Capítulo 39- Os motivos de Bailey- Parte II

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P.O.V'S Bailey

Ela ajeitou o lençol para cobrir melhor seu corpo e olhou para o Josh, que usava uma bermuda vestida as pressas.

Senti algo quebrando dentro de mim, como se alguém tivesse pegado meu coração e jogado do alto de um prédio.

- Eu posso explicar – ela falou, finalmente olhando para mim.

Neguei com a cabeça, meio tonto por causa do excesso de informações.

- Acho que ele já sabe o que aconteceu aqui – Josh retrucou com ar de riso. Ele era muito pior do que eu imaginei.

Anna se virou para ele, irritada.

- A culpa é toda sua!

Ele riu sem nem um pingo de arrependimento ou culpa. Será que alguma parte dele, nem que seja a menor, lembrava que somos irmãos?

- Mas eu não estou namorando ninguém – ele rebateu olhando para mim.

Respondendo a pergunta anterior: Não, ele não lembrava.

Mordi o canto interno da boca para tentar me controlar. Eu só queria sair correndo dali e ir para o mais longe possível, quebrar algumas coisas e gritar o mais alto que eu pudesse.

Ela deu um passo à frente, cautelosamente.

- Me deixe explicar, Bailey.

Ontem, meu nome saia como música de sua boca, como se ela estivesse cantando ele para mim, com todo o amor possível.

Mas, agora, eu só queria que ela calasse a boca e nunca mais sequer falasse comigo.

- Não, deixe que eu explique – Josh disse dando dois passos à frente. – Eu, ao contrário dela, não tenho nada a perder.

Ele não se importava em perder minha confiança. Bom saber.

- Não, claro que não! Você vai inventar...

- Quero ouvir a versão dele – decidi, apenas para a fazer ficar quieta. – Saia daqui, Anna.

Ela me encarou sem acreditar e, por um segundo, me senti culpado por ter sido tão duro.

Então eu lembrei o motivo de tudo isso; ela me traiu com meu próprio irmão. Ela merecia.

Encarei-a de volta, sério, sentindo meus olhos esfriando de uma forma que nunca tinham feito antes.

Por fim, ela assentiu com a cabeça e lançou um ultimo olhar para o Josh antes de andar até a porta atrás de mim.

- Me perdoe – ela sussurrou enquanto passava. – Eu amo você.

Fingi que não ouvi.

Se ela me amasse de verdade, nada disso estaria acontecendo.

Assim que ouvimos a porta se fechando, Josh soltou uma risadinha.

- Qual é a graça? – Perguntei friamente.

Ele parou de rir no mesmo segundo e pareceu, mesmo que muito pouco, arrependido.

- Acho melhor você sentar...

- Foda-se o que você acha.

Ele levantou uma sobrancelha para mim, surpreso. Eu nunca mandava as pessoas se foderem, mas agora era diferente. Eu o odiava.

- Eu posso explicar.

- Então explique – repliquei com raiva. Nada poderia explicar o que aconteceu, eu sabia disso. Ele era um idiota só por tentar.

A FILHA DA EMPREGADA- VERSÃO NOW UNITEDOnde histórias criam vida. Descubra agora