Capitulo 13

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           Mare:

Já estava muito cansada. Exausta. Mas não seria a primeira a pedir arrego, eu ganhava, depois ele e assim por diante. Até que pedi uma última partida para desempate.

Eu avancei com muita força, queria acabar logo com aquilo. Ele defendia ou desviava todos os meus ataques e então fiquei na defensiva, ele começou os ataques. Não sei de onde saiu tanta força para me defender. Quando ele parou e voltou para a defensiva, ataquei com toda a energia que tinha nos meus raios. O combate de tanta energia de raio e fogo juntos foi tão forte que cada um foi jogado para um lado do campo, fiquei apenas com alguns pequenos cortes no braço por ter ficado mais longe da explosão. Cal saiu mais ferido por estar na defensiva.

De longe eu vi que não se mexia, estava desacordado, levantei e fui correndo até ele para ver melhor. Tinha muito sangue prateado mas ainda respirava, não sei por quanto tempo. Não consigo levá-lo sozinha, então vou até os primeiros guardas que vejo e peço ajuda.

— Por favor me ajudem! — imploro a eles que me olham com desdém — O rei está ferido e desmaiado no campo de treinamento, ajudem por favor.

Eles se entreolham espantados e um vai atrás de curandeiros e os outros três me seguiram o mais rápido que podiam para onde indiquei, dois pegam Cal e um me prende. Não tinha como me defender, pois era um Arven. Que azar o meu.

— Você está presa por atacar Vossa Majestade Tiberias Calore IIV — nego enquanto tento escapar das mãos daquele guarda, falho miseravelmente. Pois outros aparecem para me levar para a prisão do castelo.

Antes de entrar no castelo vejo escondido, Lucas Merandus com o sorriso mais radiante do mundo. Tenho certeza de que ele armou tudo isso, não tenho nem ideia de como, mas sabia que tinha sido ele.

Eles me levam pelo corredor rapidamente e acabo vendo Julian.

— Cal está ferido, não foi minha culpa. Vá agora! — É a única coisa que consigo dizer, estava muito nervosa e preocupada.

Ao chegar na cela grito tudo de novo. Mas ninguém me escuta, se eu fosse ao menos prateada estaria lá com ele, odeio esse preconceito doentio por sangue. Começo a caminhar de tão nervosa que estava, era até que grande onde me colocaram. Sento e espero alguém me tirar dali por já estar enlouquecendo sem notícias do que se passava com Cal, espero que fique bem e me tire daqui.

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           Cal:

Acordei na minha cama com muitas pessoas ao me redor, não entendo, estava com Mare agora à pouco e de repente estou aqui. Estava encharcado de sangue prateado. Devo ter desmaiado. Enquanto curandeiros saíam do meu quarto vejo Julian e um guarda entrando.

— O que aconteceu? — pergunto.

— Vossa Majestade foi atacado e ficou desacordado, diria quase morto — responde o oficial saindo do quarto enquanto agradeço.

— Onde está Mare? — pergunto já me levantando, é impressionante o quão rápido os curandeiros conseguiram cicatrizar as minha feridas.

— Ela foi presa — Julian me responde com um tom triste.

— Porquê?

— Eu cruzei com ela no corredor e apenas me disse que estava ferido e que não era sua culpa — lembro do que aconteceu.

— Preciso tirá-la de lá, estávamos apenas treinando e acabamos originando uma grande explosão. O choque aconteceu bem na minha frente, por isso sofri quase todo o impacto — peço a Julian que me espere fora do quarto, precisava ao menos me trocar.

Vamos até onde ficam as celas e pergunto ao oficial responsável aonde ela está.

— A vermelha está naquela cela — diz me guiando algumas celas adiante.

Ela estava sentada bem no canto com a cabeça baixa, até que chamo sua atenção e se levanta vindo em direção a mim.

— Solte-a — digo me virando para o oficial.

— Mas Majestade, ela tentou matá-lo.

— Estávamos apenas treinando — ele continua parado sem fazer quaisquer movimento — Solte-a, é uma ordem de seu rei.

Rapidamente ele abre a cela deixando-a sair, estava coberta com o meu sangue e devem então ter pensado que ela tinha tentado de me matar. Tento passar o braço por seu ombro, mas recua indo para mais perto de Julian. A levamos para o se quarto para descansar e inconscientemente entro e percebo que Julian havia sumido, deve ter tentado nos dar um tempo.

— Obrigada — fala bem baixo.

— Acho que não ouvi — provoco e ela revira os olhos em resposta — Quer que eu chame os curandeiros?

— Não precisa, só tive pequenos cortes e quero descansar... — diz enquanto pega alguns algodões para limpar os cortes — ... sozinha.

Penso em ficar, mas tinha coisas a fazer e ela deixou bem claro que não me queria ali, saí sem dizer uma palavra. Julian reaparece.

— Então Majestade, como se sente? — sabia que não se referia aos machucados físicos pelo olhar e sorriso travessos que estavam estampadas no seu rosto.

— Sinceramente não sei, tudo está muito confuso e premeditado.

Ele assente e nos despedimos cada um seguindo seu rumo.

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           Mare:

Quando Cal fecha a porta me deixando completamente sozinha, só consigo pensar no que aconteceu hoje. Aquele Merandus tinha feito algum tipo de armação, não tenho certeza como, mas o tinha feito. Deve ter deixado Cal fraco ou ter feito os oficiais pensarem que ele foi ferido propositalmente, isso só prova o quanto eu necessito sair daqui o mais rápido possível. Eu notei o quanto o oficial das celas insistiu em me deixar presa, isso só prova o quanto os prateados abominam os vermelhos.

Depois de tudo eu nem me lembrava que ainda precisava que Farley estivesse naquele maldito baile que estava prestes a acontecer. Quando termino de limpar meu braço, percebo que tem um convite para o tal em cima de minha mesa. A cerimônia seria no dia seguinte ao baile, faziam questão de ser rápido pois tudo seria seguido um do outro. Noto que todos foram escritos à mão.

Não deixo de pensar que se já entregaram meu convite, eles devem estar sendo escritos para todas as famílias prateadas e tenho uma ideia na cabeça. Vou encontrar onde estão e escrever um para Farley, imitando a letra e pondo junto com os outros. Só preciso saber aonde estão e rápido, estava ficando sem tempo.
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XD Bjs.

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