carta — Sirius admitiu.

— Fez bem — James colocou a mão sobre o ombro do garoto de cabelos longos. — É só contar para a minha mãe se ela deixar você mal. Euphemia Potter vai à caça.

Desde o dia em que Sirius decidiu fugir da residência ancestral no Largo Grimmauld, número doze, ele morava com James e a sua família. Considerava-os como a sua família adotiva. Euphemia Potter era como uma mãe que ele nunca havia tido a chance de ter em sua vida, uma mãe carinhosa e acolhedora.

Sirius respirava aliviado somente de lembrar que Euphemia havia lhe garantido uma proteção máxima contra os atos de reprovação de sua mãe.

— Seria engraçado ver a sua mãe brigando com ela — Sirius mordeu o lábio, pensativo. Ele arregalou os olhos. — Por Merlim.

— O que aconteceu? — Remus perguntou sem desgrudar os olhos da tarefa em seu colo.

— Não é hoje o aniversário da sua irmã? — ele perguntou. — A gente ainda não começou a arrumar as coisas para a festa.

— Claro que não — disse Remus, ressaltando obviedade. — Nós ainda não acabamos de ter aula.

— Você disse que a gente iria faltar hoje — James lembrou.

— Eu não disse nada — Remus franziu o cenho. Ele ergueu a cabeça e notou que James e Sirius se entreolharam com os olhos repletos de confusão. — Sirius mentiu para você.

— Eu não fiz nada! — o garoto protestou, erguendo as mãos no ar em sinal de rendição. — Só disse que você talvez deixaria a gente faltar nas aulas para arrumar a festa.

— Eu acho que não vai dar tempo de arrumar todas as coisas depois do término das aulas — James palpitou.

— Não vai mesmo — Peter concordou com o amigo, enquanto escrevia no seu caderno de Feitiços. — Sem contar que a chance de ela descobrir é mil vezes maior.

Remus aspirou o ar pela boca, evidenciando a sua impaciência com a sugestão de não comparecer às aulas do dia. Apesar de saber das consequências dessas faltas, ele cedeu contra a própria vontade e assentiu com a cabeça, fazendo Sirius, Peter e James sorrirem, vitoriosos.

— Alguém precisa distrair ela durante esse tempo — Remus fechou o livro em suas mãos e guardou em sua mochila. — Você vai fazer isso, James.

— Por quê? — ele franziu uma sobrancelha.

FALLING - JAMES POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora