– Pode beijar a noiva.
Josh sorriu antes de se aproximar de mim, com os olhos brilhando.
– Eu amo você – sussurrou.
– Eu também amo você.
Senti o olhar do Bailey sobre nós. Gostaria de saber o que ele estava pensando. Gostaria de saber se ele estava pensando em Anna.
Então, a boca do Josh tocou a minha e eu não gostaria de mais nada no mundo. Aquilo bastava. Ele bastava.
– Acho que vamos indo agora... – Ouvi o Krystian falando ao longe, com um ar de riso na voz. – Felicidades para o casal.
– Digo o mesmo – Bailey disse, já se virando para ir embora.
Josh tirou as mãos da minha cintura apenas para dar um aceno e voltou a se concentrar no beijo, que ficava cada segundo mais quente. Era bom mesmo eles irem embora.
Ouvimos o barulho da porta batendo segundos depois.
Nos afastamos por causa do ar. Josh estava ofegante.
– Any.
– Oi?
Ele sorriu, com o peito subindo e descendo rapidamente.
– Você é uma forte emoção.
[...]
– Então por que Josh? – Perguntei confusa.
Ele estava deitado em meu colo, contando a história da sua família e me deixando fazer perguntas sobre o assunto. Enquanto isso, eu mexia em seu cabelo loiro e liso, fascinada com tudo o que ele estava me dizendo.
– Meu bisavô era britânico e meu nome foi em homenagem a ele, já que ele foi basicamente a origem de tudo.
– Como assim?
– Ele veio para o Brasil nos anos 20 e foi aqui onde conheceu a bela Dulce Beauchamp, uma espanhola que estava passando alguns dias no país e acabou se encantando pelo loiro do olhos verdes que era o jovem Josh. E acho que você já pode deduzir o resto.
– Mas por que vocês não usam o sobrenome do senhor Josh, ao invés do Beauchamp?
Josh suspirou, pensativo.
– Ninguém gosta muito falar sobre isso, mas ele não tinha sobrenome. Por causa da guerra ele foi abandonado pelos seus pais e levado para um orfanato com poucos meses de vida. Ele foi um guerreiro.
– Talvez seja uma benção do nome.
Ele riu e negou com a cabeça, modesto.
– Você faz bem para o meu ego.
Dei de ombros.
– Você faz bem para minha vida.
[...]
Acordei com a voz do Josh pedindo para eu levantar.
– Alguém precisa ir para a escola nessa casa.
Me levantei devagar, ajeitando o cabelo com a mão.
– Você tem mais dois irmãos para isso – resmunguei com sono.
Ele soltou uma risada e tirou o lençol que estava me cobrindo.
– Só podemos casar de verdade se você terminar o ensino médio, então levante sua delinquentezinha – ele falou usando um tom de voz fofo, como aqueles que usamos para falar com crianças.
Dessa vez foi eu quem ri e fiz o que ele mandou. Tinha me esquecido de como os Beauchamp podiam ser convincentes quando queriam.
Fui para o meu quarto e me arrumei para um novo dia. É estranho pensar que ontem tudo estava em preto em branco e hoje até o Sol parece mais brilhante, como se nos desse bom dia e nos dissesse o quão sortudos somos apenas pelo fato de existir. O amor é algo encantador – assim como o Josh.
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A FILHA DA EMPREGADA- VERSÃO NOW UNITED
FanfictionTudo mudou quando minha mãe foi contratada como empregada dos Beauchamp. Um pai homofóbico e um filho do meio gay. Uma mãe adorável e um filho mais novo extremamente maldoso. E o Josh, o mais velho. O loiro pervertido e arrogante que marca a vida...