Capítulo 10 - Surpresas

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Minha respiração falhou. O que ela queria dizer com isso?

Então meu coração acelerou. Ele entendeu primeiro do que minha mente.

- O que você disse? - eu não conseguia acreditar.

- O Josh e a Paola estavam... Bem, você sabe o que eles estavam fazendo, então ele começou a sussurrar seu nome e ela não entendeu e mandou ele repetir e ele disse... Hum... Ele disse que te amava.

Meu coração estava a mil por hora, eu não conseguia nem respirar direito. Não podia ser verdade, não faz o menor sentido. Era o Josh; o confiante, lindo, pervertido e bipolar Josh. Ele não pode me amar, não tem lógica.

- Não... Acho que ela ouviu errado – disse tentando convencer a mim mesma e controlar meu coração.

- Você sabe que não. Bem, deixe eu continuar: Então a Paola  gritou com ele e o Josh percebeu a merda que tinha dito e pediu desculpas, tentou fazer com que ela o perdoasse usando aquele charme que todas nós sabemos que ele tem e muito. Mas, não deu certo, por que minha mãe não criou a gente para isso e ela saiu puta da vida da praia e ligou para mim, então eu disse que sabia quem era você e contei que você é a filha da Melissa, a empregada dos Beauchamp.

Eu respirei fundo, tentando manter a calma. O Josh estava pensando em mim enquanto ficava com a Paola. Ele disse que me amava. Ele disse que me amava. ELE DISSE QUE ME AMAVA. Eu simplesmente não conseguia pensar em mais nada.

- Eu preciso falar com ela.

- Tem certeza que quer correr esse risco? Ela odeia muito você.– P respondeu e eu sabia que ela estava certa, sabia que quanto mais eu mexesse nesse assunto mais merda iria acontecer. Mas tinha que saber sobre isso com detalhes.

Ele disse que me amava.

- Tenho certeza – falei confiante.

- Ok, nós moramos aqui perto, num puxadinho ao lado da casa da Senhora Montenegro – ela apontou para uma casinha que ficava no lado direito do enorme jardim da Dona Eliza.

Nós andamos até o puxadinho cor-de-rosa. Antes de abrir a porta, a P se virou para mim.

- Certeza absoluta? Ela pode ser um pouco agressiva e...

- Absoluta.

Ela assentiu com a cabeça e abriu a porta. A casa delas era pequena, mais ou menos do tamanho da sala dos Beauchamp, mas extremamente organizada e limpa.

A Paola estava de costas para nós, ajeitando um quadro na parede.

- Paola, temos visitas.

A morena se virou, seus olhos castanhos estavam vermelhos, assim como o seu nariz. Ela provavelmente estava chorando por causa do Josh.

- O que ela está fazendo aqui? – seus olhos começaram a me fuzilar no segundo em que me viram, e seu tom era frio e furioso.

- Ela veio saber o que aconteceu entre você e o Josh, ela não tinha a menor ideia do que...

- Mande-a sair, não estou afim de falar sobre isso – Paola cortou a irmã no meio da frase, enquanto seus olhos deixavam claro que ela prestes a me esfaquear.

- Por favor, eu preciso saber – disse com toda a coragem possível, tentando imitar o tom confiante que ouvia o Josh usar.

Ela olhou para mim, pensando.

- Vamos Paola, a menina não tem culpa – P falou em minha defesa.

A Paola respirou fundo, irritada.

- Tá, mas não com você aqui P. Eu quero conversa a sós com ela.

Senti um arrepio de medo descendo pela minha coluna. Tentei calcular mentalmente o tempo que eu gastaria saindo correndo, caso ela resolvesse me matar.

A FILHA DA EMPREGADA- VERSÃO NOW UNITEDOnde histórias criam vida. Descubra agora