- Então acho que isso vai ter que mudar. – O Josh rebateu.
Os olhos dela eram da mesma cor que os meus, mas tão frios que pareciam duas bolas de neve.
- Creio que isso não irá acontecer, mas, porque precisaria mudar?
Ela queria que ele dissesse que estava comigo. Ela queria humilhá-lo.
Por sorte, Josh não era o tipo de cara que alguém consegue humilhar.
- Por que eu e a Any...
- Patético.
A voz irritante do Bailey passou bem perto do meu ouvido, assim como o perfume dele passou pelo meu nariz, me deixando enojada, e ele andou até ficar ao lado da tia, que, aliás, tinha uma personalidade muito parecida com a dele.
- Oi Bailey . – Ela cumprimentou com algo parecido com um sorriso, mas não exatamente. – O que você disse?
O Bailey olhou para mim daquele jeito cruel que ele sempre olha antes de falar ou fazer algo ruim.
- Eu só estava comentando o quanto é patético meu querido irmão ter acabado com uma serviçal.
Cerrei os punhos.
- Eu não sou uma serviçal!
A tia dele se afastou um pouco e eu juro que conseguia ver um sorrisinho de desdém no rosto dela.
- Claro que é! – O Bailey deu um passo para frente. – Você não passa de uma empregadinha interesseira.
Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, o Josh segurou o Bailey pela gola da camisa o empurrou contra a parede da mansão. Reprimi um grito de susto.
- O que eu disse sobre falar essa coisas dela? – O Josh perguntou, puxando o Bailey tão forte que tirou os pés daquele idiota do chão.
O Bailey abriu a boca para falar, mas o Josh o empurrou com mais força.
- O QUE EU DISSE? – Ele repetiu.
- Parem com isso. – Não tinha notado até agora que todos os Beauchamp , e a Claire, estavam por perto. Mas, quem mandou eles pararem foi a Dona Nicole. – Pelo amor de Deus!
Josh soltou o Bailey como se ele fosse um saco de lixo e olhou para mim. Nos encaramos.
Sorri para mostrar que estava tudo bem.
O Bailey limpou as mãos na barra da calça jeans preta, seus olhos estavam arregalados.
- Mãe, ele me agarrou, só porque eu...
- Cale a boca, Bailey. Ninguém quer saber. – O senhor Fernando o interrompeu. Olhei surpresa para ele, mas todos o resto das pessoas exceto a Claire pareciam estar acostumadas com a forma grosseira como ele falou. Até mesmo a Dona Nicole. Isso não me parece certo.
- Venham, ou o jantar vai esfriar. – O senhor Vitor disse para aliviar a tensão. Seu tom de voz era completamente diferente do da esposa.
Em silêncio, entramos na casa. Passamos por uma sala grande, com mobílias de luxo, e sentamos em uma mesa na sala de jantar. Eu ao lado do Josh e do Krystian , e de frente para um dos primos deles. O de olhos azuis Denim.
- Nossa secretária do lar fez o seu prato mais famoso dela, vocês vão gostar. – O senhor Vitor falou quando nos sentamos. Ele em um dos extremos da mesa e o seu irmão no outro, como se estivéssemos em uma reunião de trabalho e eles fossem os dois líderes.
- Chama de empregada, pai. Só porque a filha de uma delas está aqui, não significa que você precisa ser gentil. – Olhei para o moreno de olhos azuis na minha frente, sem acreditar em como ele conseguia dizer uma coisa dessas. Ele devia ter a idade do Krystian , 17 anos.
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A FILHA DA EMPREGADA- VERSÃO NOW UNITED
FanfictionTudo mudou quando minha mãe foi contratada como empregada dos Beauchamp. Um pai homofóbico e um filho do meio gay. Uma mãe adorável e um filho mais novo extremamente maldoso. E o Josh, o mais velho. O loiro pervertido e arrogante que marca a vida...