CAPÍTULO DEZOITO

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Nenhum dos quatro jovens que haviam ficado presos naquela manhã estava conseguindo dormir àquela noite. A menina da Lufa-lufa se encontrava no dormitório masculino da Grifinória, analisando todas as hipóteses que tinham sobre a possível causa de terem ficado trancados.

— Tudo seria mais fácil se a gente estivesse com o mapa.

James atirou o corpo sobre a sua cama. Ele colocou a cabeça por cima do ombro de Ellie para analisar o pergaminho mágico. A garota encontrou os olhos de James e sentiu as bochechas corarem em seu rosto pálido.

— Já pararam para pensar que o chocolate faz mal para os cachorros? — Sirius interrompeu o silêncio, pensativo. — Se eu continuar comendo chocolate, eu vou acabar matando a minha forma animaga.

— Já parou para pensar que você é um pouco idiota? — James alfinetou, desviando o olhar da menina para o melhor amigo.

— Não é possível que vocês não entendam a minha preocupação — ele cruzou os braços.

— Nós estamos preocupados em descobrir quem trancou a gente naquela sala hoje — Ellie se colocou na discussão.

— Isso é a coisa mais fácil do mundo — Sirius revirou os olhos. — Só reunir todas as pessoas que não estavam com a gente na sala.

— Todos os alunos da escola, você quer dizer — Remus ironizou.

— Pessoas que são próximas — disse Sirius, sentando-se na cama. — Suas amigas, Ellie, o seu quase-namorado e aquele que merece um soco.

— Primeiro, ele não é o meu quase-namorado. Segundo, por que eu acusaria as minhas amigas? Isso nem faz sentido — disse a menina, incapaz de manter a seriedade.

— O que não faz sentido é alguém que você mal conhece te trancar em uma sala — Sirius pegou um pergaminho em branco na mesa de canto. — Nomes.

A jovem de cabelos claros deixou escapar um suspiro de derrota.

— Joana, Agatha, Liam e David — ela resmungou os nomes.

— Obrigado — Sirius se concentrou em escrever os nomes no pergaminho. — Podemos adicionar o nome do Ranhoso também.

— Eu não disse o nome dele — Ellie agarrou o pergaminho da mão de Sirius. Ela deu uma olhada no último nome da lista. — Como vocês adoram perturbar a vida dele.

— Ele perturba a vida de nascidos-trouxas a todo momento com a ajuda dos amigos dele — James protestou. — O que fazemos não é nada.

Ellie revirou os olhos.

Ela analisou o dormitório masculino e viu a cama do quarto garoto vazia. A jovem não via Peter Pettigrew há um bom tempo, não sabia do seu paradeiro, foi então que ela agarrou a pena das mãos de Sirius e escreveu o nome dele, sem ressentimentos.

— Virou bagunça agora? — James leu o nome escrito.

— Ele estava na sala? — Ellie perguntou. Ela deu de ombros. — Se não estava na sala e é alguém que a gente conheça, colocamos na lista. É a regra.

— Ele está na enfermaria — Remus avisou. — Se machucou na última Lua Cheia.

— Eu não vou retirar a minha acusação — ela estendeu o pergaminho de volta para o amigo de cabelos longos.

— Quer adicionar a Lily também? — James provocou com uma voz irônica.

Ellie mostrou o dedo médio e ele deu uma risada carregada de sarcasmo.

— Ela se enquadra nas regras — Sirius hesitou em escrever. — Só vou escrever o nome dela para não ser injusto com os outros.

— Temos um Sherlock Holmes entre nós — Remus riu.

FALLING - JAMES POTTEROnde histórias criam vida. Descubra agora