Capítulo 34 - A segunda vez é ainda melhor

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Perdi a respiração. Meus ouvidos deviam ter capitado errado.

- O que você disse? – perguntei confusa.

Ele soltou uma risada fofa.

- Eu amo você, Any. Ouviu agora?

Meu coração parecia prestes a sair pela minha boca.

Não estava interessada em como ele me perdoou ou como ele descobriu tudo, aquilo não era importante. Isso era importante. Ele me amava. Existia algo mais importante do que isso?

- Eu também amo você – respondi baixinho, como um sussurro. Se eu falasse muito alto, talvez me acordasse desse sonho.

Apertei o celular contra o meu ouvido como se isso pudesse trazer o Josh para perto de mim.

- Chego ai em 10 minutos e nós continuamos essa conversa a partir dessas três palavras, ok?

Sorri radiante.

- Nunca quis tanto que 10 minutos passassem voando.

- Na verdade, já quis sim – retrucou. – Reflita enquanto eu dirijo até aí o mais rápido possível.

E desligou.

Eu sabia do que ele estava falando: nossa primeira vez. E ele estava certo, é claro.

Queria que ele não tivesse desligado, mas sabia que era melhor ele dirigir sem estar falando comigo – ou com qualquer pessoa, na verdade.

Eu amo você, Any.

Como quatro palavras conseguiam me deixar assim? Meu coração estava acelerado em meu peito, enchendo todo meu organismo com sensações boas. Não existia nada no mundo que se comparasse a ouvi-lo dizendo isso.

Sentei na cama pensando no que faria nesses 10 minutos. Bem que eu poderia falar para o Bailey que acabei de ganhar o jogo, mas ainda não era o momento certo. Não, primeiro o Josh.

Decidi ver vlogs para passar o tempo; boa escolha, aliás.

Eu estava no meio do quarto vídeo do LubaTV quando ouvi batidas na porta. Corri para abrir e lá estava ele. Paramos a poucos centímetros um do outro, encarando-nos. Os olhos dele nunca foram tão lindos.

- Posso entrar? – ele parecia tímido.

Abri espaço para deixá-lo entrar e fechei a porta em seguida. Virámos ao mesmo tempo, a alguns metros de distancia um do outro.

- Quer uma explicação? – perguntou.

Neguei com a cabeça.

- O que importa é que você sabe a verdade agora – aproximei dele até que só restassem dois passos para nos tocarmos.

Ele assentiu.

- Senti sua falta.

- Senti mais a sua.

Ele deu um passo na minha direção.

- Não podemos fingir que nada aconteceu, você sabe disso né?

- Claro que sei – respondi com sinceridade, mesmo que, por dentro, eu quisesse apenas jogar todo aquele passado para o espaço e seguir em frente. – Mas, será que nós podemos nos beijar agora e conversar sobre isso depois?

Ele riu e me puxou pela cintura. Minhas mãos foram para sua nuca e seu cabelo. Meu Deus, como eu senti falta disso. Enquanto eu ia para a ponta dos pés, ele se aproximava de mim devagar, com cuidado.

Então nossas bocas se tocaram.

E tudo – de repente e lentamente – começou a fazer sentido. Era como se eu tivesse perdido um livro que estava lendo e, depois de um tempo, o encontrasse em algum lugar e começasse a ler de onde parei.

A FILHA DA EMPREGADA- VERSÃO NOW UNITEDOnde histórias criam vida. Descubra agora