Capítulo 23 - Nenhum Beauchamp é igual ao outro

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- Finalmente estamos a sós. – Eu comentei baixinho, assim que as pessoas ao nosso redor saíram.

O Josh me lançou um sorriso triste.

- Mas eu vou ter que ir. – A voz dele saiu pesada, como se estivesse dizendo que ia pra guerra. Amava isso.

- Por quê?

- Eu passei a manhã toda aqui, então eu tenho que voltar agora para a faculdade e ficar lá até de noite.

- Ah.

A que eu senti todos os meus músculos relaxando. Eu o encarei. Ele nunca tinha me tocado assim.

- Às vezes, eu acho que estou sendo muito meloso com você. – Ele sussurrou. – Por que eu nunca tive um relacionamento de verdade. Eu não sei muito bem como eu deveria agir e... Ao mesmo tempo, a única coisa que eu quero fazer é te deixar feliz.

Sorri. Eu me sentia exatamente assim.

- Por que está me contando isso?

Por um segundo, ele pareceu decepcionado com a minha resposta. Então seus olhos voltaram a brilhar.

- Porque eu pensei que isso fosse fazer você dá pra mim o mais rápido possível. – Ele respondeu com um sorriso malicioso e um tom irônico. Não parecia ser sério, mas não chegava a ser mentira.

Uma risadinha escapou dos meus lábios.

- Você é muito esperto, Josh.

- E o céu é azul. – Ele retrucou rindo.

- Até a um minuto atrás você era o pobre garoto que não sabia como agir com a namorada. Que mudança de ego.

Ele tirou as duas mãos de perto de mim e levantou uma sobrancelha.

- Fala de novo.

- O quê? – Eu perguntei confusa.

- O que nós somos. Diz de novo.

- Namorados?

- É. – Ele parecia como alguém que acaba de fazer um calculo enorme e finalmente chegou na resposta.

- Somos namorados. – Eu repeti e senti como as palavras soavam bem. Soavam certas, como se estivessem pairando sobre a minha boca desde o dia em que o conheci.

Nossos olhos simplesmente não conseguiam mais desviar um do outro. O que será que ele estava pensando?

- Queria que todos os momentos que eu tenho com você durassem mais tempo.

- Nem todos.

Ele riu, mas desviou os olhos. Ele ficou com vergonha.

- Tipo, as suas primeiras palavras comigo foram... – Eu comecei a falar, para provocá-lo.

- Não precisa me lembrar, eu sei bem o que eu disse. – Ele olhou de novo para mim. – Ainda quer um pedido de desculpas?

- Depois de tudo o que você fez hoje? Acho que não.

- Acho. – Ele repetiu com o sorriso cínico.

Fique na ponta dos pés e o beijei. Eu nunca iria me cansar disso.

Infelizmente, ele não me beijou até eu ficar sem ar.

- Eu tenho mesmo que ir embora.

Soltei um suspiro de frustração.

- Nos vemos de noite. O Bailey e o Krystian cuidam de você.

- O Krystian. – Eu corrigir.

Ele abriu a boca para falar, mas rapidamente se calou.

A FILHA DA EMPREGADA- VERSÃO NOW UNITEDOnde histórias criam vida. Descubra agora