Mare
alguns dias depois...
Cal fica apreensivo em me deixar aqui por conta da última ameaça, mas eles sumiram, as cartas acabaram, nenhum suspeito. Simplesmente desapareceram e queria que fosse para sempre.
— Tem certeza de que vai ficar bem? — Ele segura minha mão e passa por seu rosto.
— Sim — afirmo sem certeza, só não quero que se preocupe.
— Confio em você — decisão horrorosa.
Ele me oferece um sorriso bobo e beija minha testa enquanto passa a mão pela minha barriga, daqui a algumas semanas já devo ir ao hospital de novo. Depois de ficarmos um tempo abraçados na sala de casa, ele abre a porta e se vai, posso sentir uma parte de mim indo embora para bem longe. Dessa vez ele vai para Lakeland por 5 longos dias, suspiro alto e vou até a cozinha preparar alguma coisa para comer, mas alguém bate à porta e estranho. As faíscas tomam minha mão rapidamente e me preparo, quando abro a porta Gisa e minha mãe entram sem muita demora.
— Viemos passar uns dias aqui — franzo as sobrancelhas e não largo a maçaneta da porta, incrédula no que acabara de ouvir.
— Meu genro querido pediu que viéssemos ficar com você — O desgraçado me paga.
As duas entram com suas malas grandes e finalmente fecho a porta, nem consigo dizer uma única palavra. O que Cal estava pensando? Como se Gisa e minha mãe pudessem fazer algo para impedir qualquer prateado de chegar até mim. Acho que ele só queria que tivesse companhia, mas esse não era o momento certo.
— Já se alimentou? Agora está comendo por dois. — Minha mãe coloca as malas no chão e parte para a cozinha, Gisa se senta em uma banqueta e observa minha mãe fuçar os armários.
— Estava indo fazer isso agora — me encosto no batente da porta e observo as duas.
— Só tem porcaria aqui — reviro os olhos. Ela parte para a geladeira e retira ovos e bacon, isso me faz pensar quem vai tomar de conta do meu pai e dos brutamontes que eu chamo de irmãos... Rio comigo mesma ao pensar que eles nem devem saber como se liga um fogão.
O cheiro começa a subir e minha boca saliva, minha mãe sabe cozinhar como ninguém.
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Esses 5 dias foram longos e chatos, não podia fazer nada que minha mãe dizia que estava "me esforçando demais", já Gisa me deixava mais em paz. Cal vai ver quando voltar. Finalmente anoiteceu e elas esperavam para assim quando ele chegasse irem embora e a porta solta um rangido depois de muito tempo de espera.
— Boa noite — diz ao jogar a mala no chão e fechar a porta rapidamente, ele não dormiu bem esses dias, círculos pretos se formaram ao redor de seus olhos cansados e baixos. Ele força um sorriso para minha mãe, que o abraça e logo se retira com Gisa para irem embora.
— Ainda não acredito que você mandou elas virem me vigiar. — Cruzo os braços.
— Só queria que não ficasse sozinha por tanto tempo. — Ele passa a mão pelo pescoço e faz uma cara de cansado, penso em discutir apenas amanhã, mas meu sangue ainda ferve.
— Você sabe que elas não poderiam se defender caso algo acontecesse — Cal faz um gesto com a mão para que eu pare e assim o faço, ele passa por mim e sobe as escadas.
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A História Inacabada
Fiksi PenggemarMare não sabe o que deve fazer depois de tudo o que passou. Ela precisa se afastar do mundo e de tudo o que ela passou nos últimos anos, mas assuntos inacabados do passado ainda precisam de sua resolução. A história vai trazer à tona o romance inac...